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Ipsos-Ipec: 58% dizem desconfiar de Lula; 40% confiam


Mais da metade da população diz que não confia no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira (13).

São 58% que dizem desconfiar de Lula. Já 40% dizem que confiam no chefe do Executivo. Não sabe ou não respondeu ficou em 2%.

O número subiu em relação à última pesquisa feita pelo instituto, em dezembro de 2024. Os que não confiavam eram 52% na ocasião.

Já os que confiavam, há três meses, eram 45%, representando uma queda de cinco pontos percentuais.

Foram ouvidas 2.000 pessoas entre os dias 7 e 11 de março, em 131 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

A confiança do presidente ganhou destaque entre:

  • quem avalia positivamente sua gestão (92%);
  • quem declara ter votado em Lula em 2022 (75%);
  • moradores da região Nordeste (55%);
  • os que têm o ensino fundamental (50%);
  • católicos (50%);
  • quem tem 60 anos ou mais (50%);
  • e aqueles com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (49%).

Na outra ponta, a desconfiança do presidente é expressiva entre:

  • os que consideram ruim ou péssima a sua administração (96%);
  • quem afirma ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022 (91%);
  • aqueles que declaram ter votado em branco ou nulo na eleição de 2022 (84%);
  • evangélicos (70%);
  • quem tem renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (73%);
  • moradores da região Norte/Centro-Oeste (66%);
  • aqueles com outra religião, que não a católica ou evangélica, ou sem religião (66%);
  • e os que possuem ensino superior (65%).



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Balé da Cidade dança missa para os mortos e batidas eletrônicas de vanguarda


A certa altura do novo espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo, uma bailarina dança tão rápido, tão rápido que o atletismo a leva à exaustão. Ela começa a chorar no palco —pelo menos é esta a impressão que temos da plateia— enquanto uma câmera filma seu rosto entre o êxtase e a dor e transmite as imagens em tempo real para um telão ao fundo.

Esta cena ilustra o equilíbrio entre a tristeza, por um lado, e a pulsão de vida, por outro, que perpassa os cerca de 70 minutos de “Réquiem SP”, o primeiro balé com Alejandro Ahmed como diretor artístico do corpo de baile da cidade. O coreógrafo já havia montado há três anos o espetáculo “Sixty Eight em Axys Atlas” para o Balé da Cidade, mas como convidado, sem ainda estar no comando.

O que Ahmed leva ao palco do Theatro Municipal de São Paulo a partir desta sexta (14), junto ao Coral Paulistano e à Orquestra Sinfônica Municipal, que fazem os vocais e a instrumentação ao vivo, é a costura de dois universos distintos.

Na primeira parte do espetáculo, mais dentro do que se imagina que seja um balé, os músicos e os cantores executam o “Réquiem” de György Ligeti, enquanto os bailarinos dançam esta missa para os mortos, uma das mais conhecidas do compositor húngaro.

Na segunda metade, o cenário e o figurino, até então totalmente pretos, mudam de cor para branco. A orquestra e o coro saem de cena, e em seu lugar ouvimos das caixas de som a música eletrônica veloz e de batidas quebradas do canadense Venetian Snares.

Há um toca-discos de DJ no palco. Numa longa cena solo, a bailarina Bill Valkyrie dança com precisão milimétrica, encaixando seus movimentos de forma exata ao ritmo frenético da música.

“Há algum tempo eu não coreografava música de uma forma tão artesanal”, diz Ahmed, numa conversa no teatro depois de um ensaio. “Artesanal significa que você vai colocar exatamente aquela célula de música como está na partitura e vai entrar com um movimento desenhado para aquilo.”

A sincronicidade se estende para outros elementos. No telão, vemos a transcrição fonética das sílabas entoadas pelo coro no momento em que são cantadas. Nas laterais do palco, dois frascos tipo conta-gotas gigantes pingam água de tempos em tempos, e as gotas produzem sons incorporados à dança. Isso é tudo feito na hora, ao vivo, afirma Ahmed, acrescentando que é possível controlar até o tamanho da gota.

