Preços de ar-condicionado e ventilador caem apesar de onda de calor


À medida que a temperatura sobe nos termômetros brasileiros, em meio a ondas de calor pelo país, o preço dos eletrônicos para se refrescar ficam mais atraentes ao bolso da população.

Segundo o Índice Fipe/Buscapé, os preços dos aparelhos de ar-condicionado no e-commerce caíram 1,3% em janeiro na comparação com dezembro.

Já em paralelo ao mesmo mês do ano passado, o recuo foi de 6,5%. Em janeiro de 2024, o cenário era oposto, com alta de 25,7% em um ano devido a um desequilíbrio entre oferta e demanda de ar condicionado.

Já o ventilador ficou 4,6% mais barato no ano, de acordo com o levantamento.

Esses produtos foram responsáveis pela queda anual observada no segmento de eletrodomésticos, registrando um recuo de 3,8%.

Francisco Donato, superintendente executivo da Mosaico no Banco Pan, analisa que é importante analisar outros fatores que impactam as variações de preço, como a oferta e demanda, lançamento de produtos e fatores logísticos e climáticos.

“Os aparelhos de ar-condicionado, por exemplo, continuam registrando baixa nos valores mesmo estando um período de calor, apontando uma oportunidade para a aquisição de itens de climatização”, pontua.

Uma nova onda de calor começou na quarta-feira (12) e deve afetar principalmente o Sudeste e o Sul, mas também o Centro-Oeste e Nordeste brasileiro.

As altas temperaturas podem produzir sensações térmicas que atinjam até 70 °C até o próximo dia 21.

“As ondas de calor intensificam a busca por aparelhos de ar-condicionado, especialmente em períodos prolongados de temperaturas elevadas. A tendência é que essa demanda continue crescendo à medida que o verão avança”, pontua o executivo.

O índice ainda mostra que os preços dos produtos eletroeletrônicos no geral tiveram uma queda anual de 3,2% em janeiro de 2025.

Enquanto na comparação com o mês anterior, a variação dos valores desse setor aumentou 0,44%.

Conforme o estudo, esse movimento de queda está sendo influenciado pela desvalorização do real.

“Se essa tendência continuar neste ano, existe a possibilidade de a variação anual se tornar positiva no primeiro semestre de 2025”, diz Sérgio Crispim, pesquisador da Fipe.

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