Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) – O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) avalia que as exportações de café do país não deverão ser recordes em 2025, após máximas históricas registradas em 2024, em meio à expectativa de uma produção menor de grãos arábica.
“Essa pergunta é a pergunta de 1 bilhão de dólares. Se alguém tiver essa resposta, seria igual acertar na mega-sena…”, afirmou o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, ao ser questionado sobre perspectivas.
“O fato é como eu coloquei, as exportações devem continuar em volumes expressivos, provavelmente não será um número recorde, é difícil precisar”, declarou ele.
Segundo o presidente do Cecafé, as perspectivas dependerão da produção de café arábica, cuja safra tende a cair ante 2024 após uma estiagem no ano passado, que afetou o pegamento das floradas e frutos.
“A depender, porque se há uma quebra de arábica, a indústria nacional precisa de (café) robusta para atender o mercado interno”, afirmou ele.
Ferreira afirmou que, ainda assim, a perspectiva é manter as exportações de café robusta em “níveis altos”, diante da possibilidade de uma safra dessa variedade potencialmente recorde em 2025.
Mesmo com uma queda na produção de arábica, o dirigente do Cecafé afirmou que a expectativa é “manter volumes grandes em exportação” dessa variedade.