Quem já viu outros espetáculos do coreógrafo, um uruguaio que vive no Brasil desde criança, vai reconhecer em “Réquiem SP” elementos de seu vocabulário cênico, desenvolvido enquanto ele comandava o grupo de dança Cena 11, em Florianópolis. Estão no palco as câmeras transmitindo a coreografia para o telão —operadas por bailarinos—, e televisões com cronômetros marcando a passagem do tempo. A tecnologia é uma aliada.

“Para mim interessa não fugir da máquina, mas entender que ela também é uma extensão da natureza. Então, dentro disso, a gente precisa se entender, porque ela vai seguir. Ou por nós ou por ela mesma, daqui a pouco”, afirma o coreógrafo.

É possível identificar elementos de danças de rua no balé, e a ideia era essa mesmo. Ahmed afirma que não se pode fazer do Theatro Municipal uma redoma, e que criar um diálogo do espaço com a rua e as pichações ao redor faz sentido, desde que isso não venha à custa da técnica dos bailarinos —que está muito afiada. A coreografia incorpora também as quedas, outra de suas marcas no Cena 11.

Com este sem fim de referências, que abarcam no mesmo espetáculo a música erudita pós-Segunda Guerra de Ligeti e a eletrônica dos jovens urbanos do século 21, o coreógrafo não subestima a inteligência da plateia. “Um equipamento público com essa potência e com essa responsabilidade, ele deve justamente entregar conhecimento de ponta e discussões de ponta”, diz.



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Saiba como vai funcionar o crédito consignado CLT


Agência Brasil*

O governo federal lançou na quarta-feira (12) o Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho, que promete facilitar e baratear os juros do empréstimo consignado a trabalhadores registrados com carteira assinada (CLT).

Assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento no Palácio do Planalto, a Medida Provisória (MP) que cria o sistema de crédito foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Em até quatro meses, o texto precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional para se transformar em lei federal e seguir valendo.

Ao todo, mais de 47 milhões de trabalhadores poderão ser beneficiados com o novo programa, que abrange empregados CLT em geral, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEIs), desde que formalizados.

O programa permitirá o acesso de mais de 80 bancos e instituições financeiras ao perfil de trabalhadores com carteira assinada através do eSocial, sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país.

Na prática, o novo consignado entra em vigor no próximo dia 21 de março, por meio da página da Carteira de Trabalho Digital na internet e em aplicativos de celulares. A seguir, confira os principais pontos do sistema de crédito, que deve reduzir pela metade os juros cobrados no crédito pessoal.

Como acessar o crédito

Na primeira fase do programa, que entrará em vigor no dia 21 de março, o empregado que tiver interesse em obter um empréstimo consignado deverá acessar a Carteira de Trabalho Digital. Nesta plataforma, ele vai solicitar ofertas de crédito, autorizando o compartilhamento dos dados do eSocial diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo governo federal.

Entre os dados que ficarão acessíveis aos bancos estão nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A partir daí, o interessado receberá ofertas em até 24 horas, analisará a melhor opção e fará a contratação no canal do banco.

A partir de 25 de abril, os bancos também poderão operar a linha do consignado privado dentro de suas plataformas digitais.

Portabilidade do crédito

A portabilidade de crédito entre os bancos, para os clientes que desejem migrar para empréstimos mais baratos, poderá ser realizada a partir de 6 de junho. Em até 120 dias, quem já tem um consignado ativo poderá fazer a migração para a nova linha de crédito na mesma instituição financeira.

Redução de juros

A previsão é que as taxas de juros de crédito aos trabalhadores caiam de cerca de 103% ao ano para 40% ao ano, menos da metade do que é cobrado hoje em dia, em média. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a estimativa é que, em até quatro anos, cerca de 19 milhões de celetistas optem pela consignação dos salários, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados.

Atualmente, o consignado do setor privado conta com cerca de 4,4 milhões de operações contratadas, somando mais de R$ 40,4 bilhões em recursos. É bem inferior aos mais de R$ 600 bilhões disponíveis a servidores públicos e aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).

