O armistício da ministra Gleisi Hoffman — empossada nesta segunda-feira (10) — com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não passa de um comunicado protocolar, afirmou o comentarista Caio Coppolla no programa O Grande Debate desta segunda-feira (10).
“Quando a gente pega o histórico de manifestações públicas da própria ministra falando sobre as políticas públicas e macroeconômicas de abril de 2024 até janeiro de 2025, são só críticas, críticas ostensivas, ferrenhas à política encampada pelo senhor Fernando Haddad. Isso vai desde o arcabouço fiscal até a definição de metas de déficit ou superávit das contas públicas do governo, passando também pelas políticas de juros do Banco Central”, opinou.
Durante a cerimônia de posse como ministra de Relações Institucionais, Gleisi fez um aceno a Haddad.
Gleisi afirmou que vai ajudar na consolidação das pautas econômicas do governo e defendeu que as medidas comandadas por Haddad estão colocando o Brasil novamente na rota do emprego, do crescimento e da renda.
“Vamos analisar o que sucedeu o anúncio da indicação de Gleisi para o ministério de Lula: imediatamente houve uma resposta do mercado, um prejuízo ao nosso câmbio e uma nova desvalorização da moeda nacional frente ao dólar. Isso já são alguns agentes, claro que tem um caráter especulativo, precificando o extremismo político e o radicalismo ideológico que Gleisi Hoffmann representa”, defendeu.
“Vai contra a natureza dessa representante do extremismo político defender responsabilidade fiscal, uma política cambial ortodoxa, esse tipo de coisa”, concluiu.