Pé-de-Meia, Farmácia Popular, Vale-Gás, crédito consignado do setor privado e a recém aprovada liberação de recursos do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) são algumas das medidas que o governo Lula tem bancado para estimular a economia.
“Teremos mais lenha na fogueira com essa injeção de recursos na economia. O governo Lula pisa no acelerador enquanto Banco Central pisa no freio. […] Estamos derrapando, e se não tomar cuidado, o Brasil capota”, pontuou Rita Mundim, comentarista de economia da CNN.
Mundim avaliou que os esforços vêm num momento inoportuno, no qual o Brasil está “patinando”, com dólar voltando a subir, bolsa caindo e “juros futuros indo embora”.
“O presidente quer estimular o gasto em um momento no qual o Banco Central [BC] exige uma política monetária restritiva, de alta de juros, para conter a inflação que está sendo provocada pelo excesso de gastos”, disse a comentarista ao CNN Arena.
Desde que as mais recentes pesquisas começaram a apontar forte queda na popularidade do petista, existe um receio do mercado de quais serão as ações tomadas pelo Executivo para reverter a perda de apoio.
No entendimento do mercado, Mundim explicou que elas podem ser populistas, envolver mais gastos públicos.
“Lula disse que quer fazer o brasileiro sentir de volta aquele bem estar. Na cabeça dele é preciso injetar dinheiro na economia. […] A responsabilidade fiscal já não está existindo mais, e com a Gleisi [Hoffmann] no comando [da Secretaria de Relações Institucionais], ela é esquerda raiz, a ordem é ‘vamos gastar’”, concluiu a comentarista.
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