O agronegócio tem puxado a fila de fusões e aquisições (M&A) no Brasil. Em 2024, o setor registrou o maior número (12) de operações dos últimos cinco anos, um crescimento de 140% em relação ao ano anterior, segundo levantamento recente da KPMG. Esse movimento reflete um cenário mais amplo: empresas fora dos grandes centros, antes invisíveis ao mercado financeiro, começam a se destacar pela profissionalização da gestão, visão estratégica e capacidade de gerar valor no longo prazo.
Para José Loschi, fundador da SRX Holding`s, esse protagonismo é fruto de um reposicionamento importante do agronegócio. “Empresas do interior, que sempre conheceram de perto o produtor e a dinâmica local, agora também operam com a mesma estrutura, tecnologia e governança das grandes. Essa combinação muda a percepção sobre elas e as transforma em ativos muito valiosos para o mercado”, afirma.
O novo perfil rompe o estigma de que o setor rural opera com baixos padrões de gestão e abre espaço para aquisições estratégicas que valorizam estabilidade e crescimento sustentável.
O mercado de M&A como um todo também vive um aquecimento: em 2024, foram anunciadas 1.426 operações no Brasil, aumento de 1,9% em comparação ao ano anterior, segundo levantamento da consultoria Kroll. Os setores mais dinâmicos foram tecnologia, infraestrutura e saúde, com o agronegócio também ganhando destaque em operações voltadas à inovação e sustentabilidade.
Tamanho impulso do agro no M&A mostra que o país vem reconhecendo o real potencial dos novos players e a valorização de sua governança e capacidade de resistência aos mercados internos e externos. “O agro que se reinventa, com gestão moderna e clareza de propósito, se torna protagonista das fusões e aquisições. É o agro que reposiciona o Brasil no mapa global do M&A”, conclui.
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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