A cidade de Curitiba foi retratada e esmiuçada por Dalton Trevisan como por nenhum outro. O escritor, que morreu nesta segunda-feira, aos 99 anos, versou sobre sua terra inúmeras vezes e por incontáveis nuances.
A morte do autor representa uma perda inestimável tanto para sua região, quanto para a literatura brasileira. Os lamentos a família, amigos e leitores vêm de personalidades políticas e editoras que publicam as obras de Trevisan.
Curitiba acordou triste. Perdemos Dalton Trevisan. Foi um grande contista, referência para a literatura brasileira. Dedicou sua vida às palavras e às historias da nossa cidade. Descanse em paz, Dalton.
O Ministério da Cultura (MinC) recebeu com pesar a notícia da morte do escritor paranaense Dalton Trevisan, aos 99 anos. Um dos maiores contistas brasileiros, ele era conhecido como ‘o vampiro de Curitiba’, apelido que surgiu a partir de um dos personagens da obra de mesmo nome, publicada em 1965, e também por conta de seu perfil reservado, averso a fotos e entrevistas.
O MinC se solidariza à família, amigos e aos inúmeros admiradores de Dalton Trevisan.
[Trevisan] retratou de forma única o cotidiano e os dramas humanos da cidade em que nasceu, viveu e morreu. Uma personalidade que marcou a literatura brasileira, seja por sua obra admirada e premiada no Brasil e no mundo, ou por seu estilo de vida incluso e até mesmo misterioso.
Era uma visão muito própria do cotidiano. Soube inclusive que ele deixou algumas recomendações para o momento de agora, o pós-morte, dentro daquele espírito bastante revolucionário com o qual sempre pautou a sua vida e os seus escritos.
Ao longo de sete décadas, Dalton produziu alguns dos mais belos livros de toda a literatura mundial. Foi publicado em inúmeros idiomas e muitas vezes premiado. Sobretudo, foi o escritor que para incontáveis leitores traduziu algo da graça e da dor de se estar vivo. A Curitiba dele viverá sempre em seus livros. É com pesar que oferecemos nossos sentimentos aos amigos, familiares e leitores.
É com imensa tristeza que recebemos a notícia da morte do curitibano Dalton Trevisan, um dos autores mais originais da língua P
portuguesa, com o qual o Grupo Editorial Record desfrutou de uma parceria privilegiada. Foram mais de 50 anos de uma relação construída na base da confiança e de bilhetinhos com os quais costumava se comunicar com seus editores, nas inúmeras atualizações de seus próprios contos.Caminhando pelas ruas escuras de Curitiba, em terrenos baldios, quartos de pensões ou sob a chuva fina e gelada, as histórias do vampiro nunca vão parar de circular. O Grupo Editorial Record agradece pela oportunidade de ter feito parte desta história e se solidariza com amigos, leitores e familiares.
sua assinatura pode valer ainda mais
Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha?
Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui).
Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia.
A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
sua assinatura vale muito
Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?