Fintech do agro alcança R$ 600 mi em carteira e foca em indústrias de insumo



A Agrolend, fintech especializada em crédito digital para o agronegócio, alcançou em 2025 uma carteira de crédito de R$ 600 milhões e ampliou sua atuação para atender também grandes indústrias de insumos agrícolas, além de produtores e revendas. O anúncio foi feito, na sexta-feira (17) pelo diretor financeiro e cofundador Alan Glezer, durante o Agrolend Day, em São Paulo. “Esse é um passo enorme desde o nosso início, em dezembro de 2020. Nossa originação mensal está em torno de R$ 100 milhões, mantendo disciplina de risco e velocidade de resposta ao cliente”, afirmou.

Segundo ele, a Agrolend tem ocupado um espaço que antes era dominado pelos grandes bancos, que hoje mostram menor apetite por crédito ao agro.

A fintech, fundada pelos irmãos Alan e André Glezer, vem diversificando suas fontes de financiamento por meio de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que já somam cerca de R$ 500 milhões captados em plataformas como XP, BTG, Nubank, Itaú e Mercado Livre, com participação de quase 20 mil investidores pessoas físicas. “Isso é confiança de quem coloca o capital onde enxerga valor, governança e propósito”, disse.

Glezer afirmou que a empresa nasceu com foco em produtores de médio porte e revendas de insumos, mas agora passa a desenhar estruturas de crédito sob medida para indústrias. “Estamos oferecendo soluções mais sofisticadas, ágeis e integradas à realidade da cadeia de suprimento. São financiamentos com prazos alinhados à safra, processos enxutos e integração de dados em tempo real”, afirmou.

Entre os novos produtos estão antecipação de recebíveis, CPR financeira com repasse direto ao fornecedor e CPR financeira com recebíveis em garantia. “Essa evolução não substitui o que já fazemos bem. Ela soma, amplia o alcance da Agrolend e nos posiciona como parceiro estratégico para quem quer vender mais, receber melhor e financiar com segurança”, disse o executivo.

Glezer destacou que a expansão ocorre em um momento de escassez de crédito no agronegócio, cenário que tende a continuar. “Há produção, há demanda por insumos, e há necessidade de mecanismos financeiros eficientes para girar estoques, apoiar vendas e dar suporte ao produtor. É aí que a Agrolend cria valor, conectando capital à necessidade real, com agilidade e precificação adequada ao risco”, afirmou.

O executivo também observou que o processo de consolidação entre revendas perdeu força e que as multinacionais estão mais cautelosas na concessão de crédito no Brasil. “As empresas buscam alternativas locais que preservem capital de giro e deem previsibilidade à cadeia. Isso abre espaço para estruturas que integrem indústria, distribuição e produtor com governança e dados de ponta a ponta”, avaliou.



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