Socorristas confirmaram há pouco que a criança que estava sendo reanimada depois de sofrer um acidente na BR 163 entre Dourados e Caarapó faleceu. Quando os bombeiros chegaram o menino de pouco mais de dez anos estava em parada cardíaca e foi feita a reanimação e ele foi colocado em uma viatura do SAMU e quando era instabilizado para ser levado para o Hospital da Vida onde morreu.
O carro que o garoto estava com mais duas crianças e dois adultos, uma Kombi com placas de Fátima do Sul, foi atingida por trás por uma caminhonete. Os dois carros saíram da pista e os feridos foram socorridos por populares e pelo Corpo de Bombeiros e SAMU.
O nome da criança que morreu e dos demais envolvidos ainda não foram divulgados.
Com o início da transição do verão para o outono, o mês de março deve ser marcado por uma nova onda de calor. Segundo a agência de meteorologia Climatempo, a quinta onda deste ano deve persistir em parte da primeira quinzena do mês.
As temperaturas elevadas são resultado de um bloqueio atmosférico, que deve ser rompido após o dia 10 deste mês. A partir dessa data, a previsão é de que ocorram grandes mudanças na circulação de ventos, permitindo que as frentes frias cheguem ao Brasil.
Durante a maior parte da primeira quinzena de março, as frentes frias só devem alcançar o extremo sul do país, atingindo apenas a costa do Rio Grande do Sul.
Já na segunda quinzena, a passagem da frente fria pode estender e passar pela costa da Região Sudeste.
Segundo a Climatempo, com o aumento da chuva e a passagem das frentes frias avançando pela costa do Sul e do Sudeste, as temperaturas tendem a diminuir, o que pode fazer com que as médias de temperatura fiquem mais próximas da normalidade. Mesmo com a previsão, o mês de março deve terminar com temperaturas acima da média em algumas áreas do país.
A agência de meteorologia destaca que episódios de chuva volumosa podem ocorrer nas áreas litorâneas do Sul e do Sudeste e também em áreas como Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, mas deve ocorrer apenas a partir do fim da primeira quinzena de março.
Já na Região Norte do país, as pancadas de chuva devem continuar, em razão do calor e da grande disponibilidade de umidade no ar, uma vez que o avanço de linhas de instabilidade tropicais provocam chuva volumosa em diversas áreas da região.
Os consumidores americanos não precisam se preocupar com as tarifas do presidente Donald Trump sobre o alumínio, que podem aumentar o preço de suas latas de refrigerante.
Duas semanas atrás, Trump anunciou uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos, que entraria em vigor em 12 de março, preocupando alguns consumidores de refrigerantes que acham que outro produto básico vai custar mais caro.
Mas logo após a ordem executiva, as empresas de bebidas começaram a avaliar o que as tarifas poderiam significar para seu setor — e os resultados não foram muito preocupantes.
O CEO da Coca-Cola, James Quincey, sugeriu que a empresa poderia deixar de usar alumínio e aumentar a produção de outros materiais de embalagem para garantir acessibilidade e atender à demanda do consumidor.
“Se as latas de alumínio ficarem mais caras, poderemos dar mais ênfase às garrafas [de plástico]”, disse Quincey na teleconferência de resultados do quarto trimestre da empresa em 11 de fevereiro.
As tarifas provavelmente não terão quase nenhum impacto nos preços ao consumidor, de acordo com Adam S. Hersh, economista sênior do Economic Policy Institute.
“As corporações têm margens de lucro mais do que suficientes para absorver pequenos aumentos de preços de um pequeno insumo para a produção”, disse ele.
Em 2023, dados mostraram que a Coca-Cola Company embalou quase 50% de suas bebidas em garrafas plásticas, 25% em latas de alumínio e os 25% restantes em garrafas de vidro e outras embalagens.
Dados da Keurig DrPepper mostraram que eles embalaram 27% de suas bebidas em garrafas plásticas, 13% em latas de alumínio e 8% em vidro.
Quincey também deixou claro que, embora as tarifas sobre o alumínio provavelmente resultem em um custo extra, é improvável que tenham um impacto significativo em empresas de bebidas do tamanho da Coca-Cola.
