“Queremos e vamos buscar inflação dentro da meta em 2025”, diz secretário da Fazenda


O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que o estouro da meta da inflação em 2024 já era esperado, mas acredita ser “possível” ter um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais “comportado” em 2025. Segundo Mello, a equipe quer e “vai buscar” o número dentro do alvo.

“Claro que nós queremos e vamos buscar uma inflação dentro da meta em 2025. Sabemos também que a tendência é que a safra de 2025 seja melhor. Por outro lado, tem pressões vindas do câmbio, e está começando a aparecer esse dado em alguns preços industriais. Mas achamos que é possível, sim, trabalharmos para ter uma inflação mais comportada, em particular no que diz respeito a alimentos”, afirmou.

Mello pontuou que o resultado de 2024 – que ficou em 4,83%, segundo o IBGE – foi “um pouquinho abaixo” do que se esperava. Pelo boletim Focus divulgado na última segunda-feira (6), a expectativa dos analistas de mercado era que o índice de 2024 ficasse em 4,9%.

O secretário da Fazenda indicou que este foi um ano marcado por pressão em alimentos em diversos momentos: no começo do ano, foi o arroz; mais no final do ano, a carne e o café. Mesmo assim, pontuou que, se for abrir os dados, os núcleos ficaram dentro da meta.

“Isso [alimentos], obviamente, joga o índice cheio para cima da meta. Apesar de que, quando você olha os núcleos, eles ficaram dentro da meta. Mas o índice cheio fica acima por causa também muito dessas pressões em alimentos, que nos últimos dois meses podem apontar o início de um processo de desaceleração na subida desses preços”, afirmou.

Meta de Inflação

O governo publicou o decreto de meta de inflação contínua em junho do ano passado. O alvo é de 3%, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Ou seja, a meta será considerada cumprida se o IPCA atingir entre 1,5% e 4,5%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já chegou a dizer que a meta é “exigentíssima”, mas não cogitou a mudança, mesmo vendo que a cada semana analistas e acadêmicos argumentavam não ser possível atingir o alvo em 2024.

O Banco Central é o órgão responsável por manter a inflação dentro da meta e usa a taxa básica de juros, a Selic, como forma de controlar o índice.

Caso não consiga convergir os valores para o alvo, o presidente da autoridade monetária envia uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando os motivos de não ter sido possível atingir a meta.

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