Hugo proíbe manifestações com cartazes e panfletos no plenário da Câmara


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), proibiu o uso de cartazes, banners, panfletos e objetos similares no plenário e nas comissões da Casa.

A decisão, que também obriga o uso de terno e gravata por parlamentares na Casa, foi publicada no Diário Oficial da Câmara nesta quarta-feira (26).

A medida vale para deputados, servidores, terceirizados e qualquer outra pessoa que esteja nos plenários. A decisão foi publicada um dia após um homem ser retirado à força de um evento da Frente Parlamentar Evangélica enquanto protestava com um cartaz pelo fim da escala de trabalho 6×1.

A decisão também vem na esteira de uma série de brigas entre deputados de governo e oposição no plenário. Congressistas têm levado placas, banners, bonés e outros objetos para promover protestos na Casa.

Na última semana, Hugo Motta deu uma bronca em congressistas que tumultuaram a sessão em meio a manifestações favoráveis e contrárias à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“As manifestações parlamentares em sessões e reuniões da Câmara dos Deputados devem se limitar à utilização da palavra”, consta na decisão publicada nesta quarta.

O ato também determina que caberá a Motta e aos presidentes das comissões garantir que a determinação seja cumprida. A Polícia Legislativa poderá ser acionada para garantir que a medida seja obedecida.

Governistas com plaquinhas de “Bolsonaro preso” e “sem anistia” e oposicionistas com plaquinhas de “anistia já” e “perseguição política” • Bruno Spada/Câmara dos Deputados

“Valores institucionais”

Na justificativa da decisão, Hugo Motta afirma que o funcionamento da Câmara deve “refletir a solenidade e a importância dos trabalhos nela conduzidos”.

“Observa-se que a utilização de cartazes e afins nos recintos dos plenários prejudicam o bom andamento dos trabalhos legislativos, transformando o debate de ideias relevantes ao país que se espera que aconteça nas tribunas em discussões muitas vezes infrutíferas e ofensivas”, afirmou o presidente.

Hugo também pontuou que a determinação busca “reafirmar os valores institucionais da Casa”, garantindo que o ambiente permaneça compatível com a seriedade do trabalho exercido.

Traje

O presidente da Câmara também determinou que somente será permitida a circulação de pessoas que estejam “adequadamente trajadas” de acordo com as normas da Casa.

Para parlamentares, o traje obrigatório é passeio completo, ou seja: termo, camisa social e gravata para homens nos dias em que houver sessão. Nos períodos de recesso ou nas datas em que não houver sessão, é permitido o uso de traje casual.

É permitido o uso de vestimentas ligadas a aspectos sociais, culturais e econômicos de integrantes de comunidades tradicionais, como pessoas indígenas, ribeirinhas e quilombolas.



Veja Matéria Completa!

Cookie policy
We use our own and third party cookies to allow us to understand how the site is used and to support our marketing campaigns.

Hot daily news right into your inbox.