Setembro Amarelo: como a gestão de pessoas e o diálogo mudam a vida na fazenda


Pecuaristas, a saúde mental, que antes era vista como um problema exclusivo das grandes cidades, tem se tornado cada vez mais comum no campo. Questões como depressão e ansiedade, aliadas ao isolamento e à solidão das fazendas, têm feito com que trabalhadores rurais sofram em silêncio. Confira o vídeo.

Nesta entrevista no programa Giro do Boi, a jornalista Jaqueline Lubaski, especialista em gestão de trabalhadores rurais, ressalta que o Setembro Amarelo atua como um alerta para a importância da conversa, que pode salvar vidas.

Jaqueline Lubaski, que atende centenas de fazendas no Brasil, afirma que o problema da saúde mental no campo sempre existiu, mas que, felizmente, tem sido debatido com mais frequência. Ela explica que as fazendas têm aderido às campanhas, investindo em ações sociais e de recursos humanos, e levando o tema para discussão.

A especialista destaca que um funcionário com a saúde mental abalada é improdutivo, o que impacta diretamente na receita da propriedade. É impossível “deixar o problema no portão” da fazenda e não levá-lo para a rotina de trabalho. Por isso, o gestor tem um papel crucial:

  • Olhar o funcionário como um ser humano: A fazenda é uma extensão da casa do proprietário, e os problemas dos colaboradores também são problemas do gestor.
  • Aproveitar recursos públicos: Todas as cidades têm Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que oferecem profissionais da saúde para palestras e apoio gratuito.
  • Fazer Diálogo Semanal de Segurança (DSS): Esses diálogos, de 15 minutos, devem ser utilizados para debater temas que vão além da segurança do trabalho, como a saúde mental, alcoolismo e outros assuntos que afetam a rotina.

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O caso da Fazenda LPCD e a nova geração

Setembro amarelo é tema de discussão entre trabalhadores rurais. Foto: Divulgação.

O Grupo LPCD, um dos maiores projetos de pecuária do Brasil, é um exemplo prático de como o manejo dos trabalhadores rurais, com foco na saúde mental, pode trazer resultados. O grupo, que tem quase 200 mil cabeças de gado, possui uma pessoa focada em ações sociais e investe em melhorias para os colaboradores.

A jornalista Jaqueline Lubaski ressalta que o grupo tem um grande problema: 40 vagas para vaqueiros em Tangará da Serra, no estado de Mato Grosso. A falta de mão de obra mostra uma mudança de comportamento:

  • A busca por qualidade de vida: A nova geração de trabalhadores rurais busca mais do que um salário, que é uma obrigação. Eles querem qualidade de vida, um ambiente saudável e leve, moradia decente e acesso à internet.
  • A importância do investimento: O gestor que não se adaptar a essa nova realidade, investindo no bem-estar dos colaboradores, não conseguirá reter mão de obra, pois as gerações passadas já estão se aposentando e as novas têm outras prioridades.

Casos de sucesso no campo

Jaqueline Lubaski conta que já identificou, através de pesquisas de clima, casos de depressão em trabalhadores rurais e, com o apoio de profissionais da saúde, conseguiu reverter o quadro.

O Setembro Amarelo é um convite para que o pecuarista se preocupe com o bem-estar do seu funcionário, pois o cuidado com as pessoas não se reflete apenas na redução de problemas pessoais, mas também na melhoria da produtividade.



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