Jesus tenta se reaproximar de Neymar. Por chance para treinar o Brasil, na Copa. Técnico pode esquecer. Não há perdão. Como foi com Galvão Bueno


O treinador percebeu que praticamente ‘matou’ sua única chance de trabalhar em uma Copa. A rescisão de Neymar do Al-Hilal aconteceu por sua causa. Inteligente, Jesus sabe que, sem o apoio de Neymar, jamais trabalharia na Seleção. E jogador não quer ouvir falar dele

Jorge Jesus manda recado, busca reaproximação com Neymar. Pela Seleção. Mas jogador segue magoado Al-Hilal

Neymar tem uma característica forte.

Ele não perdoa quem o atacou, o prejudicou.

Galvão Bueno conheceu bem esse lado do jogador.

O narrador queria uma emocionante reaproximação dele, na série em sua homenagem

Ela se chama ‘Olha o que ele fez.”

Galvão criticou muito Neymar, principalmente na Olimpíada do Brasil, em 2016.

Com a medalha de ouro no peito, o rancor veio à tona ao acabar a final.

“Vocês vão ter de me engolir.”

Recado que até o sorveteiro do Maracanã sabia que era endereçado a Galvão.

Além disso, o meia/atacante divulgou no seu canal um vídeo, com muitas críticas do ex-narrador da Globo.

Depois de sete anos, Galvão pensou que tudo estivesse amainado.

E convidou Neymar para participar da série.

Iria pedir desculpas.

Sonhava com um abraço.

Neymar se recusou.

E segue sem querer falar com ele até hoje.

Jorge Jesus também já começou a conhecer o lado magoado, vingativo de Neymar.

O brasileiro sabe que o português foi o responsável por sua saída do Al-Hilal.

Preferiu seguir com seus outros dez estrangeiros.

Os brasileiros Renan Lodi, Malcom, os portugueses João Cancelo e Rúben Neves, os sérvios Mitrovic e Milinkovic-Savic, o senegalês Koulibaly e o marroquino Bono.

Além de dois outros dois brasileiros sub-21, Marcos Leonardo e Kaio Cesar.

Jesus disse publicamente e para a diretoria do Al-Hilal.

“Não está fácil. Ele vem de uma lesão que o tirou da competição. Quando estava quase voltando, voltou a se lesionar. É um jogador que não deixa dúvidas a ninguém, de top mundial. Mas a verdade é que fisicamente não tem conseguido acompanhar a equipe.”

Depois de sua declaração no dia 16 de janeiro, e a não autorização do técnico para inscrição do brasileiro no Campeonato Saudita, que exigiria a troca de um estrangeiro, a rescisão de contrato com o Al-Hilal foi imediata.

Neymar deixou de falar com Jesus.

Voltou para o Santos e deixou claro sua mágoa com o treinador.

A rescisão, da maneira que foi feita, fechou as portas de vez para clubes grandes europeus.

Porque se até um clube árabe não queria mais seguir com ele.

E ainda apontando que o problema é físico, não há como investir no jogador de 33 anos.

Galvão tinha um bom relacionamento no início da carreira de Neymar. Acabou e não houve volta Reprodução/Instagram

Jorge Jesus percebeu o que fez.

Ele tem 70 anos.

E o sonho de disputar uma Copa do Mundo.

Pela idade, a única que vislumbra, é a dos Estados Unidos, no próximo ano.

Só que em Portugal, ele tem a imagem muito desgastada pela última fracassada, e tumultuada, passagem pelo Benfica.

O espanhol Roberto Martínez, que eliminou o Brasil na Rússia, com a Bélgica, se mostra intocável no cargo.

Na Arábia Saudita, o francês Hervé Renard tem forte apoio dos dirigentes.

A campanha na Copa do Catar, vencendo a Argentina, ainda pesa.

O único caminho seria a Seleção Brasileira.

Jesus tem o lobby de muitos presidentes de federações.

Conta com a simpatia de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

Se ele resolvesse tirar Dorival Júnior e escolher um estrangeiro, Jesus seria o primeiro nome.

Seria.

Porque pela forma que travou a sequência de Neymar no Al-Hilal, o clima na Seleção é impossível para o português.

Não haveria o menor clima para o meia/atacante jogar sob seu comando.

Jesus percebeu o tiro no pé que deu.

E tenta consertar.

Deu entrevista no Canal 11, de Portugal.

Disse que Neymar deve estar ‘muito triste’ com ele.

Mas avisou que o brasileiro foi ‘o melhor’ com quem o técnico trabalhou.

Para um técnico dirigir a Seleção Brasileira precisa de ótimo relacionamento com Neymar. Jesus enterrou suas chances CBF

O trecho da entrevista divulgado pela emissora chegou até o Brasil, como um raio.

E, de acordo com setoristas do Santos, as palavras não diminuíram a mágoa de Neymar.

Pelo contrário.

Só a aumentou.

E para o treinador, o mesmo tratamento reservado a Galvão Bueno.

Sem perdão.

E sem o aval de Neymar, técnico nenhum comanda a Seleção.

Jesus não terá essa aprovação do principal jogador brasileiro desta geração.

O português pode pensar em outro país.

À frente do Brasil, não…

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.



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