Meus cumprimentos a Lula e Tarcísio, um não cooptou o outro, a sociedade é quem agradece, afirmou o comentarista José Eduardo Cardozo no programa O Grande Debate desta quinta-feira (27).
“Nós vemos um clima tão polarizado que, quando duas pessoas agem de forma decente, pensando no estado, isso é interpretado como um tentando manipular o outro. Isso teria que ser o que sempre acontece. As pessoas podem ter divergências políticas, disputar com contundência nas urnas, mas, na hora em que é possível chegar a um entendimento para o bem da sociedade, têm que estar juntas”, opinou.
“Não se trata de uma cooptação do Tarcísio pelo Lula, nem de uma cooptação do Lula pelo Tarcísio. Se trata do governador do estado de São Paulo e do presidente da República estando juntos para uma obra do interesse de todos”, defendeu.
Lula esteve ao lado de Tarcísio durante a cerimônia de anúncio do edital para o túnel Santos-Guarujá, no litoral paulista. No evento, Lula disse que o fato das pessoas serem de partidos diferentes “não muda muita coisa”.
“Tarcísio, você está fazendo história nessa parceria que estamos construindo, pode ficar certo que o povo compreende o que estamos fazendo. Tem gente do lado do Tarcísio que não gosta de ver ele do meu lado, e tem gente do meu lado que não gosta de me ver do teu lado”, ressaltou o presidente.
“Há uma diferença entre questões de estado e questões de disputa política. Há uma diferença muito clara em pensar na conjunção de forças quando elas podem ser conjugadas e, nesta hora, eu não tenho que fazer disputas políticas pensando exclusivamente nas urnas. Eu tenho que pensar um pouquinho na população, no interesse público”, pontuou Cardozo.
“Eu não posso querer sempre ganhar e dizer que, quando eu não ganho, eu fui roubado. Não é verdade. Ou se demonstra que foi roubado ou aceita as regras do jogo democrático. Faz parte das regras do jogo democrático agir com respeito a quem governa um estado como São Paulo, como também faz parte agir com respeito a quem é presidente”, concluiu.