Limites e garantias

Após o empréstimo ser contratado, o desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que deve permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas.

Os limites do consignado para trabalhadores celetistas terão o teto de 35% do salário comprometido com parcelas do empréstimo e a possibilidade de usar 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o total da multa recebida por demissão sem justa causa (40% do saldo FGTS) para o pagamento dos débitos, em caso de desligamento do emprego.

Caso o saldo do empréstimo não seja quitado após o desligamento do emprego, a dívida fica vinculada à conta do eSocial e, quando o trabalhador estiver em um novo emprego CLT, a cobrança das parcelas volta a descontar diretamente em folha.

A Dataprev, empresa pública de tecnologia do governo federal, foi a responsável pelo desenvolvimento do sistema do Crédito do Trabalhador, que integra a carteira de trabalho digital, o FGTS Digital e o eSocial.



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Cotada para presidir comissão, deputada do PL pode perder mandato | Blogs


O julgamento sobre a aplicação das chamadas “sobras eleitorais”, finalizado na quinta-feira (13) pelo o Supremo Tribunal Federal (STF), pode frustrar os planos do Partido Liberal (PL) para o comando da Comissão de Povos Originários da Câmara.

Cotada para o comando do colegiado, a deputada federal Silvia Waiãpi, do PL do Amapá, será uma das impactadas pela decisão da Suprema Corte e pode perder o mandato conquistado em 2022.

O mesmo pode ocorrer com a colega de partido da parlamentar, Sonize Barbosa, também do estado.

Ainda caberá à Justiça Eleitoral aplicar a decisão e a Câmara dos Deputados poderá realizar defesa.

Nos últimos dias, o PL tem se dedicado a definir — e negociar — as comissões temáticas de interesse da sigla, além dos nomes indicados para as respectivas presidências.

De acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta, a legenda tem direito a escolher cinco colegiados, respeitados os critérios de proporcionalidade.

O grupo voltado às questões indígenas entrou na mira do partido pelo potencial de temas polêmicos.

Internamente, o critério para a escolha das comissões leva em conta um dos objetivos principais da oposição em 2025: dominar debates e facilitar a tramitação de pautas que possam ser sensíveis para o governo.

Na última legislatura, a presidência da comissão indígena esteve sob o comando da base governista. Temas como demarcação de terras foram abordados em reuniões.

Além disso, segundo lideranças partidárias, os critérios de escolha dos presidentes também levam em conta a projeção política necessária para que os nomes estejam aptos à corrida eleitoral de 2026.

Outro lado

Em nota, a deputada Waiãpi afirmou que foi vítima de uma injustiça que “desrespeita a vontade popular”.

Leia abaixo o posicionamento completo da parlamentar:

“Uma injustiça foi cometida na data de hoje. Nós, parlamentares do Norte, fomos prejudicados com a perda de cinco mandatos conquistados nas urnas, sendo quatro somente no meu estado Amapá.

Mudar as regras com o jogo em andamento não apenas desrespeita a vontade popular, mas também gera sérios e perigosos precedentes para a nossa democracia.

Além disso, essa decisão retira uma mulher do Norte, filha do Amapá, representante da Amazônia e indígena, que desde o início do mandato tem sofrido ataques e perseguições políticas. A discriminação contra parlamentares da nossa região não pode ser normalizada.

Mulher indígena de direita? Que luta pela soberania do Brasil e pela igualdade sem vitimismos? Não é o que querem!!!

Seguirei firme na defesa da justiça, do respeito às regras democráticas e da representatividade do Norte no cenário político nacional. Não desistirei do meu propósito em entregar o melhor para o Brasil, em especial o Amapá.”



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Lia Nogueira leva para Riedel urgência de passarela na MS-156 e recapeamento no Água Boa


A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) se reuniu nesta semana com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), para discutir duas demandas urgentes que afetam diretamente a população de Dourados: a retomada do recapeamento dos bairros Jardim Água Boa e BNH 4º Plano e o término da construção de uma passarela na MS-156, possibilitando travessia segura entre os bairros Jardim Guaicurus e Dioclécio Artuzi.

