Milho no mundo – Estoques devem ser os menores em 10 anos


O USDA elevou as estimativas apresentadas em maio, que passaram de 1.264.98 milhões de toneladas, para 1.265,98 milhões. 

Na última quinta-feira (12/6), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) atualizou as perspectivas de produção, consumo e estoques para a safra de milho no ciclo 2024/25 – em colheita na América do Sul – e safra 2025/26, em semeadura nos Estados Unidos. 

O USDA elevou as estimativas apresentadas em maio, que passaram de 1.264.98 milhões de toneladas, para 1.265,98 milhões. 

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As estimativas para Brasil, Argentina, Ucrânia e Estados Unidos, principais produtores globais, foram mantidas em relação ao relatório anterior, com o ajuste puxado pelo aumento na perspectiva de produção em 1 milhão de toneladas na Índia. 

Destaque para os estoques finais do ciclo 2024/25 – o estoque inicial do ciclo 2025/26 – e à perspectiva de estoques finais em 2025/26, reduzidos em relação ao boletim de maio. 

Para o ciclo 2024/25, a estimativa passou de 287,2 milhões de toneladas em maio, para 285,04 em junho. 

Já para o ciclo 2025/26, a perspectiva é de redução dos estoques frente ao ciclo passado e, em relação aos estoques apresentados em maio – a estimativa passou de 277,8 milhões de toneladas em maio, para 275,2 milhões em junho. Este, se confirmado, será o menor estoque final dos últimos treze anos (safra 2013/14) – veja na figura 1. 

Figura 1.
Estoque final de milho no mundo, em milhões de toneladas.

*estimativa, em maio/25.
**estimativa, em junho/25
Fonte: USDA, junho. | Elaboração: Scot Consultoria 

A redução dos estoques no ciclo 2025/26 apesar da produção maior na atual temporada, está ligada com os estoques de entrada menores da última safra. 

A produção global em 2024/25 foi menor, em relação ao ciclo anterior, e a demanda global crescente. 

Em 2024/25, a produção em algumas regiões do mundo foi afetada, ficando estimada em 0,6%, ou 7,2 milhões de toneladas, abaixo do ciclo anterior. Já o consumo global cresceu 1,8%, ou 22,4 milhões de toneladas. 

Para o ciclo 2025/26, em semeadura nos Estados Unidos e com perspectiva de recorde para a produção local, a oferta global deverá crescer 3,5%, ou 42 milhões de toneladas, com o consumo aumentando em 1,6%, ou 20,2 milhões de toneladas. 

Detalhe importante, a safra 2025/26 ainda está em fase inicial e as projeções para Brasil, Argentina e outros importantes agentes poderá sofrer alterações nos próximos meses. A projeção atual é de produções “cheias” o que, ainda, dependerá do clima. 

Ou seja, pensando nos preços no mercado internacional e nas projeções apresentadas, o relatório divulgado em junho apresentou um tom de estabilidade à alta para as cotações no mercado internacional, com estoques menores e um potencial de demanda firme pela frente. 

No Brasil, a colheita da safra de verão 2024/25 estava com bom ritmo e até 7 de junho, 90,6% da área colhida, contra 88% na média dos últimos cinco anos. 

A colheita da segunda safra começou no fim de maio, mas com ritmo ainda incipiente – até o momento, 2% das lavouras no Brasil foram colhidas, contra desempenho de 4% na média dos últimos cinco anos para o período até 7 de junho. 

A Conab em seu boletim de oferta e demanda para a safra brasileira de grãos divulgado em junho elevou a estimativa da produção nacional, tanto na primeira, como na segunda safra. 

Com o ajuste, a safra nacional deverá ser a segunda maior da história – com a possibilidade de mais ajustes positivos nos próximos meses, em função da boa condição do clima para o desenvolvimento das lavouras. A safra foi estimada, em maio, em 128,3 milhões de toneladas. 

Em curto prazo, apesar da perspectiva de um mercado internacional com preços andando de lado à alta, os fundamentos no mercado interno deverão pesar e o mercado trabalhar entre estabilidade à queda em curto prazo, acompanhando o movimento das últimas semanas – veja na figura 2. 

Figura 2.
Preço do milho, em R$/saca.

Fonte: Scot Consultoria

Fonte: Scot Consultoria

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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