Investigadores da força-tarefa montada para desvendar o assassinato do delator do PCC, o empresário Antonio Vinícius Gritzbach, afirmaram à CNN que o valor pago para todos os envolvidos no crime pelos mandantes ultrapassou R$ 6 milhões. O dinheiro foi investido em armas, carros, contratações de serviços, suborno e plano de fuga, de acordo com fontes.
Eles chegaram até o número, depois de um trabalho de rastreio nas contas e movimentações financeiras dos policiais envolvidos no caso, inclusive os que faziam a ‘escolta ilegal’ do delator do PCC e, supostamente, deveriam protegê-lo.
Durante esse processo de investigação, foram encontradas transações de centenas de milhares de reais em criptomoedas, um recurso frequentemente usado para esconder dinheiro.
Antes disso, a polícia já havia descoberto que as movimentações financeiras e os hábitos de vida de policiais envolvidos com o caso não eram compatíveis com os salários que recebiam das polícias Civil e Militar de São Paulo.
Mais de 20 pessoas foram presas. Entre elas, civis, PMs e suspeitos de terem colaborado com a fuga dos criminosos. Três peças chave da investigação, no entanto, permanecem desaparecidas: o suposto “olheiro” Kauê Coelho e a dupla de mandantes do crime, traficantes ligados ao PCC conhecidos como “Cigarreira” e “Didi”.