O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, continuará no comando do Ministério da Defesa.
Na última sexta-feira (31), Múcio e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram pessoalmente para tratar do assunto.
A CNN apurou, com fontes do Palácio do Planalto, que Lula insistiu pela permanência do amigo, que acabou atendendo ao pedido.
Múcio costuma dizer a interlocutores que foi Lula quem abriu a porta do governo para ele e que, para sair, só o presidente poderia descerrá-la novamente, a fim de não estragar décadas de amizade.
Lula, no entanto, não aceitou e o ministro vai encarar mais um tempo na missão.
A saída de Múcio já era dada como certa, já que ele havia avisado ao presidente o desejo de sair do governo para se dedicar à família.
O petista, porém, encontrou dificuldades para escolher um nome para substituí-lo que seja da confiança tanto do presidente quanto dos comandantes das Forças Armadas.
Enquanto isso, em Brasília, seguem as especulações sobre a reforma ministerial que o governo deve fazer nas próximas semanas, considerando a conclusão das eleições para as Presidências da Câmara e do Senado.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) chegou a ser cotado para substituir Múcio na Defesa, deixando assim a pasta que ocupa hoje, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No xadrez da reforma ministerial, o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi aventado como possível novo titular do MDIC ou do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Por enquanto, Lula ainda não bateu o martelo sobre o destino do senador.