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Indústria de café da América do Norte busca respostas em meio à guerra comercial


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Por Marcelo Teixeira

NOVA YORK (Reuters) – Os participantes do mercado de café da América do Norte estão buscando clareza sobre como a guerra comercial iniciada pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, afeta seus negócios em toda a região, onde as operações são altamente interconectadas.

As empresas têm bases de torrefação, empacotamento e comércio nos Estados Unidos e no Canadá para melhor abastecer seus clientes. As possíveis tarifas dos EUA e quaisquer taxas retaliatórias agora terão que ser consideradas ao decidir o que fazer e onde, disseram os participantes do setor.

O México, por sua vez, é um fornecedor regular de café verde de alta qualidade tanto para os EUA quanto para o Canadá, além de exportador de café instantâneo.

“Há operações em toda a fronteira (EUA-Canadá) para torrefação e fornecimento a canais de varejo, em ambos os lados”, disse o CEO de uma das maiores empresas de café da região, que pediu para não ser identificado devido à sensibilidade da questão.

A Starbucks, por exemplo, torra o café usado em suas centenas de lojas canadenses nos EUA. A empresa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O adiamento das tarifas americanas de 25% sobre a maioria dos produtos provenientes do Canadá e do México não parece ter incluído a maioria das formas de café comercializadas, de acordo com a documentação vista pela Reuters, porque o produto está ausente do USMCA, o acordo de livre comércio entre os EUA, o México e o Canadá.

“Acrescentamos uma cláusula em nossos contratos dizendo que o comprador pagaria a tarifa adicional de 25% se ela for considerada devida, a maioria dos comerciantes está fazendo isso”, disse Jeff Bernstein, diretor-gerente da trading de café RGC, com sede em Quebec, Canadá.

“Estamos exportando um pouco de café do México para um cliente em Oakland (Califórnia), e ele concordou com a cláusula”, disse ele.

A Nestlé, da Suíça, investiu pesadamente em operações de café instantâneo no México nos últimos anos, incluindo um programa com milhares de agricultores para aumentar a produção de café robusta, a principal matéria-prima.

A Nestlé não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Bill Murray, presidente da Associação Nacional do Café dos EUA, disse que o produto deveria ser isento de tarifas adicionais.

“As tarifas sobre o café afetariam três em cada quatro americanos. Muitos acham que as exportações, e não as importações, são boas para os Estados Unidos, mas infelizmente não podemos cultivar café nos EUA.”

O setor também teme possíveis tarifas dos EUA sobre os países da América do Sul, de onde vem a maior parte do café importado.

“Trump, em um de seus discursos sobre tarifas, mencionou o Brasil, embora superficialmente. O Brasil está no radar”, disse Andre Acosta, diretor de Commodity Solutions Latam da corretora Marex.

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.

O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, reuniram-se na semana passada e as autoridades iniciaram consultas sobre política comercial.

(Reportagem de Marcelo Teixeira)





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Com clima favorável na lavoura, colheita da safra de arroz está adiantada em SC


Tanto a produtividade como a qualidade do grão catarinense são avaliadas de forma positiva pelo setor

O clima seco e as temperaturas elevadas deste verão têm favorecido a produção de arroz em Santa Catarina. Com as condições da lavoura positivas, a colheita já está adiantada em todo o estado. A região Sul está próxima dos 60% de área colhida, enquanto o Norte, onde a plantação inicia mais cedo, já colheu praticamente toda a primeira safra. Além disso, a qualidade do grão também tem sido avaliada de forma otimista pelo setor, que vem registrando uma produtividade considerável por hectare.

A avaliação é do Sindicato das Indústrias do Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC). De acordo com o presidente da entidade, Walmir Rampinelli, o clima realmente está sendo o fator de destaque da safra 2024/2025, assim como o comprometimento dos produtores catarinenses para a garantia de uma boa colheita.

