O mercado do café encerra a sessão desta quinta-feira (06) com o arábica registrando uma nova alta recorde nos futuros mais próximos, totalizando assim doze sessões consecutivas de aumentos históricos na bolsa de NY.
Segundo o superintendente comercial da Cooxupé, Luiz Fernando dos Reis, nos últimos dias temos acompanhado os melhores preços da história em reais e também os maiores níveis cotados na bolsa de NY. “Na minha opinião toda essa situação histórica no mercado do café está acontecendo devido um erro estratégico, inclusive da indústria internacional. O café não está sendo suficiente para atender a demanda e continuar formando estoques. Nós tivemos vários problemas climáticos que afetaram a produção, problemas logísticos, mercado invertido, e a soma de tudo isso chegou agora. Nós não temos estoques e é isso que vêm trazendo os preços para esses patamares”, explicou o superintendente.
De acordo com o portal Bloomberg, a variedade caminha para sua mais longa sequência de vitórias desde 1980, enquanto o mercado enfrenta persistentes preocupações com o fornecimento nas principais regiões produtoras. Os estoques mantidos em armazéns monitorados pela bolsa estão agora no menor nível desde novembro.
Informações do Barchart apontam que os preços do café robusta desistiram de um avanço inicial e ficaram sob pressão nesta quinta-feira (06) quando o Vietnam General Statistics Office relatou que as exportações de café do mês de janeiro do Vietnã aumentaram em 6,3%, totalizando em 134.000 MT.
O arábica encerra o dia então com alta de 620 pontos no valor de 403,95 cents/lbp no vencimento de março/25, um aumento de 645 pontos negociado por 397,10 cents/lbp no de maio/25, um ganho de 735 pontos no valor de 388,75 cents/lbp no de julho/25, e um avanço de 855 pontos no valor de 378,80 cents/lbp no de setembro/25.
Já o robusta registra queda de US$ 10 no valor de US$ 5.633/tonelada no contrato de março/25, termina sem variação e negociado por US$ 5.646/tonelada no de maio/25, um ganho de US$ 21 no valor de US$ 5.601/tonelada no de julho/25, e uma alta de US$ 47 no valor de US$ 5.535/tonelada no de setembro/25.
Mercado Interno
De acordo com o Escritório Carvalhaes, no mercado físico brasileiro estão saindo negócios, mas o volume continua baixo. “Há pouco café sendo ofertado no mercado físico brasileiro e muito interesse comprador para todos os padrões de café, para exportação e consumo interno”, destaca.
O Café Arábica Tipo 6 fecha o pregão com alta de 3,17% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.600,00/saca, um aumento de 1,94% no valor de R$ 2.630,00/saca em Maringá/PR, e um ganho de 1,85% em Franca/SP negociado por R$ 2.750,00/saca. Já o cereja descascado tem alta de 3,02% no valor de R$ 2.730,00/saca em Poços de Caldas/MG, um ganho de 0,93% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.725,00/saca, e um aumento de 0,76% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.635,00/saca.
