Governo joga contra sua equipe econômica com gastos, diz Eurasia ao WW


Ao apostar em políticas de estímulo à economia, o governo federal joga contra o Banco Central (BC) – que tenta controlar a inflação -, mas também contra sua própria equipe econômica, afirmou no WW desta quarta-feira (12) Christopher Garman, diretor-executivo da Eurasia Group.

“Se você toma medidas de estímulo à demanda, mesmo que sejam pontuais, […] isso vai contra o trabalho e objetivo do Banco Central e também da equipe econômica de manter uma política fiscal mais restritiva de tentar esfriar a economia e controlar a inflação”, avaliou Garman.

Olhando para o cenário atual, de alta dos preços e baixa da popularidade do governo, o diretor-executivo da Eurasia observou semelhanças com o que aconteceu em 2024 nas eleições presidenciais de diversos países: o custo de vida foi um “enorme calcanhar de Aquiles” para os mandatários que buscavam se reeleger.

E por mais que as medidas ventiladas pelo governo – como consignado privado para trabalhadores CLT, ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) e outras – tenham forte apelo popular, Garman apontou que elas podem acabar se convertendo num preço negativo para o governo.

“Essas medidas, que podem ter alguns ganhos em alguns segmentos do eleitorado, vêm a um custo. Inflação mais elevada, não só porque estimula a demanda, mas também porque deixa o câmbio mais depreciado”, explicou.

“Isso aumenta o custo de importação e também tem impacto em preços sensíveis. O governo está puxando com uma mão e entregando com a outra”, enfatizou.

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