Segundo a delegada não deu tempo do judiciário intimar o suspeito sobre a decisão
Quinta-feira, 13 Fevereiro de 2025 – 10:31
| Thays Schneider e Emanuely Lobo Vieira

De acordo com a titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), delegada Elaine Cristina Benicasa, antes de ser morta a jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, vítima de feminicídio, assassinada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, com três facadas próximo ao coração na noite desta quarta-feira (12), no Bairro São Francisco, em Campo Grande procurou a delegacia pediu medida protetiva, mas não solicitou acompanhamento policial até a residência para retirar os pertences.
Delegada confirmou a versão que o suspeito tem diversas passagens por violência doméstica. Em 2020, uma ex-namorada foi agredida e acabou no hospital com queimaduras no rosto e braços. Na época, a vítima relatou à polícia que Caio era usuário de drogas e muito agressivo. Em 2021 ele tentou matar a própria mãe e a irmã.
Já em 2023, foi denunciado por violência psicológica contra mulher. Ele não aceitava o fim do relacionamento, então passou a perseguir a ex-companheira e fazer ameaças.
Desde início do namoro com a servidora pública, Caio era usuário de cocaína e fazia uso de bebida alcoólica, mas sempre prometia para a namorada que pararia. A polícia descobriu que o suspeito mantinha a vítima cárcere, ela só procurou a delegacia quando conseguiu fugir da casa que era dela.
” A Vanessa relatou que estava há quatro meses morando com o suspeito, ela procurou a delegacia e pediu a medida protetiva contra o parceiro, foi ofertado abrigo na Casa da Mulher Brasileira, mas ela se negou e na companhia de um amigo retornou a casa onde morava. Chegando no imóvel, o autor já estava lá, bastante alterado. Ele esperou o amigo se distrair para fazer uma ligação e acabou partindo para cima da vítima com uma faca”, afirmou a delegada.

Ainda conforme a delegada, a vítima conseguiu a medida às 15 horas da tarde de ontem (12) e foi morta logo em seguida, não deu tempo do judiciário intimar o suspeito sobre a decisão.
A delegada Analu Ferraz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), afirmou que após ser preso, Caio preferiu ficar em silêncio durante o interrogatório.

Nas redes sociais o músico Caio Nascimento Pereira, de 35 anos se dizia muito apaixonado pela vítima, além disso, ele afirmava ser um homem de Deus. Ele se intitulava pianista, arranjador e produtor musical e colecionava fotos em eventos e cantando em igrejas.