“Acho que corremos o risco de exagerar o impacto do aumento de 25% no preço do alumínio em relação ao sistema total. Não é insignificante, mas não vai mudar radicalmente um negócio multibilionário dos EUA”, disse ele.
“É um custo. Ele terá que ser administrado. Seria melhor não tê-lo em relação ao negócio, mas vamos administrar nosso caminho.”
Uma lata custa um pouco menos de quatro centavos de dólar para ser produzida, de acordo com Hersh. “Se impusermos uma tarifa de 25% sobre isso, isso aumentaria o custo da lata para cinco centavos”, ele disse, acrescentando que isso aumentaria o custo de produção de um pacote de seis em seis centavos.
Os investidores concordam amplamente que as tarifas sobre o alumínio não resultarão em aumentos significativos de custos, já que os preços das ações das empresas de bebidas têm se mantido relativamente estáveis desde que foram anunciadas, de acordo com Hersh.
Decisões de embalagem
A maioria das empresas de bebidas terceiriza a embalagem para engarrafadores, e são os engarrafadores que compram alumínio bruto e, por fim, decidem sobre preços e estratégias, diz Filippo Falorni, analista de bebidas do Citi.
A Coca-Cola vende seu concentrado para engarrafadores, que o misturam com água e o embalam em linhas de produção intercambiáveis.
“É muito fácil mudar as linhas de produção de latas para garrafas”, disse Falorni.
Aumentar o uso de embalagens plásticas em vez de alumínio é principalmente uma estratégia de redução de custos, dada a facilidade de troca de linhas de produção — e não necessariamente por causa dos preços proibitivamente altos do alumínio, disse ele.
Mas mudar para outros tipos de embalagem pode ser mais complicado para empresas menores de bebidas e aquelas que embalam internamente, como a CNN relatou anteriormente.
Abandonar as latas de alumínio pode ser “uma decisão colossal” e “normalmente leva alguns anos para fazer uma transição como essa com sucesso”, disse William Pietersen, professor da Columbia Business School e ex-CEO da Lever Foods, Seagram USA e Tropicana.
Desde que Trump anunciou as novas tarifas, os preços do alumínio subiram mais de 4%, o que Hersh chamou de “relativamente estável”.
A Coalizão de Fabricantes e Usuários de Metais Americanos (CAMMU) disse que tarifas de 25% sobre aço e alumínio poderiam prejudicar diretamente os fabricantes nacionais.
“Reimpor tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio de nossos aliados e sem um processo de exclusão viável coloca os fabricantes dos EUA diretamente em perigo”, de acordo com uma declaração da CAMMU.
“Os clientes estrangeiros estão mudando suas cadeias de suprimentos para longe dos produtores dos EUA. Uma vez removidas, especialmente para empresas menores e familiares, é difícil recuperar os negócios perdidos”, diz a declaração.
Em 2024, os Estados Unidos importaram cerca de 47% do alumínio consumido internamente, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA.
Garrafas de Coca-Cola • 07/05/2024 – Reuters/Benoit Tessier
Estratégias diferentes
Mas, ao combinar as tarifas do primeiro mandato de Trump, o preço do alumínio negociado no mercado e a produção nacional de alumínio tiveram um impacto real nos últimos anos, disse Falorni.
No setor de bebidas, as empresas se adaptam aos aumentos de preços de diferentes maneiras.
Empresas como a Coca-Cola, com apenas 25% de sua receita proveniente dos Estados Unidos, podem compensar o aumento de custos alavancando lucros de outros mercados.
Essa flexibilidade torna a empresa menos vulnerável às tarifas de alumínio do que empresas como a Keurig Dr Pepper, que depende muito do mercado dos EUA e está mais exposta às flutuações de preços domésticos, disse Falorni.
Embora cerca de um quarto dos produtos da Coca-Cola venham em latas de alumínio, os consumidores também estão acostumados com garrafas de plástico e vidro.
