Com o tema ‘Do trauma à superação: o papel transformador da fisioterapia na reconstrução da autonomia’, o curso de Fisioterapia da UNIGRAN promoveu sua Jornada Acadêmica anual, reunindo acadêmicos, docentes e especialistas em um amplo debate sobre o papel da fisioterapia na promoção da saúde e na reabilitação de pacientes.
A programação contou com minicursos, oficinas e palestras que exploraram áreas emergentes da fisioterapia, como fisioterapia pélvica, reabilitação pulmonar e tratamento de feridas complexas. Segundo a coordenadora do curso, professora Andrea Talassy Cezario Stanieski, a jornada “potencializa a formação acadêmica ao aproximar os acadêmicos da realidade profissional e incentivar a produção científica aliada à prática clínica”.
O fisioterapeuta Rodrigo Deller conduziu a conferência principal, atraindo acadêmicos de diversos semestres. Especialista em osteopatia e terapias manuais, o profissional destacou a necessidade de um olhar ampliado para o paciente: “O fisioterapeuta precisa compreender não apenas o movimento, mas o cotidiano, as experiências e as expectativas do indivíduo. A reabilitação só é completa quando corpo e mente são tratados de forma integrativa”, afirmou.
Ele ressaltou ainda a relevância da fisioterapia preventiva e também pós-operatória na promoção do bem-estar dos pacientes: “O trabalho do fisioterapeuta não termina com a alta hospitalar. É no acompanhamento posterior que garantimos a recuperação da mobilidade, prevenimos complicações e devolvemos qualidade de vida ao paciente”.
O tema central da Jornada destacou como a fisioterapia atua não apenas na reabilitação física, mas também como agente de transformação social e emocional. Ao restaurar movimentos, recuperar força e prevenir complicações, o fisioterapeuta contribui diretamente para que o paciente retome sua independência e volte a exercer atividades cotidianas, profissionais e afetivas. Essa reconstrução da autonomia vai além da dimensão corporal: envolve devolver dignidade, autoestima e confiança, elementos que permitem ao indivíduo superar traumas e ressignificar sua vida.
Para os estudantes, a Jornada foi também um momento de definição de perspectivas profissionais. A acadêmica Isamara Araújo Batista, do 10º semestre, compartilhou suas impressões positivas: “Minha experiência na Jornada Acadêmica foi muito positiva, repleta de aprendizados. O evento apresentou conteúdos diversos que me ajudaram a entender melhor como posso me especializar em pós-graduação ou até em cursos no exterior”.
Isamara destacou ainda, que uma das atividades que mais a impactou foi a palestra sobre a reabilitação das disfunções crânio-cervico-mandibulares: “Foi apresentada a aplicação prática de forma muito clara. Além disso, o tema da dor crônica e a abordagem interdisciplinar foram extremamente relevantes, pois aprendi a avaliar um paciente considerando diferentes aspectos das dores. Por fim, a palestra do Rodrigo Deller também se destacou, trazendo orientações valiosas sobre como interagir com o paciente durante o tratamento”.