As condições precárias do asfalto nos bairros Jardim Água Boa e BNH 4º Plano, dois dos mais populosos bairros de Dourados, concentrando cerca de 25 mil pessoas, têm gerado inúmeros transtornos aos motoristas. Buracos, desgaste do pavimento e falta de manutenção adequada são queixas recorrentes da população, que cobra uma solução definitiva para o problema.

Durante a reunião, Lia Nogueira ressaltou ao governador a necessidade de priorizar essas obras, destacando o impacto direto na qualidade de vida e na segurança viária. “Os moradores estão cansados de promessas. Precisamos de uma solução concreta para melhorar as ruas desses bairros, que há anos sofrem com a falta de manutenção adequada”, afirmou a deputada.

Em resposta, Eduardo Riedel garantiu que a demanda está no radar do governo estadual e afirmou que dará atenção especial ao recapeamento, considerando a importância da obra para o bem-estar da população de Dourados.

Passarela na MS-156: segurança em risco

Outro ponto crítico abordado pela deputada foi a necessidade urgente da conclusão da obra da passarela na rodovia MS-156, entre a BR-163 e o Núcleo Industrial de Dourados. A falta de uma travessia segura tem colocado em risco a vida de trabalhadores da região e moradores que precisam cruzar a movimentada via diariamente.

“É uma questão de segurança pública. Não podemos esperar que mais acidentes aconteçam para tomar providências. Essa passarela é fundamental para proteger a vida daqueles que utilizam a rodovia todos os dias”, enfatizou Lia Nogueira.

O governador reconheceu a gravidade da situação e assegurou que a construção da passarela será tratada como prioridade pelo governo estadual, com estudos técnicos em andamento para viabilizar a obra o mais rápido possível.



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O Grande Debate: STF acelera julgamento sobre tentativa de golpe?


Os comentaristas José Eduardo Cardozo e Caio Coppolla discutiram, nesta quinta-feira (13), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o Supremo Tribunal Federal (STF) acelera o julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado.

O ministro Cristiano Zanin marcou para os dias 25 e 26 de março o julgamento da denúncia contra Bolsonaro e outros denunciados sobre um suposto plano de golpe de Estado.

O ex-presidente, por sua vez, criticou a “rapidez” do Judiciário e disse que “o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz”.

José Eduardo Cardozo defende que cabe ao STF fazer um juízo de valor em relação às causas que ele deve pautar e como deve proceder.

“O STF, respeitando os prazos legais, busca dar agilidade para um processo que todos querem ver rapidamente equacionado. Desde que o direito de defesa seja respeitado, que efetivamente as formalidades e os ritos legais sejam cumpridos, quanto antes houver uma decisão, é bom para os réus, que saberão o que acontecerá com esse processo, para aqueles que assistem enquanto cidadãos esses e será bom para o próprio STF”, opinou.

Caio Coppolla entende que o processo está sendo acelerado para além do razoável.

“Tem manchetes da imprensa: ‘STF prevê julgar Bolsonaro por golpe ainda em 2025 para evitar contaminação do processo eleitoral’, aqui os jornais citam como fonte, obviamente sem atribuir os respectivos nomes, os próprios ministros e as suas assessorias. Mas é impossível fazer uma previsão nesse sentido porque é um julgamento muito complexo, que pode exigir perícia, uma série de infindáveis recursos. A gente sabe que só na defesa do Lula, somando os dois casos em que houve condenação penal, foram centenas de recursos interpostos”, disse.



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Ano do Brasil na França terá Marcelo Rubens Paiva, Seu Jorge, Grupo Corpo e funk


Glauber Rocha na Cinemateca Francesa. O Grupo Corpo na Maison de la Danse de Lyon. Marcelo Rubens Paiva na Sorbonne. Ailton Krenak no Collège de France. Homenagem ao Brasil no Festival de Cannes. Anna Maria Maiolino no Museu Picasso. 2025 será mesmo o Ano do Brasil na França.