Bebidas energéticas como Monster e seltzers como White-Claw são predominantemente vendidas em latas, com poucas alternativas viáveis. Para essas marcas, mudar para outros materiais pode prejudicar a demanda, deixando-as com pouca escolha a não ser repassar os custos mais altos aos consumidores, de acordo com Falorni.
Impacto ambiental
Embora a mudança para embalagens de plástico e vidro tenha um impacto financeiro menor em empresas de refrigerantes como a Coca-Cola, pode ser “devastadora” para o meio ambiente, de acordo com Judith Enck, presidente da Beyond Plastics e ex-administradora regional da Agência de Proteção Ambiental.
“Qualquer mudança significativa em direção a mais garrafas plásticas é um enorme problema ambiental”, disse Enck à CNN.
Recipientes de vidro recarregáveis são a opção de embalagem mais sustentável para empresas de bebidas, seguidos por latas de alumínio (porque podem ser facilmente recicladas) e, então, garrafas de vidro de uso único.
O plástico é um dos menos sustentáveis, pois cerca de 16.000 produtos químicos são usados para produzir plásticos, de acordo com a Enck.
As garrafas de Coca-Cola são a fonte número 1 de poluição plástica do mundo. Em dezembro, a empresa anunciou uma redução drástica de suas metas de sustentabilidade de embalagens.
As empresas de bebidas provavelmente não sentirão muita repercussão do governo Trump caso escolham embalagens menos sustentáveis.
“O governo Trump está enviando uma mensagem muito clara de que não prioriza a proteção ambiental”, disse Enck.
“Não creio que as grandes empresas sintam qualquer pressão para mudar.”
(Jordan Valinsky e Alicia Wallace, da CNN, contribuíram para esta reportagem)
O look da apresentadora Sabrina Sato, 44, para o primeiro dia de Carnaval no Rio de Janeiro homenageia a atriz Fernanda Torres, que concorre neste domingo (2) ao Oscar de Melhor Atriz.
A musa fez sua estreia na folia carioca de 2025 com um visual assinado pela Velocity e criado pelo renomado stylist Pedro Sales. O visual, que une glamour, movimento e um toque de brasilidade foi pensado para homenagear a brasileira em sua disputa para o Oscar.
“Indo curtir o meu primeiro dia de Carnaval no Rio, com o coração e a torcida para o Brasil nesse noite histórica! De todas as formas, já vencemos!”, declarou a Rainha de Carnaval.
Sabrina Sato abre o Carnaval do Rio com look em homenagem a Fernanda Torres no Oscar • Fernando Tomaz/Divulgação
Em tons vibrantes, o figurino foi pensado para destacar a silhueta impecável de Sabrina, que vem se preparando intensamente para os dias de folia. O look da musa, com sua paleta vibrante e referências à cultura brasileira, promete ecoar esse momento de celebração nacional, unindo a alegria da folia ao prestígio internacional do cinema brasileiro.
Presidente da Argentina quer sair de bloco comercial de países da América do Sul para selar acordo de livre comércio com EUA. Em discurso na abertura do Congresso argentino, Milei também disse que sua motosserra simboliza ‘mudança de época’.
O estudante de publicidade Igor Melo de Carvalho, que foi baleado por um PM, recebeu alta do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (2).
A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), responsável pela unidade. O universitário ficou cinco dias internado.
O universitário foi atingido por um disparo de um policial militar reformado após ser confundido com um ladrão na madrugada da última segunda-feira (24), no bairro da Penha, também na zona Norte do Rio.
Nessa quinta-feira (27), ele havia apresentado melhora e foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a enfermaria do hospital. A esposa do estudante informou à CNN que recebeu uma ligação da assistente social com a boa notícia.
Antes da ida pra enfermaria, ele já havia retirado a sonda e estava urinando normalmente.
Conhecido no meio esportivo, Igor é um jovem negro e administra a página Informe Botafogo.
Relembre o caso
Conforme apurado pela CNN, após terminar seu expediente de trabalho, Igor pediu um mototáxi para voltar para casa. Durante o trajeto, ele foi alvejado nas costas por um policial militar, que o teria confundido com um suspeito de roubo.
