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À CNN, Sarney conta desafios de ser primeiro presidente após a ditadura


O ex-presidente do Brasil, José Sarney, contou à CNN, neste sábado (15), alguns dos principais desafios enfrentados durante seu governo, o primeiro após o fim da ditadura militar.

Segundo o político, de 94 anos, o processo de se legitimar no cargo representou os “momentos mais difíceis”, mas que conseguiu fazê-lo por meio de sua “conduta”.

“Realmente, os momentos mais difíceis foram aqueles em que eu tive que que construir, no início, a minha legitimação como presidente da República”, recordou Sarney.

“Isso eu consegui com a minha conduta, primeiro legalizando todos aqueles partidos que estavam na clandestinidade, dei anistia aos condenados de crimes de sangue, dei anistia também a todos os líderes sindicais, retirei o Ministério do Trabalho de interferência na área sindical, dei liberdade absoluta, restaurei os municípios que eram de segurança nacional, convoquei eleições já naquele ano para os municípios e as capitais”, acrescentou. “Enfim, eu abri de uma maneira muito forte o país para os ventos da democracia.”

A íntegra da entrevista com o ex-presidente José Sarney será exibida no CNN Prime Time deste sábado (15).



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Ministério da Cultura completa 40 anos em meio a desafios – 15/03/2025 – Ilustrada


Na chegada a seus 40 anos, o Ministério da Cultura se vê encurralado por crises. Problemas que já fizeram muitos aniversários, sob outras gestões, estão se agravando —caso da demora na análise das prestações de contas de projetos financiados com a Lei Rouanet— e conflitos mais recentes —como a lentidão na regulação do streaming— levam a pasta, hoje comandada por Margareth Menezes, a ser questionada tanto pela classe artística quanto pelo Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União.

Um relatório do TCU que analisou as contas públicas do governo Lula em 2023, obtido pela reportagem agora, aponta que existe um “quadro grave” relacionado à falta de avaliação da prestação de contas de quem busca patrocínio cultural via Lei Rouanet.

Menezes atribui as dificuldades que enfrenta à desestruturação da pasta durante o governo de Jair Bolsonaro, que reduziu o Ministério da Cultura a uma secretaria e desidratou mecanismos como a lei de incentivo. Ela acrescenta que seu objetivo é eliminar, até o ano que vem, as prestações de contas não analisadas pela pasta.

A fiscalização dessas contas é um problema que órgãos de controle como o TCU apontam desde o início dos anos 2000, mas o passivo só cresce —apenas relativo à Rouanet, houve um aumento de 14,9% na quantidade de avaliações pendentes em um ano, do fim de 2022 para o fim de 2023, segundo o TCU. Ao todo, até o fim do período analisado pelo relatório, existiam 26.086 processos sem uma análise conclusiva.

Os dados foram compilados num relatório pelo cientista político Manoel de Souza Neto, do Observatório da Cultura. Para ele, a pasta precisa de uma reforma institucional. “O MinC não tem capacidade de sanar o passivo bilionário nem consegue definir políticas, liderança, planos, metas ou cumprir sua palavra com os órgãos de controle. Está num apagão com relação a aplicação dos recursos. Não se pode comprovar como foram gastos, nem sua eficácia para as políticas públicas.”

A demora na análise das prestações de contas é uma das faces mais evidentes do déficit de funcionários do MinC —de 2014 a 2023, houve uma queda de 36,6%, cifra acima da redução vista no quadro geral de profissionais do setor público federal, que foi de 7,8% no mesmo período.

A queda está relacionada, entre outros fatores, à desvalorização do trabalhador da Cultura, diz Ruth Vaz Costa, servidora do Instituto Brasileiro de Museus, ligado ao Ministério da Cultura, e integrante da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal.

Um servidor da Cultura em topo de carreira recebe R$ 9.728, enquanto em carreiras como analista em infraestrutura do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, por exemplo, os salários chegam a R$ 21.886.

“Nesses 40 anos, as políticas públicas de cultura ganharam ainda mais complexidade, o que não se espelhou numa carreira mais complexa que demonstrasse o tipo de qualificação necessária para a atuação no MinC”, ela diz. “Não adianta recriar o ministério para ficar brigando para manter o mínimo de estrutura de trabalho.”

