Robô usa luz e IA para diagnóstico precoce de doenças em soja e algodão



Um robô desenvolvido pela Embrapa Instrumentação (SP), em parceria com a Comdeagro (MT), promete transformar o manejo de pragas na soja e no algodão. Batizado de LumiBot, o equipamento, que opera à noite, utiliza robótica, fotônica e inteligência artificial para identificar a presença de nematoides nas plantas antes mesmo do surgimento dos sintomas. A ferramenta é um protótipo que será apresentado durante o Simpósio Nacional de Instrumentação Agropecuária (Siagro), entre os dias 14 e 16 de outubro, em São Carlos (SP).

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Funcionamento da robô

O LumiBot ilumina e fotografa as folhas em apenas sete segundos, usando uma técnica de imagem de fluorescência capaz de detectar alterações metabólicas provocadas por estresses bióticos, como fungos e bactérias, e abióticos, como seca ou deficiência nutricional. Em testes realizados em casa de vegetação, a tecnologia atingiu taxa de acerto acima de 80%, com cerca de sete mil imagens coletadas nos últimos três anos.

Para a pesquisadora Débora Milori, coordenadora do estudo, a inovação permite reduzir o uso de defensivos químicos, já que o diagnóstico precoce possibilita aplicar produtos apenas nas áreas infestadas. “É uma alternativa mais eficiente, econômica e sustentável do que o método convencional, baseado na aplicação de nematicidas em solo ou sementes”, afirma.

O impacto econômico é grande, visto que os nematoides causam perdas anuais estimadas em R$ 27,7 bilhões na soja e R$ 4 bilhões no algodão.

A importância da ferramenta

A inovação ganha ainda mais relevância neste momento de trabalhos em campo. Para a safra 2025/26, a Conab projeta 177,67 milhões de toneladas de soja e 4,09 milhões de toneladas de pluma de algodão. Garantir a sanidade das lavouras é essencial para proteger a produtividade e reduzir riscos bilionários ao agronegócio brasileiro

“Com o monitoramento de precisão, o produtor pode agir rapidamente, evitar desperdício de insumos e garantir maior rentabilidade”, destaca Sérgio Dutra, consultor da Comdeagro.

Próximos passos

A próxima etapa do estudo será o desenvolvimento de um equipamento para operação em campo, como, por exemplo, adaptar o aparato óptico em um veículo agrícola do tipo pulverizador gafanhoto ou veículo rover.



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