A Polícia Militar disse em nota que, de acordo com o comando do 16º BPM (Olaria), policiais militares foram à Avenida Lobo Júnior, na Penha, para verificar uma ocorrência de invasão a domicílio. No local, os agentes foram informados que dois homens, que trafegavam em uma motocicleta, foram alvo de disparos de arma de fogo provenientes de um veículo desconhecido.
Igor foi baleado e socorrido por populares ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde ficou sob custódia da polícia, e o motorista da moto, Thiago Marques Gonçalves, foi preso. Na terça-feira (25), a Justiça determinou o fim da custódia do estudante e a soltura de Thiago.
A nota da corporação prossegue dizendo que o caso foi registrado na 22ª DP, onde um policial militar da reserva se apresentou como autor dos disparos. De acordo com o registro, a esposa do PM teria reconhecido o condutor da moto como um dos responsáveis pelo roubo de seu aparelho celular.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela 22ª Delegacia de Polícia (Penha).
Igor é estudante de Publicidade no Centro Universitário Celso Lisboa. Além disso, o jovem é dono da página Informe Botafogo e trabalha como garçom e ambulante. Ele é casado com a doula Marina Moura. Os dois são pais de Jonas, um menino de três anos.
A Fúria Jovem do Botafogo (FJB) lamentou o ocorrido e declarou apoio ao jovem. A torcida definiu o jornalista como um “trabalhador incansável e exemplo de integridade”.
A inteligência artificial (IA) já faz parte do dia a dia de empreendedores em Mato Grosso do Sul e tem se mostrado uma aliada na otimização de processos e no crescimento dos negócios. Para ajudar empresários a explorarem todo o potencial dessa tecnologia, o Sebrae/MS promoveu o talk-show “Inteligência Artificial para aumentar as vendas”, em Campo Grande.
O evento contou com a participação dos especialistas em inovação e tecnologia Tony Ventura, Caio Camargo e Kenneth Corrêa, que apresentaram formas práticas de usar a IA para acelerar processos e melhorar a eficiência operacional.
A diretora-técnica do Sebrae/MS, Sandra Amarilha, destacou a importância do tema para os pequenos empresários. “A inteligência artificial representa uma mudança tão grande quanto a chegada da internet. O empresário precisa acompanhar essa evolução para aumentar sua produtividade e ter tempo para focar no que realmente importa no negócio”, afirmou.
Tecnologia como diferencial competitivo
Durante o talk-show, Caio Camargo, especialista em inovação para o varejo e criador do podcast Varejocast, destacou que a IA pode ser um grande diferencial competitivo. “Hoje, operar de maneira tradicional já não é viável. O empreendedor enfrenta concorrência de grandes mercados nacionais e internacionais, e sem automação dos processos, fica difícil competir”, explicou.
Já Kenneth Corrêa, professor de MBA na Fundação Getúlio Vargas (FGV), demonstrou o funcionamento de diferentes ferramentas de IA e ressaltou que qualquer empresário pode aprender a usá-las. “A melhor maneira de aprender é testando. Quanto mais você interage com a IA, mais personalizada e eficiente ela se torna para o seu negócio”, disse.
O especialista Tony Ventura, referência em transformação digital, alertou sobre a importância de manter a identidade da empresa ao usar IA. “Use a inteligência artificial para ganhar produtividade, mas não deixe que ela defina 100% do seu conteúdo. Manter sua criatividade e estilo próprio é essencial para agregar valor ao seu negócio”, ressaltou.
Agência Sebrae de Notícias
Tony Ventura, Caio Camargo e Kenneth Corrêa, são especialistas convidados, que ensinaram os pequenos negócios a utilizarem as ferramentas disponíveis no mercado
Empreendedores já adotam IA no dia a dia
O evento atraiu mais de 300 empresários, muitos dos quais já utilizam a IA em seus negócios. O fotógrafo e microempreendedor Johnny Rafael da Silva contou que usa a tecnologia para gerenciar redes sociais, mas agora pretende expandir o uso para outras áreas. “Quero aplicar essas ferramentas no dia a dia do meu espaço de festas e torná-lo ainda mais eficiente”, afirmou.
