Como o manuseio dos alimentos evita contaminações



A segurança alimentar é uma preocupação global que começa no campo, mas se estende até a cozinha de casa. A responsabilidade por alimentos seguros não se restringe à alta tecnologia das fazendas, mas também às boas práticas diárias de manuseio e armazenamento. Confira o vídeo.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam a gravidade do problema: cerca de 420 mil pessoas morrem anualmente no mundo devido a contaminações por vírus, bactérias e fungos, muitas vezes invisíveis a olho nu.

A especialista em segurança de alimentos Paula Eloize ressalta que o principal foco de contaminação não está nas grandes tecnologias de produção, como a rastreabilidade digital, mas sim no manuseio diário dos produtos pelo consumidor. 

Um alimento que chega seguro da fazenda pode ser comprometido na etapa final, por falhas simples e comuns. Um dos erros mais graves é confiar apenas na aparência e no cheiro do alimento, que podem parecer normais, mas já estão contaminados.

Segundo a Vigilância Epidemiológica de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, muitos surtos de intoxicação alimentar no Brasil acontecem dentro das próprias casas. A falta de conhecimento sobre o manuseio correto dos alimentos é o principal fator de risco, transformando um ambiente de preparo em um local de proliferação de microrganismos perigosos.

Perigos na cozinha e a importância da contaminação cruzada

A geladeira, por exemplo, não é um local infalível para a segurança dos alimentos. O armazenamento inadequado pode transformá-la em um ambiente ideal para o desenvolvimento de bactérias. 

A contaminação cruzada, outro erro comum, ocorre quando os mesmos utensílios, como facas e tábuas, são utilizados para cortar alimentos crus e cozidos. Isso transfere microrganismos patogênicos de um alimento para o outro, colocando em risco a saúde de quem vai consumi-lo.

Para garantir a segurança alimentar em todas as etapas, desde a compra até o consumo, é crucial seguir boas práticas. Elas são simples, mas extremamente eficazes:

  • Na compra: Deixe para pegar os alimentos perecíveis (carnes, laticínios, frios) por último, para que permaneçam refrigerados o máximo de tempo possível.
  • No transporte: Separe os alimentos dos produtos de limpeza. Utilize sacolas específicas para cada tipo de produto para evitar qualquer tipo de contato.
  • Na geladeira: Para evitar a contaminação cruzada, armazene alimentos prontos para consumo nas prateleiras superiores e os alimentos crus, como carnes, nas prateleiras inferiores.
  • No preparo: Use tábuas e facas diferentes para manusear carnes cruas e alimentos cozidos ou que serão consumidos crus, como saladas.
  • No consumo: Reaqueça alimentos reaproveitados até que atinjam uma temperatura segura para eliminar possíveis bactérias. Descarte o que ficou muito tempo fora da geladeira, especialmente em climas quentes.

O controle de temperatura é um dos pontos mais importantes. A faixa de 5°C a 60°C é conhecida como “zona de perigo”, ideal para a proliferação de microrganismos. Manter a geladeira abaixo de 5°C e os alimentos quentes acima de 60°C é essencial para evitar qualquer tipo de contaminação.

A transparência e o compromisso com a segurança alimentar também são diferenciais para empresas do agronegócio. Negócios que adotam protocolos rigorosos, como o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), ganham a confiança e a fidelidade do consumidor, mostrando que a responsabilidade pela segurança dos alimentos é uma prioridade em toda a cadeia produtiva.



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