O professor universitário de origem peruana, acusado de estupro de vulnerável e produção de material pornográfico infantil, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Dourados (PED) após ser preso em Foz do Iguaçu (PR), onde estava foragido. A prisão ocorreu na sexta-feira (15) em uma ação conjunta entre as polícias civis de Mato Grosso do Sul e Paraná.
De acordo com as investigações, o suspeito teria atraído uma criança de 4 anos, vizinha de sua residência, utilizando a própria filha como isca. O abuso foi flagrado pelos pais da vítima dentro da casa do professor.
Além da violência sexual, a polícia apura indícios de que o acusado teria gravado vídeos da criança. Um notebook e um celular foram apreendidos e estão sob análise da perícia, que busca identificar possíveis outras vítimas e a ocorrência de crimes adicionais.
O delegado responsável pelo caso, Dermeval Neto, afirmou que as provas reunidas já indicavam que o suspeito planejava fugir do Brasil. “Foi obtido provas de que ele planejava sair do país, considerando que ele é estrangeiro, de origem peruana”, explicou.
Segundo o delegado, o professor não era concursado, mas atuava em universidades da cidade com contrato temporário. Durante a prisão, o investigado negou as acusações, mas, de acordo com a polícia, os elementos apresentados “não correspondem à versão dada por ele”.
A investigação agora prossegue com oitiva de testemunhas que possam contribuir com a apuração; perícia detalhada dos equipamentos apreendidos, diante do risco de o suspeito ter tentado apagar vestígios digitais, já que é doutor em Ciências da Computação; verificação de possível prática de produção de material pornográfico infantil.
A prisão preventiva já havia sido decretada pela Justiça sul-mato-grossense após a constatação do plano de fuga. Depois da captura em Foz do Iguaçu, o professor foi levado inicialmente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC) de Dourados e, em seguida, transferido à PED.
Professor acusado de crimes sexuais contra criança é transferido para a PED em Dourados. (Foto: Arquivo)



