
“As pessoas falam que, neste esporte, é preciso ser egoísta, mas eu vejo o cenário como um todo. Acho que você precisa ser egoísta e, ao mesmo tempo, desejar o melhor para os outros e, se você quer o melhor para os outros, isso vai voltar para você”. É com essa mentalidade que Gabriel Bortoleto venceu um campeonato com um nível de competitividade histórico na Fórmula 2: foram 18 vencedores ao longo do ano, todas as equipes tiveram pelo menos uma vitória, e a disputa chegou à última rodada com meio ponto de diferença entre os dois primeiros.
A constância de Bortoleto sempre seria fundamental em um campeonato como esse. Ele venceu duas etapas, a metade de seu rival mais próximo, Isack Hadjar, mas também cometeu menos erros. E viveu algo completamente diferente da caminhada do título da Fórmula 3 ano passado, quando conseguiu abrir uma boa vantagem logo de cara.
Diversão ‘virou a chavinha’ de Gabriel
A primeira vitória na F2 veio só na sétima rodada dupla, no Red Bull Ring. “Quando eu estava tentando analisar tudo, os resultados não estavam vindo. Foi quando eu comecei a focar em me divertir que as coisas se encaixaram”, disse o piloto de 20 anos, que praticamente dorme ao lado de seu simulador, no qual passa horas e horas tentando aprimorar sua pilotagem.