Juliana Raiz Fernandes, dona de uma loja de maquiagem, também saiu do evento motivada a ampliar o uso da IA. “Já utilizo para criar campanhas publicitárias, mas aprendi novas possibilidades que vão otimizar meu tempo e facilitar minha rotina empresarial”, disse.
Para a empresária Marina Moreira de Andrade, que atua no setor de decoração, o talk-show foi uma oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre IA. “Uso a tecnologia para atrair clientes, mas agora quero automatizar outros processos dentro da loja”, relatou.
Mais informações
Empresários interessados em eventos e capacitações promovidas pelo Sebrae/MS podem obter mais informações pelo telefone 0800 570 0800 ou pelo sitems.sebrae.com.br.
Divulgação Sebrae MS
Sandra Amarilha, diretora-técnica do Sebrae/MS, destacou a importância de abordar o tema com os pequenos empreendedores
Morreu, neste sábado (1°), a líder sindical Luiza Batista Pereira, coordenadora-geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad).
Luiza Batista também presidia Conselho Nacional dos Trabalhadores Domésticos (CNTD). Nos últimos anos, ela estava passando por um tratamento contra um câncer.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emitiu nota de pesar pela morte de Luiza.
“Luiza foi uma importante e incansável lutadora pelos direitos das trabalhadoras domésticas, referência no Brasil e na América Latina”, declarou.
É com pesar que recebi a notícia da partida da corajosa companheira Luiza Batista Pereira, presidenta do Conselho Nacional dos Trabalhadores Domésticos e coordenadora-geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas.
Luiza foi uma importante e incansável lutadora pelos…
Em nota conjunta, a Fenatrad e o CNTD descreveram Luiza Batista como “uma das maiores líderes sindicais do movimento das trabalhadoras domésticas na história da América Latina”.
“Pela sua grandeza e abrangência da sua militância, além da FENATRAD e CNTD, é um momento de luto para os movimentos sociais, o movimento sindical e para as brasileiras e brasileiros que lutam por justiça social”, destacou a nota.
Quem foi Luiza Batista
Nascida em 1956 em São Lourenço da Mata (PE), Luiza Batista Pereira mudou-se para Recife com a família aos 8 anos e, um ano mais tarde, foi levada por uma amiga da mãe para cuidar de uma criança de 5 anos.
Luiza contava que não recebia salário por cuidar da criança: apenas comida, roupa e cestas básicas para a família.
A pernambucana começou a atuar politicamente em movimento por moradia, na década de 1980, que deu origem ao bairro do Passarinho, nos limites entre Recife, Olinda e Paulista.
Luiza voltou aos estudos em 2006, por meio de um recém-lançado programa de qualificação de trabalhadoras domésticas.
Nas aulas, Luiza conheceu diretoras do Sidnomésticas de Pernambuco, entidade da qual foi presidente por diversas vezes. Em 2011, organizou o 10º Congresso Nacional das Domésticas, em Recife. E em 2016, foi eleita presidente da Fenatrad.
A primeira vez que entrevistei Fernanda Torres, no início de janeiro, ela ainda era uma atriz e escritora famosa do Brasil. Hoje, exatos 57 dias depois, Torres é uma estrela de Hollywood.
Vi a transformação de perto, embasbacada com seu carisma e desenvoltura nos eventos em Los Angeles. Torres trazia sempre uma atitude leve, genuína e sem afetação, com muitas boas histórias para contar.
Torres estava a uma galáxia de distância das estrelas veteranas, inalcançáveis e quase sempre vazias por trás de todo o glamour, com discursos ensaiados e sem graça. Mas ela deixava todo mundo no chinelo.
A segunda entrevista que fiz com ela foi no tapete vermelho do Globo de Ouro. Ela fez piada com meu microfone improvisado, foi paciente com minha falta de traquejo com a câmera do celular e me deu uma bela entrevista ao lado do diretor Walter Salles.
Estava livre, leve e solta, curtindo uma festa que poderia ser o ápice da trajetória do filme “Ainda Estou Aqui” em Hollywood. Ninguém sabia que ainda viriam três indicações históricas ao Oscar —de melhor filme, melhor filme estrangeiro e, claro, a de melhor atriz.
