Análise: governo Lula está travado, sem rumo e não apresenta novas marcas | Blogs


No atual cenário, há uma série de fatores que contribuem para a queda de 11 pontos percentuais na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicada pela pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14).

Na área econômica, existe uma resistência da equipe do petista em ouvir especialistas e economistas que recomendam uma correção de rumos. Isso mistura um pouco uma teimosia e uma crença de que o caminho que está sendo adotado é o correto, quando, na verdade, todos os sinais indicam o contrário.

Lula também enfrenta problemas na comunicação em seu mandato, embora o principal desafio não esteja na forma de se comunicar, mas o que tem comunicado. Declarações equivocadas do presidente viralizam nas redes sociais e contribuindo para um humor negativo da população em relação ao governo.

Falta um “Estado-maior” dentro do Palácio do Planalto capaz de aconselhar e, quando necessário, contrapor Lula. A Casa Civil “muito travada” sob a gestão de Rui Costa estaria blindando excessivamente o acesso ao presidente.

Além disso, o governo não tem apresentado novas marcas ou entregas significativas que a população possa sentir de forma concreta. Ao contrário, há uma percepção generalizada de que o custo de vida aumentou, sem ações efetivas do governo para melhorar a situação, especialmente entre o eleitorado tradicionalmente favorável a Lula e ao PT.

Há diversos projetos e iniciativas que estão paralisados ou que enfrentam dificuldades, como a exploração da margem equatorial brasileira, a ferrovia Ferrogrão e a preparação para a COP 30, em Belém. Vale lembrar também do programa “Pé de Meia”, que teve problemas recentes com o Tribunal de Contas da União (TCU).

De uma maneira geral, o governo é travado e possui uma engrenagem que não consegue andar com o passar do tempo. Está faltando um rumo para promover as entregas e fazer a população a se sentir beneficiada de alguma maneira

Apesar da aprovação ser a pior de todos os tempos, isso não significa, necessariamente, o fim do projeto político petista para 2026. O PT tem expertise em campanhas eleitorais, tendo vencido cinco das seis disputas presidenciais neste século. Ainda é possível uma correção de rumo, mas para isso seria necessária “humildade” e uma abertura maior para ouvir diferentes setores da sociedade e incorporar novas ideias.



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