Teve pizza feita em casa, sessão de discursos e um clima descontraído na despedida de Roberto Campos Neto do Banco Central. No cargo desde fevereiro de 2019, o economista formado nos Estados Unidos e que fez carreira em grandes bancos saiu emocionado do jantar realizado na noite de ontem, para marcar a passagem de bastão para Gabriel Galípolo.
A anfitriã foi uma funcionária do Banco Central, que abriu sua casa para receber os colegas de trabalho. O jantar, segundo relatos, foi embalado com muita música e coroado com um revezamento dos integrantes da equipe ao microfone.
Teve quem agradecesse, quem se referisse a Campos Neto como “único” e também quem lamentasse a forma como a política acabou impactando no clima da instituição nos últimos anos. O ambiente, entretanto, era de reconhecimento e continuidade.
A ideia de uma “passagem de bastão”, aliás, apareceu no discurso de Gabriel Galípolo, que assumirá como presidente do BC no ano que vem. Em sua fala, o indicado de Lula elogiou o atual chefe, destacando medidas de inovação que foram implementadas ao longo de sua gestão.
Mas Galípolo não perdeu a oportunidade de fazer piada com a fama de galã do quase ex-chefe. Em sua fala, destacou o quão “insuperável” será a perda para o BC de um presidente que posta uma foto tomando vacina com o torso nu, tornando-se um verdadeiro “símbolo sexual”. E isso, brincou Galípolo, o Banco Central jamais terá condições de repor.