O orçamento empenhado na área da cultura oscila ano a ano. No ano passado, o MinC teve R$ 2,78 bilhões, valor inferior aos R$ 2,99 bilhões de 2023, ano que marcou sua recriação, mas superior ao R$ 1,68 bilhão empenhado em 2022 e ao R$ 1,69 bilhão de 2021, anos em que o setor ficou relegado a uma secretaria especial, sob Bolsonaro.

Noutro relatório, sobre a Lei Paulo Gustavo e a Aldir Blanc 2, que compreende o período de junho de 2023 a março de 2024, o TCU diz ter encontrado dificuldade de assegurar o “nexo de causalidade entre o recurso público gasto e o produto executado”, ou seja, não comprovou que o dinheiro recebido no âmbito dessas leis foi efetivamente usado nos seus respectivos projetos culturais.

Outro mecanismo que virou alvo de questionamento é a Política Nacional dos Comitês de Cultura, a PNCC, que oferece, entre outras atividades, formação para comunidades locais. Na semana passada, o Ministério da Cultura bloqueou recursos do comitê do Amazonas depois que Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do Partido dos Trabalhadores, foi acusada de tentar usar essa verba para promover sua campanha eleitoral para vereadora em Manaus, no ano passado.

Moura nega a acusação. “[São] declarações distorcidas com a única finalidade de macular a minha imagem perante a opinião pública”, diz.

Mas o episódio gerou uma série de representações de parlamentares, a maioria ligados à direita, pedindo a investigação do PNCC, o que levou o TCU a abrir processos para analisar o suposto uso indevido de recursos do programa.

Todas essas crises reverberam entre a classe artística. Produtores culturais que celebraram a recriação do ministério depois de Jair Bolsonaro agora se dizem frustrados com a gestão atual. Um deles é Matheus Peçanha, integrante da Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro, a API, entidade que reúne 196 produtoras pelo país.

“Há meses tentamos nos reunir com o MinC e a Ancine para apresentar estudos e recomendações, mas nem sequer tivemos os emails respondidos”, ele diz, acrescentando que o governo está injetando dinheiro no setor, mas sem uma estratégia ou planejamento.

A partir de 2023, por exemplo, o governo depositou R$ 3 bilhões a estados e municípios por meio da Lei Aldir Blanc, que também financia projetos audiovisuais. No entanto, até o final de novembro do ano passado, menos de 10% da verba havia sido utilizada —R$ 208 milhões. O governo então determinou que novas verbas só seriam liberadas quando os estados e municípios usassem o dinheiro já depositado.

A falta de uso, no entanto, não é só culpa dos entes federativos, diz Peçanha. “Muitos estados e pequenos municípios não têm experiência com políticas audiovisuais, o que exige um processo de formação muito mais cuidadoso”, ele afirma. “Quando a sua estratégia se limita a distribuir recurso sem planejar quais expectativas de resultado, a efetividade da política é esvaziada.”

Outro problema, ele acrescenta, é a demora na regulação do streaming, pauta considerada importante para proteger o mercado nacional do avanço das grandes plataformas estrangeiras, como Netflix, Max e Prime Video, da Amazon.

Um projeto de lei prevê que 6% da receita anual bruta dessas empresas vá para a Condecine, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional. Os recursos dessa contribuição compõem o Fundo Setorial do Audiovisual, o chamado FSA, criado para desenvolver e financiar a cadeia produtiva do setor. O PL, porém, está travado no Congresso.

Segundo Margareth Menezes, a demora também está relacionada ao desmonte de sua pasta por Bolsonaro. Ela, no entanto, afirma que está promovendo articulações nas casas legislativas para acelerar a aprovação do PL.

Peçanha, por sua vez, considera que a responsabilidade de encampar a regulação não deveria ser apenas do MinC, mas também de outras áreas, como Fazenda, Casa Civil e a própria Presidência. “É claro que gostamos de ver um vídeo do presidente comemorando a vitória no Oscar de ‘Ainda Estou Aqui’, mas vamos gostar mais ainda de o ver defendendo a regulação do streaming e a sustentabilidade do audiovisual junto ao Congresso”, diz.