“Santa Catarina é recordista nacional em produtividade e, em 2025, não está sendo diferente. Os nossos agricultores são muito dedicados e comprometidos com a produção, por termos áreas menores de cultivo, o cuidado é ainda maior. Neste cenário, as indústrias estão satisfeitas com a produção e a qualidade do arroz deste ano, temos um grão cheio, que rende para todo mundo – tanto produtores quanto indústrias –, e que significa um produto de qualidade na mesa do consumidor”, afirma Rampinelli.

Recordes de produção

Com uma área de 30 hectares para a rizicultura no município de Forquilhinha, Marcos Rocha Macedo faz parte da segunda geração de produtores de arroz de sua família. São quase 30 anos na lavoura e, em 2025, a expectativa é para recorde de produção em sua propriedade: aproximadamente seis mil sacos, o que representaria uma média de 200 sacas por hectare.

“Costumamos dizer que o arroz gosta de água no pé e sol na cabeça, quando acontece essa combinação de fatores é sempre um ano de lavoura boa. O ano passado foi atípico, tivemos muita chuva na região e o manejo foi mais difícil. Já nesse ano, o clima ajudou muito, conseguimos fazer o manejo de forma correta e no tempo certo, então a produção foi muito positiva”, declara Macedo.

Expectativa de safra cheia

O engenheiro agrônomo e coordenador estadual do programa Grãos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Douglas George de Oliveira, explica que, além do clima e do trabalho dos produtores, a variedade SCSBRS126 Dueto também merece destaque.

“O material que mais tem se destacado em termos de produtividade esse ano, da mesma forma como foi no ano passado, é a cultivar da Epagri SCSBRS126 Dueto. Ela tem gerado produções muito superiores a outras cultivares que estavam sendo cultivadas até então. Com isso, de forma geral, a expectativa no estado é para um ano de safra cheia, com produtividade estimada em torno de 8,7 mil quilos por hectare, o que é realmente bastante positivo”, finaliza o engenheiro.





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Governo pede ajuste no Orçamento de 2025 para ampliar Auxílio Gás, mas adia…


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Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) – O governo pediu ao Congresso Nacional uma série de ajustes no projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025, incluindo uma ampliação de R$3 bilhões na previsão de gasto com o programa Auxílio Gás, além de diversos outros cortes e suplementações que, no total, geram um resultado fiscal neutro.

Em ofício visto pela Reuters, o Ministério do Planejamento e Orçamento pede ajustes ao Congresso, mas não prevê adição de verbas para o programa Pé-de-Meia, solicitando apenas que os recursos para essa finalidade sejam suplementados depois da aprovação do Orçamento.

O documento remetido ao Congresso faz uma série de ajustes, como um corte de R$7,7 bilhões na previsão de despesa com o Bolsa Família.

Por outro lado, são solicitados acréscimos em outras áreas, como em benefícios previdenciários, com o saldo final de todas as alterações ficando em zero.

O documento afirma que as mudanças propostas observam diretrizes da Junta de Execução Orçamentária e contemplam remanejamentos solicitados pelos ministérios.

O governo chegou a propor no ano passado um mecanismo de financiamento do Auxílio Gás que faria com que parte dos recursos do programa não passasse pelo caixa do Tesouro, sem contabilização como despesa primária. O projeto ainda não foi votado pelo Legislativo.

Já o Pé-de-Meia, que concede incentivo financeiro a estudantes que permaneçam na escola, segue apenas com previsão orçamentária parcial para o ano.

Consultado sobre o tema, o Ministério do Planejamento informou que o Tribunal de Contas da União (TCU) deu quatro meses para que o governo tome as providências para equacionar a questão do programa.

“Esse ofício solicita ajuste ao texto do PLOA para permitir que o Pé-de-Meia seja suplementado por ato do Poder Executivo após a aprovação da LOA. O Pé-de-Meia conta com dotação de R$1 bilhão no PLOA original e não foi suplementado nesse ofício”, disse.

O Orçamento de 2025, que busca uma meta de déficit zero, foi apresentado pelo governo em agosto do ano passado, mas ainda não foi votado pelo Congresso, o que tem limitado a execução de verbas e chegou a comprometer financiamentos do Plano Safra.

A previsão é que o Congresso Nacional vote o Orçamento deste ano em sessão na próxima semana.





