Embrapa lança estratégia para reduzir perdas e desperdício de alimentos no Brasil



A Embrapa, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, desenvolveu a segunda estratégia intersetorial para reduzir perdas e desperdício de alimentos em todo o país.

O objetivo é ampliar a oferta de alimentos saudáveis e de qualidade, como frutas e hortaliças, integrando a erradicação da fome à gestão sustentável dos resíduos orgânicos.

O pesquisador da Embrapa Alimentos e Territórios, Gustavo Porpino, explica que a estratégia atua em toda a cadeia produtiva, desde a produção até o consumo doméstico.

De acordo com Porpino, algumas redes varejistas exigem padrões estéticos muito elevados, sem permitir qualquer defeito em produtos como tomates, abobrinhas e hortaliças folhosas.

Isso gera excedentes no campo, mesmo se tratando de alimentos nutritivos e seguros para consumo. Em vez de serem descartados, esses produtos podem ser direcionados a equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional, como cozinhas comunitárias e bancos de alimentos.

Desafios e estratégias

Entre os desafios estão o excedente de produtos em cooperativas e a exigência estética de redes varejistas, que acabam gerando desperdício de alimentos ainda seguros para consumo. Esses produtos podem ser redirecionados para bancos de alimentos, cozinhas comunitárias e outras iniciativas sociais.

Além disso, a estratégia propõe ações para reaproveitar resíduos orgânicos em centrais de abastecimento, mercados públicos e feiras livres, destinando-os à compostagem ou à produção de biogás. O estudo também busca gerar dados robustos sobre perdas e desperdício para orientar políticas públicas e reduzir prejuízos aos produtores rurais.

Soluções

Segundo o especialista, políticas bem estruturadas podem reduzir os prejuízos para os produtores rurais e, ao mesmo tempo, conectar esses alimentos a iniciativas que enfrentam a insegurança alimentar.

Outros elos da cadeia produtiva também precisam de atenção, como Centrais de Abastecimento (Ceasa), mercados públicos e feiras livres, onde há grande volume de resíduos orgânicos.

Parte desses resíduos ainda é segura para consumo e pode ser destinada a bancos de alimentos, enquanto o restante pode ser aproveitado na compostagem ou na produção de biogás.



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