Walter Salles, diretor de “Ainda Estou Aqui”, aliás, é um dos que defendem a regulação do streaming. “O país é um dos poucos países que ainda não criou uma regulação do vídeo sob demanda. Com a evasão desenfreada de divisas, perde o Brasil”, diz o cineasta, acrescentando que poderíamos adotar regras semelhantes às criadas pelo Centro Nacional de Cinematografia na França.

“Essa regulação asseguraria a presença das obras brasileiras no streaming, estimularia a diversidade cultural e financiaria diferentes segmentos da produção independente. Os direitos autorais dessas obras passariam a pertencer a quem de direito —os criadores dos conteúdos—, o que não acontece no momento.”

Os incômodos não se restringem a pequenos produtores, como Peçanha. Profissionais de vulto também se ressentem do modo como o MinC tem sido conduzido. É o caso de Mariza Leão, uma das produtoras de cinema mais respeitadas do país. Ela afirma que existe um mal-estar no mercado em relação à maneira como a pasta tem executado as ações de diversidade no audiovisual.

Segundo Leão, essas medidas são importantes, mas têm acontecido em detrimento de profissionais com mais experiência. “Participo de reuniões de sindicato de produtores tanto no Rio quanto em São Paulo e, nesses ambientes, essa política é considerada excludente. Se há algo a incluir neste momento são as produtoras e os diretores com mais experiência, que estão com seus currículos sem apreciação”, diz Leão, que produziu obras como “Guerra de Canudos”, “Meu Nome Não É Johnny” e a franquia “De Pernas pro Ar”.

“Ter feito muito filme é visto como um ponto a menos. Não entendo que isso seja saudável e ajude a construir uma política do audiovisual com ambição. Nós estamos confundindo política de investimento de Estado com política de inclusão social. Isso é muito grave.”

A ministra da Cultura afirma que as políticas de diversidade não buscam excluir setores, mas incluir grupos que não eram bem representados nas políticas culturais e acrescenta que a pasta está trabalhando em projetos para contemplar as grandes produtoras.

Do outro lado do debate, no entanto, há quem defenda um aumento no percentual na reserva de vagas para grupos marginalizados. Maíra Oliveira, conselheira da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro, diz que “o reconhecimento do Estatuto de Igualdade Racial foi escanteado na cultura”.

No caso da Lei Paulo Gustavo, os editais devem reservar 20% das vagas para pessoas negras e 10% para indígenas. “Só que a gente tem visto na prática que o mínimo tem se transformado no teto. Essa regra abre margem para que quem é contrário à diversidade não amplie o percentual”, acrescenta Oliveira.

Esse debate acompanha um longo histórico de descontinuidade e reconstrução no MinC, que já nasceu, em 1986, sob críticas que questionavam sua necessidade. Na ocasião, Millôr Fernandes escreveu no Jornal do Brasil que “Ministério da Cultura é uma contrafação da cultura”. “A cultura é. Ponto. O resto é autoritarismo.”

Durante anos, a Cultura viveu debaixo do guarda-chuva do Ministério da Educação. Isso não impediu que Gustavo Capanema, ministro da Educação de Getúlio Vargas, fizesse “um trabalho deslumbrante”, diz Luiz Roberto Nascimento Silva, que foi ministro da Cultura de Itamar Franco. Entre os feitos de Capanema, ele destaca a criação dos órgãos que se tornariam o Iphan e o Museu Nacional de Belas Artes.

Mas há quem discorde. “Talvez a pergunta seja ‘por que não haver um MinC’?”, questiona a escritora Rosa Freire D’Aguiar, que faz paralelos com outros temas que viraram pastas, como direitos das mulheres, meio ambiente ou igualdade racial. “Normalmente, quando um governo cria um ministério, é para indicar que aquele assunto interessa ao país e deve ser tratado como política de Estado.”

Nascimento Silva conta que José Aparecido de Oliveira, o primeiro ministro da Cultura, só esquentou as engrenagens da pasta por alguns meses para logo deixar o cargo e assumir o governo do Distrito Federal. Depois veio Aluísio Pimenta, mas coube a Celso Furtado, um dos economistas mais respeitados do Brasil, lançar a Lei Sarney, semente daquilo que se tornaria a Rouanet.

