Por Daphne Psaledakis e Pesha Magid
JEDDAH, Arábia Saudita (Reuters) – Os Estados Unidos concordaram nesta terça-feira em retomar a ajuda militar e o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia imediatamente após as conversações na Arábia Saudita, nas quais o governo ucraniano expressou disposição de aceitar uma proposta dos EUA para um cessar-fogo de 30 dias em seu conflito com a Rússia, disseram os países em uma declaração conjunta.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que levaria a oferta aos russos, e que a bola agora está no campo de Moscou.
“O presidente queria que essa guerra terminasse ontem… Portanto, nossa esperança é que os russos respondam ‘sim’ o mais rápido possível, para que possamos passar para a segunda fase disso, que são as negociações reais”, disse Rubio aos repórteres, referindo-se ao presidente dos EUA, Donald Trump, depois que a declaração foi emitida.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, que estava na Arábia Saudita, mas não participou das conversações, disse que o cessar-fogo era uma “proposta positiva”, que abrange a linha de frente do conflito, não apenas os combates por ar e mar.
A declaração conjunta veio após mais de oito horas de negociações.
“Os Estados Unidos comunicarão à Rússia que a reciprocidade russa é a chave para alcançar a paz”, afirma o comunicado conjunto.
“Os Estados Unidos levantarão imediatamente a pausa no compartilhamento de inteligência e retomarão a assistência em segurança para a Ucrânia”, acrescenta o documento.
Os dois lados também disseram que Washington e Kiev concordaram em concluir o mais rápido possível um amplo acordo para o desenvolvimento de minerais críticos da Ucrânia, um pacto que vinha sendo trabalhado por semanas e foi jogado no limbo após a reunião na Casa Branca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, na semana passada.
Zelenskiy disse que os dois países trabalhariam para finalizar o acordo sobre minerais.
Um importante assessor de Zelenskiy disse que as opções de garantias de segurança para a Ucrânia foram discutidas com autoridades norte-americanas. O assessor não detalhou as opções.
(Reportagem adicional de Anastasiia Malenko)
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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