A chegada de mais 18 mergulhadores e 12 toneladas de equipamentos da Marinha nesta quinta-feira (26) aumentam as chances de resgatar as vítimas desaparecidas no Rio Tocantins após o desabamento da ponte que liga o estado ao Maranhão, ocorrida no último domingo (22).
Até neste momento, nove pessoas seguem desaparecidas. Oito corpos foram resgatados ou localizados. Uma das vítimas está dentro da cabine de um caminhão que carregava ácido sulfúrico e outro sob uma caminhonete.
“Com a chegada dos materiais para mergulho dependente hoje aumentam as chances de resgatar mais vítimas”, disse à CNN o almirante Coelho Rangel, chefe do Estado-Maior do 4°Distrito Naval, em Belém.
Os equipamentos de mergulho dependente, que têm uma assistência de ar da superfície, permitem que os mergulhadores cheguem a uma profundidade de 57 metros. Atualmente, as buscas estão sendo feitas a 36 metros de profundidade.
De acordo com a Marinha, o material transportado por 2 aviões KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) permitirá buscas mais precisas. Entre os novos instrumentos estão três veículos submarinos do tipo ROV — pilotados de forma remota e com capacidade para explorar águas profundas.
A FAB também transportou uma câmara hiperbárica, que permitirá o primeiro atendimento no local em caso de acidentes de mergulho.
Apoio médico
Além dos 18 mergulhadores, a Marinha enviou um médico hiperbárico, dois enfermeiros hiperbáricos e um operador da empresa Geosaker, especializada em inspeções subaquáticas que está auxiliando de forma voluntária nas buscas.
Com a chegada nova equipe nesta quinta-feira, a Marinha, que faz a coordenação dos resgate, atua com 79 militares na busca por desaparecidos no Rio Tocantins.
Também nesta quinta, a Marinha divulgou vídeo do trabalho dos mergulhadores. Os vídeos mostram escombros da ponte, além de veículos e carga que caíram.
Segundo a Marinha, por causa da correnteza, alguns escombros estão instáveis e podem ter “algum risco” para os mergulhadores, mas a busca não foi interrompida.
Com a queda da ponte, três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo, caíram no rio.