Com R$ 153 mi do BNDES, Josapar vai implantar fábrica de fertilizantes em…


Com o dobro da capacidade de produção, nova fábrica substituirá planta de Pelotas (RS), que será desativada em razão de alagamentos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 152,9 milhões do programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, na modalidade de investimento e reconstrução, para a Josapar Joaquim Oliveira S.A. Participações implantar uma fábrica de fertilizantes em Rio Grande (RS). A unidade vai substituir a planta existente na vizinha Pelotas (foto), que será desativada em razão dos alagamentos recorrentes. O último, causado pelos eventos climáticos extremos ocorridos este ano em cidades gaúchas, deixou a planta totalmente submersa por 27 dias e fora de operação por 60 dias, afetando severamente a capacidade de produção da companhia.

O financiamento do BNDES corresponde a 75,8% do investimento total previsto para a implantação da fábrica — R$ 201,7 milhões. Para ter acesso ao crédito, entre outros requisitos, a Josapar se compromete em, ao longo de 2025, manter ou ampliar os 156 empregos da unidade, quando atingida pela enchente. A nova fábrica terá o dobro da capacidade de produção da planta atual, que é de 60 mil toneladas por ano. Na nova unidade, também serão realizados a mistura e o ensaque dos fertilizantes, serviços hoje feitos por terceiros.

“A nova fábrica está na mesma região da antiga, o Sul gaúcho, uma das áreas mais afetadas pelos eventos extremos climáticos registrados em maio naquele estado”, observou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Ao apoiar os investimentos da Josapar, o BNDES ajuda a preservar os empregos existentes na região e até mesmo abrir novas vagas, expandir a capacidade produtiva da empresa e impulsionar a recuperação da economia local, em linha com os esforços do governo Lula para a reconstrução do Rio Grande do Sul”.

Na nova planta, a Josapar vai utilizar pela primeira vez um novo processo desenvolvido para utilização da cinza da casca do arroz como componente do fertilizante organomineral. Esse processo é inovador, pois gera receitas para o resíduo industrial (cinza da casca de arroz). Assim, além da duplicação de sua capacidade de produção de fertilizantes, a companhia espera obter ganhos de competitividade em logística, melhoria de qualidade do produto/processo, bem como redução de custos de produção. Com a desativação da planta atual previsto para 2026, o segmento de arroz e farinha de arroz existente no local será remanejado para a unidade fabril Vila Princesa, que também fica em Pelotas.

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