Ausência de Neymar definiu semifinal. Presente para o Corinthians, que venceu o Santos, por 2 a 1. E reabilitou Ramón Díaz e Garro – R7 Esportes


A ausência de Neymar, com estiramento na coxa esquerda, mudou todo o cenário da semifinal, em Itaquera. O Corinthians venceu por 2 a 1, com toda a justiça. E jogará a decisão do Paulista de 2025, na sua casa. O Santos mostrou sua dependência de Neymar

Cosme Rímoli|Do R7

Garro marcou o gol decisivo. Corinthians, vibrante, na decisão do Paulista Corinthians

O Corinthians soube se aproveitar do grande ‘reforço’.

A ausência de Neymar, com estiramento na coxa esquerda.

E se impôs, sem grandes sustos, diante do Santos.

Venceu por 2 a 1, em Itaquera.

E está com toda justiça na final do Campeonato Paulista de 2025.

Fará a decisão na sua casa, contra o vencedor de Palmeiras e São Paulo, que duelam amanhã.

Mais: ganhou fôlego para tentar a façanha de reverter a derrota para o Barcelona, na Libertadores, por 3 a 0.

Na quarta-feira, a Neo Química Arena será um caldeirão contra os equatorianos.

Yuri Alberto, que marcou o primeiro gol e jogou muito bem, comemorava a chegada à final.

Mas não se esquecia da Libertadores.

“Meu pé travou e comecei a chorar, que não seja nada sério.

“Feliz pela vitória, pela entrega, merecemos estar na final e vamos batalhar para sermos campeões.

“É uma alegria grande. Quero ajudar de qualquer forma, fazendo gol, dando assistências, me sacrificar. Cinco anos que não íamos para a final, e vamos batalhar.

“Agora temos uma grande final na quarta-feira para a gente reverter o resultado.”

Yuri Alberto. 63 gols com a camisa do Corinthians. Ele começou a desmoronar o Santos, sem Neymar Rodrigo Coca/Corinthians

A vitória corintiana recupera a confiança em Ramón Díaz, ameaçado de demissão.

E também Garro, que voltou a justificar sua importância no elenco, depois do acidente que se envolveu nas férias.

O argentino fez ótimo segundo tempo e ainda marcou o gol da vitória no clássico.

Neymar pode ser o jogador mais talentoso no país.

Mas é humano.

Ele não suportou depois de sete partidas seguidas, depois de um ano e um mês se recuperando da cirurgia nos ligamentos cruzados do joelho esquerdo, o músculo adutor da coxa esquerda sofreu estiramento.

Tem 33 anos e sofreu 29 lesões na carreira.

Foi a grande decisão.

A ‘escolha de Sofia’, na Vila Belmiro.

Ou ele atuava na fase de classificação e nas quartas e o Santos chegava na semifinal.

Ou era poupado, como o bom senso indicava, atuando em alguns jogos, e o clube não chegaria tão longe no Paulista.

O Santos soube esconder muito bem.

Tanto que Ramón Díaz preparou o Corinthians para enfrentar o camisa 10 santista.

E ele começou no banco de reservas, para surpresa geral e alívio dos mais de 48 mil corintianos em Itaquera.

A ausência de Neymar foi o grande ingrediente da semifinal.

Definiu o jogo.

Neymar acompanhou o hino. E o jogo todo do banco de reservas. Sua ausência definiu a semifinal Reprodução/Instagram Santos

O Corinthians, sacudido depois do vexame na Libertadores, entrou com a obrigação de vencer.

Até para Díaz manter seu emprego.

E ele tratou de colocar seu time para pressionar o Santos, de Pedro Caixinha, que entrou muito acanhado.

Usando a torcida como cúmplice, já que o time não perde em Itaquera desde agosto de 2024.

A pressão dava resultado, Memphis e Carrillo se movimentavam bem, abriam espaço na zaga santista.

Faltava apenas Garro, jogar como na temporada passada, se mostrava lento, tenso.

