Mesa “Segurança e Sustentabilidade” debate o futuro climático e a segurança no campo durante a Ponta Agrotec 2025


A Ponta Agrotec 2025 apresenta, no dia 6 de novembro, às 14h, na Sala A, a mesa redonda “Segurança e Sustentabilidade”, que reunirá pesquisadores e especialistas da UFGD e do IFMS para discutir soluções seguras e sustentáveis para o futuro do agronegócio. O painel abordará temas como clima, agricultura familiar e segurança operacional na armazenagem de grãos, conectando ciência, inovação e responsabilidade ambiental.

O debate contará com a participação de:

  • Dr. Guilherme Torsoni (IFMS) – Previsão do tempo e clima para a safra agrícola de 2025/2026
  • Prof.ª Dra. Zefa Valdivina Pereira (UFGD) – Agroflorestar MS: Carbono Neutro para a agricultura familiar
  • Prof.ª Dra. Vanderleia Schoeninger (UFGD) – Cultura da Prevenção: o caminho para a segurança operacional na armazenagem de grãos
    Mediação: Prof.ª Alzira (UFGD)

Clima e previsão para a safra 2025/2026

O Dr. Guilherme Torsoni, do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), apresentará um panorama sobre os impactos das mudanças climáticas na agricultura e o papel da previsão meteorológica como ferramenta estratégica para o planejamento rural.

Com base em estudos da Unesp, IFMS e IFSULDEMINAS, o pesquisador mostrará que as áreas aptas para determinadas culturas podem sofrer reduções drásticas até o fim do século, alertando para a necessidade de gestão climática e uso de tecnologias de monitoramento.

“O produtor precisa olhar para o clima como um ativo de gestão. A previsão meteorológica associada à modelagem de solo e umidade é o que garantirá a segurança operacional das próximas safras”, afirma Torsoni.

Agroflorestar MS e o carbono neutro na agricultura familiar

A Professora Zefa Valdivina Pereira, da UFGD, apresentará o Programa Agroflorestar MS – Carbono Neutro, que alia sustentabilidade e geração de renda para pequenos produtores por meio dos sistemas agroflorestais.
A iniciativa combina árvores, frutíferas e culturas agrícolas, melhorando a fertilidade do solo, ampliando a biodiversidade e capturando carbono da atmosfera, o que possibilita a emissão de créditos de carbono e a diversificação da renda agrícola.

“Cada árvore plantada e cada área recuperada contribui para o equilíbrio climático e gera renda para o produtor. O Agroflorestar mostra que a agricultura familiar pode ser protagonista na mitigação das mudanças climáticas”, destacou Zefa.

Cultura da prevenção e segurança na armazenagem de grãos

Encerrando o debate, a Professora Vanderleia Schoeninger, da UFGD, abordará o tema “Cultura da Prevenção”, destacando os principais riscos enfrentados em silos e armazéns, além de soluções sustentáveis e tecnológicas para garantir a segurança no campo.

Entre os riscos mais frequentes estão os físicos, como soterramento e engolfamento, situações em que o trabalhador entra em estruturas sem capacitação e sem o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados — acidentes que, muitas vezes, têm consequências fatais.

Outros riscos relevantes incluem quedas em trabalhos acima de dois metros e a presença de poeiras explosivas, originadas do processamento de grãos. Essas partículas, em contato com o oxigênio e uma fonte de ignição, podem causar explosões severas, como a registrada no Brasil em 2023, com 10 vítimas fatais e graves perdas estruturais.

“A tecnologia incorporada aos processos pós-colheita — como automação e robotização — é essencial para garantir qualidade, reduzir a exposição de trabalhadores aos riscos e aumentar a segurança operacional”, explica Vanderleia.

Ela também ressalta que o treinamento contínuo e a conscientização de todos os profissionais, desde o operador até o proprietário do silo, são indispensáveis para fortalecer uma verdadeira cultura de prevenção no agronegócio. A especialista lembra ainda que a legislação brasileira exige capacitação técnica para esse tipo de atividade, conforme as Normas Regulamentadoras NR 31, 33 e 35.

Inovação e segurança caminham juntas

Com essa mesa redonda, a Ponta Agrotec 2025 reforça seu papel como ponto de convergência entre pesquisa, tecnologia e desenvolvimento sustentável, promovendo um debate essencial sobre o futuro seguro e responsável do agronegócio na fronteira Brasil–Paraguai.

Data: 6 de novembro de 2025
Horário: 14h
Local: Sala A – Majestic Hall, Ponta Porã



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