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Dólar fecha estável no Brasil em dia marcado por dados de inflação e tensões…


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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou a quarta-feira perto da estabilidade ante o real, na faixa dos R$5,80, com parte dos investidores aproveitando cotações mais elevadas para vender moeda, em um dia marcado pelos dados da inflação norte-americana e pela guerra comercial desencadeada pelos EUA.

A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,05%, aos R$5,8086. Em março, a divisa acumula queda de 1,82%.

Às 17h30 na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,14%, aos R$5,8250.

No início do dia o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA — o índice oficial de inflação no Brasil — subiu 1,31% em fevereiro, depois de avançar 0,16% em janeiro. O resultado ficou praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 1,30%.

Mais do que aos dados do IPCA, o mercado de câmbio brasileiro reagiu aos números do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que avançou 0,2% em fevereiro, desacelerando ante a alta de 0,5% em janeiro. Economistas esperavam por uma taxa de 0,3%.

Apesar do resultado favorável do CPI, alguns componentes subjacentes dos dados que alimentam o índice PCE — a medida de inflação preferida do Federal Reserve — ficaram acima do esperado.

Com os números nas telas, o dólar apresentou duas reações. Em um primeiro momento ele recuou no exterior — e também no Brasil — em meio à leitura de que o CPI cheio abaixo do esperado fortalece a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve.

Em um segundo momento, as preocupações com o PCE fizeram o dólar retomar força ao redor do mundo. No Brasil, às 10h04, o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$5,8485 (+0,64%).

“Nestes níveis, sempre tem fluxo de exportador, vendendo bem dólares não só no pronto (mercado à vista) quanto no futuro”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, sobre o retorno das cotações para o território negativo durante a tarde.

“Além disso, algumas outras moedas emergentes também estão ganhando ante o dólar, como o peso mexicano.”

Às 15h15 o dólar à vista marcou a mínima de R$5,7965 (-0,25%), para posteriormente voltar a oscilar acima dos R$5,80.

O vaivém das cotações durante o dia também foi influenciado pelas preocupações em torno das tarifas de importação impostas pelos EUA a outros países. Nesta quarta-feira entrou em vigor o aumento de tarifas sobre importações de aço e alumínio. Os países mais afetados são Canadá, o maior fornecedor estrangeiro de aço e alumínio para os EUA, Brasil, México e Coreia do Sul, que têm desfrutado de isenções ou cotas.

Às 17h23, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,12%, a 103,570.

Pela manhã o Banco Central vendeu 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

À tarde o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$783 milhões em março até o dia 7. O período corresponde à semana passada, que teve apenas três dias úteis em função do Carnaval.





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Extremo sul do Rio Grande do Sul tem alerta laranja para chuvas intensas…


Inmet informa também que chuvas intensas devem persistir na faixa norte do país devido à atuação da ZCIT

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Válido até as 10h da manhã da quinta-feira (13), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta quarta-feira (12) um alerta laranja de perigo para chuvas intensa no extremo sul do Rio grande do Sul. Nesse período pode ser registrada chuva entre 30 a 60 milímetros por hora ou 50 a 100 milímetros no dia. Há também risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios em cidades com tais áreas de risco.

Os municípios do sudeste rio-grandense abrangidos pelo alerta laranja do Inmet para as chuvas intensas são: Arroio Grande, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Jaguarão, Pedro Osório, Pelotas, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e São José do Norte. Chuvas intensas também têm potencial de atingirem os litorais de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, neste último mais ao sul. 

Há ainda um alerta amarelo, de perigo potencial, para chuvas intensas em grande parte do sul rio-grandense. Nessa área, existe a possibilidade de ocorrer chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos, de 40 a 60 km/h. Existe baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas nessas localidades.

Chuvas no Centro-Norte do Brasil

O Inmet informa também que chuvas intensas devem persistir na faixa norte do país devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), resultando em acumulados expressivos no Amapá, no norte e nordeste do Pará e no Maranhão neste quarta-feira.