E Yuri Alberto se movimentando como um velocista, pelos dois lados do ataque, atento aos lançamentos, passes inesperados.

Por ironia, ou não, do destino, o Corinthians marcou seu primeiro gol graças a Ramón Díaz.

Em uma jogada ensaiada pelo treinador argentino.

Memphis cobrou escanteio curto para Garro, que devolveu.

A movimentação distraiu a zaga santista, enquanto Yuri Alberto correu por trás da zaga.

E ele tocou de pé direito, antes de Brazão.

Corinthians 1 a 0, aos 12 minutos…

JP Chermont demorou para sair depois do escanteio e ‘tirou’ o impedimento do artilheiro.

A empolgação da torcida não coincidiu com a decisão de Ramón Díaz.

Ele mandou seu time recuar, mesmo com o Santos intimidado.

Queria contragolpes.

Só que Pedro Caixinha usou um bilhete que mudou a postura da sua equipe.

Fez com que Soteldo, que jogava no espaço que seria ocupado por Neymar, do meio para a esquerda, passasse a se revezar com Guilherme.

E que Thaciano, preparado para fechar a intermediária, se adiantasse.

Assim como Gabriel Bontempo estivesse mais presente na frente.

Era para ‘enfrentar o Corinthians’.

E, também como o rival, em uma bola parada veio o empate.

Guilherme cobrou escanteio com muita curva, veneno.

A bola encobriu Félix Torres e chegou a Tiquinho, que se antecipou a Martínez, aos 38 minutos.

O Santos explorou a velha falha na defesa corintiana, as bolas aéreas.

O gol trouxe preocupação para os corintianos e os santistas ficaram satisfeitos.

O primeiro tempo acabou, forma justa, empatada.

No intervalo, a desconfiança que a contusão de Neymar é mais grave do que se supunha.

Nem sinal do camisa 10 no Santos.

O Corinthians retomou o controle da partida, como havia feito no primeiro tempo.

Até mesmo Garro passou a participar mais do jogo, se livrando da marcação.

E usou a sua grande arma, além da habilidade e visão de jogo.

O chute fortíssimo.

Logo após uma cobrança de falta belíssima, que obrigou Brazão a espetacular defesa, o meia argentino foi o personagem central.

Martínez, que fez ótima partida, tocou para Angileri.

O ótimo lateral esquerdo ajeitou.

E Raniele, malicioso, impediu Thaciano de travar o chute.

Garro bateu violentamente na bola, indefensável para Brazão.

Corinthians, merecido, 2 a 1, aos 10 minutos.

Yuri Alberto marcou o primeiro gol. E ironizou recomendação e chutou o mastro da bandeira de escanteio. Do próprio time pode Rodrigo Coca/Corinthians

Todos no estádio olharam para o banco do Santos.

Nem sinal de movimentação de Neymar.

Pedrinho colocou Barreal e Rollheiser.

E adiantou o Santos.

O Corinthians se fortaleceu nas intermediárias.

Com Bidon no lugar do extenuado Carrillo.

E Bidu entrou para fechar a lateral esquerda, com Angileri contundido, deixando a partida.

O que já estava difícil, se tornou impossível para os santistas.

Zé Ivaldo deu uma voadora irresponsável em Yuri Alberto e foi expulso, aos 35 minutos.

Sem Neymar, com um a menos.

O Santos se desesperou, tentando o empate.

Com direito a Tiquinho, Deivid Washington e até Gil como centroavantes, sonhando com uma bola aérea aleatória.

Mas ela não veio.

O Corinthians é finalista do Paulista, com toda a justiça.

E o Santos mostrou, sem Neymar, toda a sua limitação…

Veja também: Pedro Caixinha explica ausência de Neymar contra o Corinthians

O técnico do Santos falou sobre o incômodo sentido pelo atacante, impossibilitando sua participação na semifinal do Paulistão 2025.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.



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