Haddad diz que consignado privado vai ter impacto favorável em 2025


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o empréstimo consignado privado, que o governo está em vias de implementar, vai ter um impacto favorável na economia em 2025. Há preocupações de que a liberação de mais crédito aqueça ainda mais a economia e dificulte o trabalho do Banco Central (BC) de baixar os juros.

Haddad sustentou, nesta quinta-feira (13/2), que ele será um “programa forte”. Hoje, são poucos os trabalhadores do setor privado com acesso ao consignado, diferentemente do que ocorre no caso de aposentados e servidores públicos.

“Do nosso ponto de vista, nós vamos ter um impacto ainda este ano favorável do consignado privado”, disse o ministro.


Entenda

  • Governo federal vem discutindo há meses mecanismos para implementar o crédito consignado a trabalhadores da iniciativa privada.
  • Hoje, a concessão de empréstimo consignado para celetistas envolve convênios das instituições financeiras com as empresas, o que exclui um amplo número de trabalhadores, como funcionários domésticos e empregados do Simples Nacional ou de pequenas empresas.
  • No cenário atual, funcionários públicos e aposentados movimentam cerca de R$ 600 bilhões em crédito consignado. Por outro lado, os trabalhadores da iniciativa privada somam em trono de R$ 40 bilhões. Com a plataforma anunciada nessa quarta, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) estima que a carteira de crédito consignado dos trabalhadores privados pode triplicar, chegando a R$ 120 bilhões.
  • A ideia é usar o eSocial como veículo de oferta e contratação do consignado para esses trabalhadores. Nesse sistema, estão unificadas as informações das relações de natureza trabalhista.
  • Em reunião nesta semana, o governo sinalizou a data de 12 de março para lançamento do primeiro modelo do consignado privado.

Haddad ainda sustentou que o consignado privado terá “um impacto importante no crescimento, inclusive de longo prazo, da economia brasileira.”

Ele sustentou que“ não é justo” que um trabalhador assalariado, que tem a garantia do seu salário, tenha que pagar 5,5% ao mês no crédito direto ao consumidor.

“Não é justo você suprimir renda do trabalhador com juros extorsivos se ele tem uma garantia para dar.”

E completou:

“Agora, o banco está cobrando porque não tem garantia. Nós estamos criando um mecanismo de garantia para diminuir o spread. Essa pauta é uma pauta que independe de uma questão de curto prazo. É uma pauta estrutural para o país. Você não pode misturar uma pauta estrutural de diminuição do spread com uma questão momentânea que está sendo resolvida.”

Inflação

Sobre a perspectiva da Secretaria de Política Econômica da Fazenda de que a inflação em 2025 fique fora do teto da meta, Haddad disse que as coisas vão se acomodar.

“Hoje tem um novo regime de meta, é um regime mais racional, que é a meta contínua. E o Banco Central vai, se isso acontecer e for confirmado, vai apresentar um plano de trabalho para trazer a inflação para a meta. Mas as indicações são boas do que já está acontecendo em relação a isso. Nossa perspectiva é de que as coisas se acomodem antes do que o mercado prevê.”



Veja a matéria Completa!

Cookie policy
We use our own and third party cookies to allow us to understand how the site is used and to support our marketing campaigns.

Hot daily news right into your inbox.