No restante do país, há previsão de chuvas com menor severidade, conforme o aviso amarelo (perigo potencial) emitido pelo Inmet, vigente até a quinta-feira (13). Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás e Ceará podem registrar chuvas entre 30 mm e 50 mm, além de ventos fortes de até 60 km/h, acrescenta o Inmet.
 

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Fonte:

Notícias Agrícolas





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Extremo sul do Rio Grande do Sul tem alerta laranja para chuvas intensas…


Inmet informa também que chuvas intensas devem persistir na faixa norte do país devido à atuação da ZCIT

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Válido até as 10h da manhã da quinta-feira (13), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta quarta-feira (12) um alerta laranja de perigo para chuvas intensa no extremo sul do Rio grande do Sul. Nesse período pode ser registrada chuva entre 30 a 60 milímetros por hora ou 50 a 100 milímetros no dia. Há também risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios em cidades com tais áreas de risco.

Os municípios do sudeste rio-grandense abrangidos pelo alerta laranja do Inmet para as chuvas intensas são: Arroio Grande, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Jaguarão, Pedro Osório, Pelotas, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e São José do Norte. Chuvas intensas também têm potencial de atingirem os litorais de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, neste último mais ao sul. 

Há ainda um alerta amarelo, de perigo potencial, para chuvas intensas em grande parte do sul rio-grandense. Nessa área, existe a possibilidade de ocorrer chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos, de 40 a 60 km/h. Existe baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas nessas localidades.

Chuvas no Centro-Norte do Brasil

O Inmet informa também que chuvas intensas devem persistir na faixa norte do país devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), resultando em acumulados expressivos no Amapá, no norte e nordeste do Pará e no Maranhão neste quarta-feira.

No restante do país, há previsão de chuvas com menor severidade, conforme o aviso amarelo (perigo potencial) emitido pelo Inmet, vigente até a quinta-feira (13). Estados como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins, Goiás e Ceará podem registrar chuvas entre 30 mm e 50 mm, além de ventos fortes de até 60 km/h, acrescenta o Inmet.
 

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Desmatamento na Amazônia Legal tem queda de 64,26% em fevereiro


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BRASÍLIA (Reuters) – O desmatamento na região da Amazônia Legal em fevereiro teve queda de 64,26% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira pelo governo federal.

No mês passados foram desmatados 80,95 km² na Amazônia Legal, em comparação com uma área desmatada de 226,51 km² no mesmo mês do ano passado.

A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, englobando os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem ampliado ações de combate ao desmatamento para tentar cumprir sua meta de desmatamento zero até 2030.

(Por Lisandra Paraguassu)

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Sindicom pede suspensão da mistura de biodiesel e mais fiscalização; FPBio…


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SÃO PAULO (Reuters) – O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) protocolou nesta quarta-feira um ofício junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em que pede a suspensão temporária da obrigatoriedade de adição de 14% de biodiesel ao diesel pelo prazo de até 90 dias.

O Sindicom argumenta que a medida é necessária para melhorar a fiscalização do setor, que tem registrado fraudes na mistura de biodiesel nos últimos meses, quando o preço do biocombustível ficou mais alto do que o derivado de petróleo.

A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) rechaçou em nota o pedido de suspensão da mistura, chamando-o de tentativa de “eliminar” a mistura pelas distribuidoras por 90 dias, o que traria consequências para setor produtivo.

Já o Sindicom, que representa companhias como Ipiranga, Moove, Petronas Lubrificantes, Raízen, Shell, TotalEnergies, Vibra Energia e YPF, entre outras, justificou ainda o pedido à ANP citando operações de fiscalização que apontam que, dos mais de 100 testes realizados entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, 46% apresentaram irregularidades envolvendo a mistura do biodiesel.

O sindicado lembrou que as ações de fiscalização da ANP interditaram neste ano cinco distribuidoras de combustíveis em todo o país por suspeitas de irregularidades no cumprimento da mistura obrigatória de 14% de biodiesel –o setor de distribuição é responsável por realizar a adição do biocombustível.

A fraude da composição do diesel com a mistura garante ganhos de pelo menos R$0,22 centavo por litro comercializado, afirmou a entidade em nota. A concorrência desleal de empresas fraudadoras foi citada pela Vibra em teleconferência de resultados.