No dia seguinte, depois da surpresa da vitória com o prêmio de melhor atriz de drama, começou a mutação. Fui atrás de Torres e Salles num festival de cinema em Palm Springs, cidade a uma viagem de carro de duas horas desde Los Angeles.
Torres me deu beijinho, eu disse parabéns e fiquei ali na cola, esperando a chance de mais uma entrevista que, naquele dia, não veio. Ela estava na correria, exausta, não ia dar tempo. Salles falou, disse que “Fernanda era a alma do filme”. Naquele dia, só eu de repórter estava ali atrás dela.
Isso logo mudaria. Quando saíram as indicações ao Oscar, a atriz já experimentava o manto de diva. Agora, jornais e sites locais queriam saber quem era essa tal de Fernanda Torres, um nome que muitos ainda travavam a língua para falar, algo que conheço bem, por viver em Los Angeles há 15 anos.
Para a minha terceira entrevista com ela, eu estava bem ansiosa. Não só o Brasil, mas o mundo todo queria um pedaço de Fernanda Torres. Sua fama de simpática e divertida corria entre os jornalistas e conquistava todos.
Desta vez estava num festival de cinema em Santa Bárbara, também a duas horas de carro de Los Angeles, a 20 dias da cerimônia do Oscar. Torres receberia um prêmio por sua carreira ao lado de outros atores, e eu teria uma chance de falar com ela no tapete vermelho, com duas ou talvez três perguntas rápidas.
Eu era a última jornalista do tapete, instalada atrás de uma coluna, um espaço horroroso. Torres demorou para chegar em mim. Todos os jornalistas queriam falar com ela, e todos eram americanos.
E então chegou Ariana Grande, outra homenageada da noite. Torres fez a maior festa com ela. Por sorte, gravei a interação no celular, e então ela veio falar comigo. Confesso que estava nervosa. Era o auge da polêmica com Karla Sofía Gascón, atriz de “Emília Perez” e concorrente de Torres no Oscar.
Gascón havia caído em desgraça depois que os internautas resgataram publicações antigas de sua autoria com críticas à vacina contra a Covid-19, aos muçulmanos, a George, rosto do movimento “Black Lives Matter”, e até a colegas de seu filme, como Selena Gomez.
Eu tinha que perguntar algo sobre isso. Quando estava no meio da pergunta, Torres sentiu o que vinha, me deu um drible, e respondeu com um comentário quase dadá sobre escovas de cabelos, num bom humor inquebrável.
A energia dela era tão grande, ela era tão gigante naquele tapete, que eu perdi o chão. O que perguntar para essa mulher? Quer ser minha amiga? Não. Perguntei sobre sua roupa.
Tapete vermelho
Uma newsletter com o que você precisa saber sobre o Oscar 2025
Com a chegada da semana do Oscar, encontrá-la em Los Angeles virou uma missão impossível. Como ela mesma brincou, teve de se transformar num Pikachu, com todo mundo tentando capturá-la para uma foto, um vídeo, um comentário. Não a entrevistei mais.
No último evento público de “Ainda Estou Aqui”, a 48 horas da cerimônia do Oscar, ela apareceu de surpresa num painel com Salles e os indicados ao Oscar de filme internacional. Seu assessor de imprensa americano, que me atura desde o início de janeiro, virou os olhos ao me ver e já foi avisando, “no interviews!”, nada de entrevistas.
Eu só fiquei ali, gravando no celular a chegada triunfal de Torres, como uma paparazza tupiniquim ou, na verdade, uma brasileira muito orgulhosa de sua conterrânea xará.
Agora, na sala de imprensa da cerimônia do Oscar, vou esperá-la mais uma vez. Quem ganha Oscar passa por aqui após o prêmio para conversar com os mais de 200 jornalistas de inúmeros países. Mas, se não der nada, tudo bem. O filme já fez algo histórico e, no final, vi da janelinha nascer uma estrela de Hollywood.