A ideia foi lançada em 2023, durante visita do presidente Lula a seu homólogo Emmanuel Macron. Inspira-se em iniciativa semelhante realizada em 2005. Desta vez, o ensejo são os 200 anos de relações diplomáticas —em outubro de 1825, a França reconheceu a independência do Brasil.

A programação, a cargo dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores, ainda é uma obra em andamento. Embora a abertura oficial esteja prevista para abril, alguns dos mais de 150 eventos já começaram. Ganharam o nome de “prelúdio”, explica o embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares.

É o caso de uma retrospectiva do fotógrafo Sebastião Salgado, inaugurada no início do mês em Deauville, 200 km a oeste de Paris; da retrospectiva de Glauber na Cinemateca, aberta na quinta (13) com “Antônio das Mortes”; e do tradicional festival de cinema Regards d’Ailleurs (“Olhares de Fora”), em cartaz em Dreux, 100 km a oeste de Paris, com o Brasil como tema deste ano.

O cronograma aproveita alguns eventos relacionados ao Brasil que já faziam parte do calendário cultural francês, como o Festival do Cinema Brasileiro, no final de abril; o desfile de carnaval na avenida dos Champs-Elysées, a principal de Paris, em julho; e a lavagem da escadaria da igreja de La Madeleine, versão parisiense da Lavagem do Bonfim que ocorre desde 2002, reúne milhares de pessoas e este ano será em setembro.

Mesmo esses eventos preexistentes, porém, ganharão escala por conta do Ano do Brasil. Em sua 27ª edição, o festival de cinema deve receber 8.000 pessoas, um terço a mais que no ano passado, prevê a diretora do evento, Katia Adler. Este ano, a homenageada será Dira Paes, e a madrinha, a atriz francesa Marina Foïs.

Contribuem para o otimismo prêmios recentes, como o Oscar de melhor filme internacional para “Ainda Estou Aqui“, de Walter Salles, e o Grande Prêmio do Júri para “O Último Azul“, de Gabriel Mascaro, no Festival de Berlim. “É um momento único para o cinema brasileiro”, diz Katia.

A boa fase do audiovisual nacional será exposta em maio, no Festival de Cannes, quando o Brasil será o país homenageado no Marché du Film, encontro de profissionais do setor onde se discutem novos projetos e parcerias.

Como seria de esperar, a programação musical será intensa e variada. Vai do erudito, como um concerto de música brasileira na Ópera de Bordeaux, em abril, ao popular, com dois shows de Seu Jorge em abril, no Grand Rex, uma das principais salas de espetáculos de Paris, e um baile funk em Deauville, em maio.

Os estereótipos sobre o Brasil não foram esquecidos. Trechos do Sena serão batizados com nomes de praias brasileiras durante o Paris Plage, em agosto e setembro, quando os parisienses colocam sungas e biquínis para tomar sol à beira do rio que corta a capital. O monumental Grand Palais será palco de um baile de Carnaval.

Grandes instituições acadêmicas francesas convidaram personalidades brasileiras a palestrar. No final deste mês, o escritor Marcelo Rubens Paiva, autor de “Ainda Estou Aqui”, deve falar na tradicional universidade Sorbonne sobre a memória da ditadura militar no Brasil. O escritor e líder indígena Ailton Krenak dará uma conferência em abril no histórico Collège de France, sobre a relação entre a floresta e as metrópoles.

Em paralelo ao Ano do Brasil na França, também está sendo organizada uma Temporada da França no Brasil, que irá de agosto a dezembro. O órgão encarregado na França é o Institut Français, responsável pela política cultural francesa no exterior.

Segundo a diplomata Anne Louyot, comissária-geral do evento, os cerca de 200 projetos em preparação estão divididos em três eixos principais: meio ambiente, diversidade cultural e luta contra a discriminação e a desinformação.