Fernando Collor foi o primeiro a extinguir o MinC. Em comum com Bolsonaro, além do penteado, o alagoano tinha uma certa animosidade com a classe artística. Acabou sobrando para a Cultura, que virou secretaria em 1990, e para a Lei Sarney, que foi revogada.

Sobrou também para a Embrafilme, precursora da Ancine, que foi extinta. A lei de incentivo logo foi substituída na gestão seguinte à de Ipojuca Pontes, de Sérgio Rouanet, que batizou a lei que dura até hoje. Já a Agência Nacional do Cinema só seria criada em 2011, com Fernando Henrique Cardoso.

Antes, em meados dos anos 1990, já com Itamar Franco, foi criada a Lei do Audiovisual, irmã da Rouanet que entende que o processo de criação no cinema tem suas particularidades de tempo de produção e de custos. Ela é tida como uma das responsáveis pela chamada retomada do cinema brasileiro, passada a ressaca de Collor, que tem como marco “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil”, de Carla Camurati, e como ápice a chegada de “O Quatrilho”, “Central do Brasil” e “Cidade de Deus” ao Oscar.

A pasta foi rebaixada a secretaria mais duas vezes —uma sob Michel Temer e outra durante todo o governo Bolsonaro.

“No decorrer dos 40 anos, o impacto do MinC para o segmento é indiscutível”, diz a advogada Cris Olivieri, especializada em cultura. “Por conta das regras do uso de incentivos fiscais, o segmento cultural foi obrigado a se formalizar e a se profissionalizar”, ela acrescenta. “A produção cultural brasileira é um ativo interessantíssimo. ‘Ainda Estou Aqui’ é prova do nosso soft power.”

Segundo a advogada Aline Akemi Freitas, também especializada no setor, a criação da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual pode ser analisada sob dois olhares —um mais filosófico, teórico, e um mais prático.

“O setor é bastante dependente ainda das leis, e o acesso é relativamente restrito”, diz ela, que no entanto, do ponto de vista prático, considera ambas bem-sucedidas. “Muita coisa boa e importante foi produzida e só foi possível de produzir em razão da existência dessas leis.”

Já para o advogado de direito da cultura Nichollas Alem, a Lei Rouanet não é exatamente bem-sucedida do ponto de vista de funcionamento do mecanismo e do cumprimento de objetivos constitucionais. “A justificativa política pela criação da Rouanet é de repartir com a sociedade o ônus de investir em cultura”, diz. “O problema é que a iniciativa privada só investe em projetos que dão 100% de renúncia fiscal. Isso na verdade gera um gasto tributário, ou seja, o gasto de renúncia fiscal. A Rouanet não estimula tanto que o privado coloque dinheiro do bolso.”



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Democracia é “princípio básico“ e “inegociável“, diz Hugo Motta


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), descreveu a democracia como um “princípio básico” e “inegociável” ao comentar os 40 anos da redemocratização no Brasil, celebrados neste sábado (15).

Relembrando o dia 15 de março de 1985, quando José Sarney tomou posse como vice-presidente para ser, ainda interino, o primeiro presidente civil depois de 21 anos de ditadura militar, Hugo falou sobre sua própria responsabilidade enquanto parlamentar.

“Nasci depois desse marco. Carrego a responsabilidade de representar uma geração que tem a democracia como um princípio básico”, escreveu em sua conta no X.

“Podemos celebrar, mas nunca esquecer: a democracia é um bem inegociável. Seguirei usando a carta magna como uma bússola na defesa do Brasil e dos brasileiros”, completou.

Durante a ditadura, o Congresso Nacional foi fechado três vezes. Na Câmara, 173 deputados tiveram seus mandatos cassados pelo regime militar.

A eleição de Tancredo Neves, que não chegou a assumir o cargo devido a progressão da doença que resultou em sua morte, e José Sarney em 1985 consagrou, então, o início do processo que culminaria no período democrático mais duradouro da história republicana brasileira. De lá para cá, o país não vivenciou em mais nenhuma ocasião um estado de exceção.

