A Meta protocolou representação contra a Apple no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pela falta de transparência no rastreio de dados dos usuários nos produtos da empresa fundada por Steve Jobs.
As informações foram inicialmente publicadas pelo Brazil Journal e confirmadas à CNN.
A representação questiona a política de Transparência de Rastreamento de Apps (ATT) da Apple. Ao baixar um aplicativo na App Store, o usuário precisa permitir que o app rastreie suas atividades.
Procurada pela CNN, a Apple afirmou que não irá se manifestar sobre o caso no momento.
Já o Cade informou à CNN que recebeu a denúncia da Meta e verifica se há elementos suficientes para iniciar uma investigação antitruste contra a Apple.
Segundo a dona do Facebook, a Apple aplica essa medida apenas para aplicativos de terceiros, e não para os seus próprios apps, sendo uma política “discriminatória”.
A Meta confirmou à CNN que calculou que, em 2022, o recurso de privacidade geraria perdas de receita publicitária de US$ 10 bilhões.
Na representação, a empresa de Mark Zuckerberg pede que haja paridade no tratamento e a Apple também esteja sujeita às políticas que a Apple aplica a terceiros.
Este não é o primeiro caso que a Apple se envolve sobre a dificuldade de acesso a informações que desenvolvedores têm sobre dados e políticas da App Store.
Em novembro do ano passado, a Superintendência-Geral do Cade instaurou processo administrativo em desfavor da Apple para apurar suspeitas de abuso de posição dominante relacionadas à entrada e ao desenvolvimento de concorrentes.
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