A programação francesa definitiva ainda não foi divulgada, mas deve incluir uma exposição na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, sobre os 200 anos de relações diplomáticas entre França e Brasil; um show da cantora franco-beninense Angélique Kidjo; e uma noite de música francesa e brasileira no Sesc Pompeia, em São Paulo.

Veja a programação dos eventos já confirmados para o Ano do Brasil na França.

MARÇO

  • 1/3 – Fotografia: Retrospectiva Sebastião Salgado no Museu Les Franciscaines (Deauville); até 1/6
  • 13/3 – Cinema: Retrospectiva Glauber Rocha na Cinemateca Francesa (Paris); até 21/3
  • 13/3 – Artes Plásticas: Homenagem a Frans Krajcberg no Espaço Krajcberg (Paris); até agosto
  • 22/3 – Dança: Grupo Corpo no Maison de la Danse (Lyon);até 30/3
  • 26/3 – Música: Jacques Morelenbaum e Cello Samba Trio em Bordeaux

ABRIL

  • 1/4 – Música: Seu Jorge no Grand Rex (Paris); dois dias
  • 4/4 – Música: Festival Internacional de Choro no Maison du Brésil (Paris); três dias
  • 8/4 – Artes Plásticas: Lucas Arruda no Museu d’Orsay (Paris); até julho
  • 11/4 – Etnografia: Exposição Amazonies no Musée des Confluences (Lyon); até fev.26
  • 29/4 – Conferência com Ailton Krenak no Collège de France (Paris)
  • 29/4 – Cinema: Festival do Cinema Brasileiro no L’Arlequin (Paris); até 6/5

MAIO

  • 5/5 – Música: Yamandú Costa e Thibault Cauvin no Théâtre de la Ville (Paris)
  • 13/5 – Cinema: Homenagem ao Brasil no Festival de Cannes; até 21/5
  • 15/5 – Música: Exposição Funk, do MAR-Rio, e Festival Lille3000 (Lille);até 31/8
  • 16/5 – Música: Festival Internacional de Violoncelo em Beauvais; até 25/4

JUNHO

  • 6/6 – Artes Plásticas: Instalação e Ernesto Neto no Grand Palais (Paris); até 30/8
  • 17/6 – Artes Plásticas: Anna Maria Maiolino no Museu Picasso (Paris); até 21/9

JULHO

  • 4/7 – Cidadania: Salão Expo Favela no Teatro de la Concorde (Paris); dois dias
  • 5/7 – Carnaval: Baile e desfile de escolas de samba no Grand Palais (Paris); dois dias
  • 6/7 – Esporte: Taça das Favelas no Estádio Bauer (Saint-Ouen)

AGOSTO

  • 2/8 – Lazer: Paris Plage com tema Brasil no rio Sena (Paris); até setembro

SETEMBRO

  • 14/9 – Religião: Lavagem da Madeleine na Igreja de la Madeleine (Paris)
  • 25/9 – Etnografia: Exposição Amazônia no Museu do Quai Branly (Paris); até jan.26



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Vídeo: Motorista tem caminhonete roubada ao ser rendido por criminosos – Polícia


Um dos assaltantes obrigou o condutor a deitar na calçada, enquanto tomava as chaves do veículo

Vídeo: Motorista tem caminhonete roubada ao ser rendido por criminosos
O caso está sendo investigado pela polícia da fronteira (Foto: Reprodução/Ligado na Notícia)

Dois criminosos renderam um motorista na noite de quarta-feira (12) e roubaram sua caminhonete  Toyota Hilux, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.

Segundo as informações do Ligado na Notícia, os autores estavam em uma motocicleta, quando abordaram a vítima e anunciaram o assalto à mão armada.

Testemunhas relataram para a polícia, que um dos assaltantes obrigou o condutor deitar na calçada, enquanto tomava as chaves do veículo. Antes que os ladrões fugissem, a vítima conseguiu pegar uma mala que estava no banco traseiro.