Veja os períodos de estado de exceção no Brasil desde a Proclamação da República, em 1889:

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*Com informações da Agência Câmara



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TJMS levará donativos e serviços gratuitos a pessoas em situação de rua – Geral


Posto de coleta no TJMS está localizado na Direção-Geral e o prazo para a entrega dos kits vai até o dia 20 de Março

 TJMS levará donativos e serviços gratuitos a pessoas em situação de rua
(Foto: Sarah Pflug/Burst)

O Pop Rua Jud Pantanal, um projeto de iniciativa da Justiça Federal, em parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, está arrecadando materiais de higiene pessoal e gêneros alimentícios para pessoas em situação de rua. O posto de coleta no TJMS está localizado na Direção-Geral e o prazo para a entrega dos kits vai até o dia 20 de Março.

 

O projeto tem como propósito promover a cidadania e garantir direitos fundamentais às pessoas em situação de rua, em consonância com o princípio da dignidade da pessoa humana, um dos pilares do Estado Democrático de Direito.

 

A parceria entre a Justiça Federal e o Judiciário de Mato Grosso do Sul representa um compromisso institucional essencial para assegurar o acesso à Justiça e fortalecer a proteção social dessa população vulnerável.

 

Estão sendo arrecadados itens como xampu, sabonete, absorvente, pasta e escova de dente. Entre os gêneros alimentícios, podem ser doados alimentos não perecíveis.

 

Os atendimentos estão programados para os dias 25 a 27 de Março, no Parque Ayrton Senna, em Campo Grande, ocasião em que serão oferecidos atendimentos jurídicos e sociais voltados ao público-alvo do projeto, conforme as demandas e necessidades identificadas.

 

A ação contará com serviços gratuitos prestados pelo Poder Judiciário estadual.

 

(Fonte: Assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de MS)



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Dourados receberá R$ 168 mi para obras de pavimentação e infraestrutura do governo do Estado — Barbosinha


A agenda oficial do governo do Estado em Dourados nesta sexta-feira (14) incluiu o lançamento e entrega de ações e benfeitorias importantes para a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Além das obras na pista do Aerporto Francisco de Matos Pereira e do lançamento da construção de 581 moradias nas comunidades indígenas, o governador Eduardo Riedel também autorizou a aplicação de R$ 168,8 milhões em obras de pavimentação e recapeamento em dois pontos importantes e estratégicos para a cidade.

Ao lado do prefeito Marçal Filho e diversas outras autoridades, Riedel assinou a liberação de R$ 21 milhões, por meio do programa MS Ativo Municipalismo, para pavimentação de várias ruas do Jardim Água Boa, bairro mais populoso de Dourados. Serão dois convênios firmados com a Prefeitura Municipal, incluindo recapeamento, drenagem de águas pluviais e sinalização viária no quadrilátero entre as ruas Itamarati e Áurea de Mattos Carvalho, e entre as ruas Cafelândia e Ediberto Celestino de Oliveira – setor 8. As obras também serão executadas no quadrilátero entre as ruas Cuiabá e Itamarati, e entre as ruas Cafelândia e Ediberto Celestino de Oliveira – setor 7.

O investimento faz parte do pacote estadual de R$ 2,8 bilhões planejados para obras de infraestrutura urbana, construção civil, estradas, pontes, vias vicinais, bem como melhorias em energia e logística nos aeroportos e aeródromos municipais. O anúncio, muito aguardado pelos moradores daquela região, também foi comemorado pelo vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha.

“A gente fica muito feliz quando tem a oportunidade de estar na nossa casa, na minha Dourados, na minha terra, e fazer entregas tão importantes ao lado do governador Eduardo Riedel e do prefeito Marçal Filho. Esse recapeamento na região do Água Boa é extremamente importante e aguardada. Quando éramos candidatos a governador e vice-governador, Riedel e eu, caminhamos naquela região dizendo que faríamos a recuperação das ruas, e hoje é uma enorme satisfação anunciar a liberação destas obras”, afirmou.

Também nesta sexta-feira, outro importante investimento foi anunciado pelo governo de MS. Rodovia essencial para a mobilidade e o escoamento da produção agropecuária do Estado, a MS-276 receberá R$ 147,7 milhões de recursos estaduais para melhoria das condições de tráfego no trecho entre Dourados e Deodápolis.

“O recapeamento e a recuperação das nossas rodovias é uma preocupação importante, ainda mais em uma região tão produtora como o Sul do Estado. Esse investimento certamente fará a diferença para esse trecho, não somente para o escoamento da produção, como também para os moradores que precisam se deslocar com agilidade e segurança”, destacou o governador Eduardo Riedel.

