‘Ainda Estou Aqui’ deve levar o Oscar após ruína de ‘Emilia Pérez’, diz The Guardian


O jornal britânico The Guardian publicou neste domingo (23) uma crítica do filme “Ainda Estou Aqui“, que estreou nos cinemas da Inglaterra e da Irlanda na última quinta-feira (20). O texto chama o filme de “esplêndido”, e atuação de Fernanda Torres de “fenomenal”, destacando que sua indicação ao Oscar de melhor atriz como merecida.

“A percepção de que o marido de Eunice Paiva se foi para sempre é um processo gradual que se desenrola, em grande parte, sem palavras, no rosto de Torres, em uma performance de inteligência extraordinária e complexidade emocional”, diz o texto.

Além da indicação de Torres, “Ainda Estou Aqui” também concorre ao Oscar nas categorias de melhor filme e melhor filme internacional. A uma semana da cerimônia de premiação, que acontece no próximo domingo (2), o texto do The Guardian sublinha que “após o desastre de Emilia Pérez“, “Ainda Estou Aqui” é o filme certo para ganhar na categoria de melhor filme internacional.

O jornal ainda descreve o longa brasileiro como uma “saga envolvente”, que representa o diretor Walter Salles em seu melhor momento.

“Parece sublime: o diretor escolheu filmar em vários tipos de filmes, com o granulado e arisco Super-16 capturando a energia e a emoção de ser um adolescente fazendo bagunça nas ruas do Rio, e o 35mm trazendo uma textura agradável e vivida às cenas domésticas”, afirma o texto, citando também o trabalho do músico britânico Warren Ellis, que assina a música do filme.

“Uma trilha sonora incrível equilibra a energia irreverente de artistas da tropicália brasileira, como Tom Zé e Caetano Veloso, com uma trilha sonora pensativa e taciturna de Warren Ellis.”

Ao final, a crítica destaca duas das “muitas cenas primorosamente realizadas do filme”. Primeiro, a cena em que ela descobre os primeiros rumores sobre a morte do marido e, mesmo assim, leva as crianças à sorveteria. Depois, a cena em que a família sai da casa definitivamente, de mudança para São Paulo. “Já assisti ao filme três vezes, e essa cena única e dolorosamente triste me destruiu em todas.”



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