Falas de Hugo sobre 8/1 preocupam governistas e acendem sinal para anistia | Blogs


Ministros e deputados governistas que apoiaram a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para presidência da Câmara se disseram constrangidos por suas falas em relação às investigações sobre a suposta tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.

A posição adotada por ele acende um sinal amarelo sobre o projeto de anistia para os condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do ato.

Hugo Motta disse, em entrevista na Paraíba, na sexta-feira (7), que “um golpe tem que ter um líder, tem que ter uma pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas e não teve isso”.

Auxiliares de Lula, ouvidos pela CNN, afirmaram neste sábado (8), que a declaração foi intencional e pode guardar algum recado do novo comando da Câmara que ainda está sendo avaliado.

Hugo se elegeu com votos tanto do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quanto do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Fez sinal para os dois lados, mas governistas dizem que não esperavam desarticulação com a Câmara tão cedo.

Quem é da base do governo, mas optou votar contra Motta, afirma não ter visto surpresas. “Isso mostra as faces do centrão ‘bolsonarizado’ na anistia e emendas. E na economia, há visão ultrafiscalista. O PT está amarrado e chantageado pela governabilidade forçada. Anistia não!”, afirmou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), à CNN.

Ao mesmo tempo, a manifestação de Motta foi comemorada por políticos de oposição. O ex-presidente, Jair Bolsonaro, chamou o comandante da Câmara de “iluminado”, em defesa ao projeto de lei da anistia.



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