Segundo o Sindicom, a irregularidade na mistura disparou nos últimos meses porque o biodiesel registrou alta de preço em relação ao diesel.

Conforme dados da ANP citados, o preço do biodiesel teve um salto de 41% em 2024, enquanto o diesel A (puro) teve reajuste de apenas 2%.

As questões sobre as fraudes surgem em momento em que o governo brasileiro suspendeu o aumento da mistura de biodiesel para 15% previsto para março, devido a questões relacionadas ao custo dos alimentos. A matéria-prima do biocombustível é principalmente o óleo de soja.

SETOR DE BIODIESEL PROTESTA

Para a FPBio, “qualquer mobilização ardil e pouco transparente para eliminar as energias renováveis do país deve ser entendida como uma afronta ao Congresso Nacional, responsável aprovar de forma unânime a Lei do Combustível do Futuro, assim como ao governo federal que foi o criador da Política Nacional do Biodiesel”.

A frente afirmou ainda que, caso o pedido seja acatado pela ANP, o Brasil contará com 10 milhões de toneladas de soja não esmagadas, o que representa 8 milhões de toneladas a menos de farelo de soja no mercado, elevando a inflação e o preço das carnes.

O farelo de soja, coproduto do processamento da soja, é matéria-prima da ração animal.

A Frente Parlamentar da Agropecuária e a FPBio afirmaram ainda que estão organizadas e dispostas “para uma dura reação política a essa medida descabida do setor de distribuição”.

(Por Roberto Samora e Fábio Teixeira)





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Diretora geral do Ital receberá prêmio conhecido como o Oscar do agronegócio


A pesquisadora científica Eloísa Garcia, diretora geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo que completou 42 anos de carreira no último dia 4, está entre os 100 Mais Influentes do Agro, conhecido como o Oscar do agronegócio brasileiro, na categoria Tecnologia e Inovação.

O prêmio do Grupo Mídia é definido por conselho editorial que considera ações que impactaram positivamente o setor nos doze meses anteriores com base em pesquisas de mercado e repercussão na mídia, além de votação aberta, que nesta terceira edição começou em 6 de novembro de 2024 e se encerrou em 6 de janeiro deste ano através do site Link.

“É uma satisfação ser reconhecida pelo meu trabalho com tantos profissionais competentes atuando no agronegócio, que é um dos principais setores da economia brasileira, e mais especificamente em tecnologia e inovação, que fortalecem e permitem a evolução da sociedade”, declara Eloísa, que destaca a importância do desempenho da equipe do Ital para a visibilidade de sua atuação.

Para a diretora do Ital, devem ter motivado a sua premiação iniciativas inovadoras de construção coletiva como o Tropical Food Innovation Lab, ecossistema disruptivo focado no desenvolvimento de novos produtos alimentícios a partir da biodiversidade brasileira, e o CCD Circula, projeto interinstitucional robusto dedicado a soluções para resíduos pós-consumo de produtos e embalagens em prol desenvolvimento sustentável do setor produtivo e da sociedade.

“O que me move e me faz evoluir é manter uma relação próxima com a equipe de trabalho, em que cada um tem o seu papel e é valorizado nesse papel”, ressalta Eloísa, que está entre as sete Mulheres Inspiradoras destacadas pelo Centro de Excelência para Descobertas de Alvos Moleculares (CENTD), liderado pelo Instituto Butantan, por serem líderes inovadoras em diversos segmentos de carreira. A pesquisadora também foi listada pela Forbes como uma das 100 Mulheres Poderosas do Agro, em 2021.

A lista oficial dos 100 Mais Influentes do Agro, com os nomes de todas as pessoas reconhecidas, será divulgada na cerimônia de premiação, em 29 de abril, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, na semana em que a cidade sediará a 30ª Agrishow, maior exposição agropecuária do Brasil, que conta com participação do Ital e das demais instituições da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP.

