Fungo causador da murcha da cana-de-açúcar é identificado



O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) anunciou nesta terça-feira (23), em Piracicaba, interior de São Paulo, a descoberta do fungo causador da murcha da cana, doença que tem afetado a longevidade dos canaviais e elevado custos de produção.

Trata-se do Colletotrichum spp.. A descoberta foi validada por análises genéticas e pelo Postulado de Koch. A confirmação abre caminho para o desenvolvimento de variedades resistentes e para estratégias de manejo mais assertivas.

“O mais importante é saber o que se está atacando. Agora, com a confirmação do agente causal, podemos direcionar pesquisas em diferentes frentes – desde fungicidas até soluções de manejo nutricional e irrigação -, além de abrir espaço para o desenvolvimento de variedades resistentes no futuro”, destacou a diretora de P&D do CTC, Sabrina Chabregas.

Perdas em talhões de cana

O impacto da doença preocupa produtores em todo o país. Relatos apontam perdas de até 50% na produção de talhões afetados.

Além disso, estima-se que a murcha atinja cerca de 30% dos canaviais brasileiros, principalmente em áreas mais suscetíveis ao estresse hídrico e ao ataque de pragas. “O controle da murcha é super relevante, é a principal doença do setor hoje”, completou Sabrina.

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A descoberta foi apresentada durante o lançamento do movimento Esfera, plataforma de colaboração aberta entre produtores, pesquisadores e indústrias. Segundo o CTC, a Esfera nasce como um espaço de conexão permanente entre diferentes elos da cadeia, promovendo debates técnicos e estratégias para elevar a competitividade do setor.

O ambiente já conta com quase 400 inscritos e funcionará em duas frentes: uma comunidade virtual aberta a qualquer interessado em cana-de-açúcar e encontros presenciais periódicos, previstos para ocorrer cerca de quatro vezes ao ano.

“O Brasil é referência na cultura da cana-de-açúcar e a Esfera chega para ser o palco de debate do setor nos temas técnicos mais relevantes que visam expandir o conhecimento e aplicabilidade de diferentes práticas de manejo que levarão ao aumento da produtividade”, afirmou o CEO do CTC, César Barros.

Para Barros, a Esfera simboliza a aceleração dessa resposta coletiva. “Muitas iniciativas de controle já vinham sendo testadas de forma isolada nas usinas. Agora, queremos que esse esforço seja conjunto, transparente e colaborativo, de modo a gerar soluções mais rápidas para os problemas críticos do setor.”



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