A semana começou agitada com as fortes quedas que acometeram os ativos financeiros dos Estados Unidos e contaminaram os mercados a nível global.
No domingo (9), o presidente dos EUA, Donald Trump, não havia descartado a possibilidade de o país ser acometido por uma recessão em decorrência de suas políticas econômicas.
Pedro Alubquerque, CEO do Traders Club (TC), vê o momento como uma oportunidade relevante para montagem de posição nas bolsas americanas, uma vez que elas devem voltar a se valorizar.
O colaborador do TC Bernardo Novaes também está de olho nos ativos norte-americanos. Bernardo volta suas atenções para os papéis da Tesla (TSLA), que chegaram a tocar os US$ 480, mas recuaram ao nível de US$ 220 após correções.
Ele chegou a torcer por um fechamento de GAP nos US$ 218. Nesta quarta-feira (12), a Tesla ensaiava uma recuperação, mas ainda distante do que foi o seu melhor momento após a vitória de Trump nas eleições de 2024.
Inflação
Esta quarta ainda foi um dia marcado por dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.
Por aqui, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação oficial do país, chamou atenção. O colaborador do TC, Fernando Marx, destacou que a fotografia inflacionária brasileira “mordeu e assoprou”.
O indicador acelerou em fevereiro a 1,31%, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 5,06%, acima dos 4,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Mordeu porque, na média, os serviços aceleraram. Esta é uma pedra no sapato do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que olha para o dado com atenção para entender o cenário inflacionário do país.
Por outro lado, o assopro veio na forma de de um IPCA cuja média dos núcleos baixou, e a difusão – o espalhamento do fenômeno inflacionário – ficou mais contida. Ou seja, a alta generalizada dos preços estaria tocando em menos setores, produtos e serviços.
Enquanto isso, o colaborador do TC Jorge Souto ficou de olho na inflação dos EUA. A inflação ao consumidor ficou ligeiramente abaixo das expectativas no país.
O índice de preços ao consumidor avançou 0,2% no mês passado, de 0,5% em janeiro, informou o Departamento do Trabalho dos EUA.
Nos 12 meses até fevereiro, o índice teve alta de 2,8%, após ter subido 3% em janeiro. Economistas consultados pela Reuters previam avanços de 0,3% na base mensal e de 2,9% na anual.
Para ele, é “melhor assim, deve abrir um espaço bom para o mercado” até a próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.
A inflação mais baixa deu uma desconstruída na possibilidade de uma estagflação – fenômeno que casa um período de inflação em alta e atividade em baixa -, ao menos no curto prazo.
Ativos em destaque
Dentre os papéis mais procurados pela comunidade do TC nas últimas 24 horas, destacaram-se:
- Casas Bahia (BHIA3);
- Cogna (COGN3);
- Magazine Luiza (MGLU3);
- Grupo Pão de Açúcar (PCAR3);
- Simpar (SIMH3).
*O TradersClub (TC), maior rede social de investidores e traders da América Latina, é parceiro do CNN Money