Histórico

Engenheira de alimentos e mestre em Tecnologia de Alimentos na área de embalagem pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Eloísa ingressou no Ital em março de 1983 como engenheira e tornou-se pesquisadora científica em dezembro do ano seguinte, construindo sua carreira no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea). Por sua experiência em desenvolvimento e legislação de embalagem, avaliação do potencial de interação embalagem/produto e segurança de alimentos, exerceu o cargo de gerente técnica dos grupos de Embalagens Plásticas e de Meio Ambiente e coordenou estudos de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de materiais e embalagens assim como projetos de desenvolvimento de produtos com menor impacto ambiental.

É a primeira mulher a ocupar o cargo máximo do Ital, que assumiu em janeiro de 2019, após quatro anos atuando como vice-diretora da instituição. Em paralelo à gestão institucional, liderou a execução do Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP) do Instituto, iniciado em abril de 2018, até se tornar pesquisadora responsável pelo Centro de Ciência para o Desenvolvimento de Soluções para os Resíduos Pós-Consumo: Embalagens e Produtos (CCD Circula), em junho de 2022, ambos os projetos com fomento Fapesp.

Sob liderança de Eloísa Garcia, o Ital recebeu, em 2023, reconhecimentos públicos do Grupo Jacto e Fundação Shunji Nishimura, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e do Crea-SP pelos serviços prestados com distinção e impacto positivo na nossa sociedade.





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Santa Catarina exporta 328,6 mil toneladas de carnes no primeiro bimestre de…


O setor de carnes de Santa Catarina registrou um desempenho excepcional nas exportações no primeiro bimestre de 2025, alcançando recordes históricos tanto em volume quanto em receitas. Nos dois primeiros meses do ano, o estado exportou 328,6 mil toneladas de carnes que incluem frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras, gerando receitas de US$ 698 milhões. O resultado supera os melhores índices da série histórica iniciada em 1997, levando em consideração os meses de janeiro e fevereiro. As altas de carnes foram de 8,3% no volume e 16,8% na receita, na comparação com o mesmo período de 2024.

“Toda a nossa cadeia produtiva tem compromisso com a qualidade. Desde o pequeno produtor preocupado com o seu rebanho, o Estado que incentiva, apoia e fiscaliza toda a cadeia produtiva, portos para escoar a produção. E o resultado é esse. Nossas carnes conquistando cada vez mais os mercados mais exigentes do mundo”, destacou o governador Jorginho Mello.

“Esse desempenho recorde confirma a força do estado no mercado internacional e reforça as projeções favoráveis para o setor de carnes catarinense, com perspectivas de crescimento ao longo do ano. Reflete a competitividade e qualidade das carnes produzidas no estado, consolidando Santa Catarina como um dos maiores e mais importantes players do mercado global de carnes”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.

Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e sistematizados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Carne de frango

As exportações de carne de frango catarinense atingiram 200,9 mil toneladas, com receitas de US$ 397,8 milhões. O crescimento foi de 9,8% em volume e 16,4% em receita em relação ao mesmo período de 2024. Em termos de receita é o melhor desempenho registrado para o primeiro bimestre de toda a história. O estado foi responsável por 22,6% da quantidade e 23,9% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango em 2025.

Os principais destinos da carne de frango catarinense nos dois primeiros meses do ano foram os países Baixos, Arábia Saudita, China e Japão, que juntos responderam por 44,6% dos embarques. A China foi destaque, com crescimento de 35,3% nas importações de carne de frango e 48,1% em receita. 

Carne suína

A carne suína também teve um desempenho recorde, com 117,3 mil toneladas exportadas e US$ 279,6 milhões em receitas. As altas foram de 8,9% em volume e 18,4% em receita frente ao 1º bimestre de 2024. Santa Catarina foi responsável por 55,5% da quantidade e 55,7% das receitas das exportações brasileiras de carne suína neste período.

Os principais destinos da carne suína catarinense no primeiro bimestre foram China (21,4% das receitas), Japão (21,2%) e Filipinas (20,5%). Todos esses países registraram variações positivas na comparação com o ano passado, em especial o Japão, que ampliou em 73% a quantidade adquirida e em 86,9% as receitas.





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