O governo Lula deu um novo passo para tentar emplacar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública no Congresso: incorporou ao texto a previsão de que as guardas municipais atuem no policiamento ostensivo e comunitário, de modo a efetuar prisões em flagrante, por exemplo.
“Nossa intenção é fortalecer o sistema de segurança pública como um todo, garantindo que as guardas tenham seu papel formalizado na Constituição sem comprometer a autonomia dos entes federados”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ao divulgar a versão renovada da PEC, na última quarta-feira.
Demanda antiga de prefeitos, o papel das corporações como polícia municipal foi reconhecido em decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte determinou que as guardas podem agir regularmente na segurança urbana, desde que não realizem atividades de investigação criminal. Sua atuação deve ser limitada a cada município e está sujeita à fiscalização do Ministério Público.
Apesar da reformulação, a cúpula do governo avalia que a PEC não deve ser aprovada no Congresso e já encara a apresentação do texto quase como um gesto ao eleitorado preocupado com a violência urbana. Está na lista de prioridades do Executivo em 2025, mas enfrenta forte resistência de governadores e outras lideranças políticas antes mesmo do envio ao Legislativo.
Popularidade
O governo decidiu elaborar uma proposta para a segurança depois de constatar que problemas na área estavam causando danos à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de um dos temas favoritos das forças políticas de direita, opositoras ao petista, e um campo no qual a esquerda tem dificuldades históricas para disputar o eleitorado. Por isso, ao menos enviar ao Congresso a PEC da Segurança pode ser relevante para a disputa da opinião pública.
O texto partiu de Lewandowski. A ideia inicial era transformar a Polícia Rodoviária Federal em uma polícia ostensiva com alcance maior do que as rodovias administradas pelo governo federal e aumentar a responsabilidade da União sobre a segurança pública. Diversos governadores afirmaram que a proposta interferiria na administração de órgãos de segurança estaduais.
Foram meses de discussão com os governadores até o ministro apresentar a versão anterior da PEC, em 15 de janeiro. Lewandowski já manifestou a intenção de aprová-la ainda no primeiro semestre, mas ela nem sequer foi remetida ao Legislativo: está atualmente na Casa Civil. Rui Costa, titular da pasta, afirmou que pretende remeter a proposta ao Congresso após o carnaval.
“Todos nós sabemos que 2026 é um ano político, é um ano em que dificilmente se pode aprofundar discussões dessa natureza. O ideal seria, ao nosso ver, que isso fosse enviado no primeiro semestre. Porque aí podemos ter uma discussão mais aprofundada, considerando todas as paixões políticas que envolvem esse tema”, afirmou o ministro em janeiro.
Lula tem ressaltado a responsabilidade do Congresso na aprovação da PEC e tentado afastar a ideia de que ela retira atribuições dos Estados. “A gente não quer ocupar o lugar do governador. A gente quer contribuir com o governo federal não apenas passando dinheiro”, afirmou o presidente na última quinta-feira. “A gente quer contribuir com forças efetivas para a gente poder enfrentar o crime organizado.”
No dia 20, referindo-se à resistência dos governadores à proposta, o petista disse que não fará mais decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para atender aos Estados, pois são caros e pouco eficazes, citando como exemplo o caso do Rio de Janeiro. Segundo ele, a GLO do Rio “gastou mais de R$ 2 bilhões e não resolveu quase nada”.
PRF
Um dos pivôs da polêmica com os governadores em torno da PEC, a Polícia Rodoviária Federal suspendeu os acordos de cooperação técnica com a Polícia Federal e os Ministérios Públicos estaduais para combater o crime organizado.
Segundo a corporação, a medida atende a uma portaria do Ministério da Justiça para evitar insegurança jurídica e questionamentos acerca das ações conjuntas. A iniciativa foi alvo de protestos do Ministério Público de São Paulo.
De acordo com o texto da portaria, a corporação não pode exercer competências exclusivas das polícias judiciárias, como investigar crimes. Para o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, a aprovação da PEC da Segurança Pública seria a melhor forma de sanar questionamentos acerca das atribuições da corporação e fortalecer sua atuação.