As equipes policiais de Ponta Porã e de Pedro Juan Caballero foram acionadas e iniciaram as buscas pela caminhonete e, além de identificar e prender os suspeitos. O caso continua sendo investigado. Veja o vídeo:

(Vídeo: Divulgação/Ligado na Notícia)



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Em 2024, 63% dos brasileiros usaram o PIX ao menos uma vez por mês


Agência Brasil*

Seis em cada dez brasileiros usaram o Pix – sistema de pagamento instantâneo do Banco Central – ao menos uma vez por mês, durante todo o ano passado, para pagar contas ou transferir alguma quantia em dinheiro.

A constatação de técnicos do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV) é parte do estudo Geografia do Pix, divulgado na quarta-feira (12).

A partir da análise dos dados de transações de pagamentos feitos por pessoas físicas em 2024, os pesquisadores identificaram uma taxa de adesão nacional média ao sistema de pagamentos instantâneos da ordem de 63%. Como divulgado anteriormente pelo Banco Central (BC), em dezembro de 2024, o serviço já era, na época, a forma de pagamento mais utilizada pelos brasileiros.

A unidade federativa com a mais alta taxa de adesão foi o Distrito Federal, onde 78% da população residente utilizaram o PIX ao menos uma vez ao mês no ano passado. O estado com menor adesão foi o Piauí, com quase 55%. Em termos regionais, a taxa mais alta foi a do Sudeste (67%). Na sequência vieram as regiões centro-oeste (65%); Sul (61%); Norte (60,5%) e Nordeste (58%).

Para os técnicos da FGV, qualquer que seja o caso, as taxas verificadas demonstram que a adesão ao Pix é alta tanto nas unidades federativas relativamente mais ricas, quanto nos estados cuja população, comparativamente, tem um menor poder aquisitivo.

Operações

Segundo o estudo, cada usuário do Pix realizou, em média, 32 transações mensais. Em 2024, os amazonenses foram os que mais usaram o serviço, realizando, em média, 48 transações mensais. Já o estado com menor frequência de uso foi Santa Catarina (25).

A partir dos resultados, os pesquisadores sugerem que quem adere ao Pix nas regiões de menor renda per capta tende a usá-lo mais frequentemente. Em termos regionais, Norte (41) e Nordeste (37) encabeçaram o ranking de transações por usuário, seguidos pelo centro-oeste (34); Sudeste (30) e Sul (27).

O valor médio das transações feitas em todo o país foi de R$ 190,57, mas, na média, habitantes das regiões Centro-Oeste (R$ 240,37); Sul (R$ 223,84) e Sudeste (R$ 208,80) movimentaram cifras maiores, enquanto no Nordeste e no Norte, os montantes não superaram R$ 151 e R$ 147, respectivamente.

“Essa diferença pode ser reflexo das desigualdades regionais: usuários de áreas de maior renda tendem a realizar transações de maior valor”, sustentam os técnicos da FGV, apontando o que classificam como uma “diferença entre acesso e uso” do sistema.

“O estado do Amazonas ilustra a diferença entre acesso e uso. Nesse estado, verifica-se o maior número [48] de transações por usuário do país e, ao mesmo tempo, o menor valor médio das transações (R$ 120). Isso sugere um uso incorporado aos hábitos cotidianos, com transações frequentes e de baixo valor”, concluem.

Outro caso destacado pelos técnicos da FGV foi o de Pacaraima (RR), município fronteiriço com um número de usuários (106.104) cinco vezes maior que o de habitantes (19.305) registrados no Censo Demográfico de 2022.

“A cidade, localizada na fronteira com a Venezuela, possui mais de cinco usuários do Pix para cada habitante registrado no Censo, estatística provavelmente associada ao fluxo migratório na região”, informaram os pesquisadores.

O dado foi classificado como “estatística curiosa”. Na cidade, os usuários realizaram, em média, 31 transações mensais ao longo do ano passado, movimentando, em média, R$ 119 por operação.



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Imposto de Renda 2025: saiba mais sobre a declaração e restituição


A Receita estima receber neste ano um total de 46,2 milhões de declarações. Prazo começa na próxima segunda-feira (17/3), às 8h



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