A obra será dividida em dois lotes, sendo que nesta primeira etapa foi autorizado o início da restauração em 29,7 quilômetros da estrada, entre a BR-163 (Vila São Pedro) e o limite dos municípios de Dourados e Fátima do Sul, trecho que absorverá R$ 63,9 milhões do Estado, com o objetivo de garantir mais segurança para os motoristas e eficiência no transporte de cargas e passageiros.

A restauração da MS-276 seguirá nos 30,8 km seguintes, em direção a Deodápolis, trecho correspondente ao lote 2 da obra, cujo lançamento da licitação será autorizado com aplicação de recursos da ordem de R$ 83,8 milhões. “O recapeamento da MS-276, que liga Vila são Pedro, Indápolis, Lagoa Bonita e Deodápolis, é uma obra fundamental para o transporte e logística dessa região. São mais de 60 quilômetros, investimento acima de R$ 140 milhões, e tudo isso mostra que governo do Estado tem um olhar muito carinhoso voltado pra Dourados e pra nossa região”, destacou Barbosinha.



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Lula fala em defender a democracia de quem planeja a volta do autoritarismo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que é necessário defender a democracia de quem planeja a volta do autoritarismo.

A declaração foi publicada neste sábado (15), data em que se comemora os 40 anos da redemocratização brasileira. A data marca o dia em que o ex-presidente José Sarney assumiu o comando do Brasil, em 1985, após 21 anos de ditadura militar.

“Temos enormes desafios pela frente, mas o Brasil é hoje o país que cresce com inclusão social. Que combate a fome e as desigualdades. Que gera empregos, aumenta a renda e melhora a qualidade de vida das famílias. Que cuida de todos, com um olhar especial para quem mais precisa”, disse em publicação no X.

“Sem a democracia, nada disso seria possível. Por isso, é preciso defendê-la todos os dias daqueles que, ainda hoje, planejam a volta do autoritarismo”, completou.

O presidente afirmou que as novas gerações precisam saber como era a vida do brasileiro durante a ditadura e imaginar como seria viver com “todos os direitos negados, inclusive o direito à vida”.

Lula também elogiou José Sarney ao dizer que o ex-presidente governou com “extraordinária habilidade e compromisso político” sob a constante ameaça dos “saudosos da ditadura”.

Em texto inédito publicado neste sábado (15) no portal da CNN, o ex-presidente afirma ter orgulho de dizer: “A democracia não morreu em minhas mãos; ao contrário, floresceu”.

O petista completa a nota relembrando que a data celebra a democracia. “Hoje é dia de lembrar e homenagear todos os brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do Brasil”, afirmou.



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Cármen Lúcia sobre 40 anos de redemocratização: “Cada dia é um recomeço”


A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carmén Lúcia, participou do evento em celebração aos 40 anos da redemocratização do Brasil, que foi realizado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), neste sábado (15).

A ministra falou sobre processo do fim da ditadura no país: “Cada dia é um dia de recomeço”. Ela também citou a importância de se proteger a democracia.

“A democracia nunca está fora de eventuais tentativas de ser derrubada e fragilizada. Tiranos existem em todos os lugares e em todos os tempos”, afirmou Carmen Lúcia.

A ministra também citou o fato dos mais jovens não conhecerem os riscos de um regime autoritário.

“É bom que a gente fique atento a isso, porque a geração que me sucede não viveu as agulhas de um momento autoritário, de você não ser livre. De você se esconder para ler um decreto de um governo”, indagou.

“Uma sociedade em que se mata uma mulher por ser mulher a cada 6 horas não é uma democracia plena porque não há democracia de desiguais, de pessoas que se comportam como se fossem menos do que as outras. Não só mulheres, os negros, os indígenas. É preciso que isso seja superado. 40 anos não é pouco tempo.”

O evento também contou com a participação do escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que narra a história de sua família após o desaparecimento de seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva, pela ditadura, na década de 1970.

O livro deu origem ao filme que ganhou, na edição deste ano do Oscar, o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro – a primeira conquista da história do Brasil na premiação.

Em meio à repercussão do filme, o STF decidiu que vai levar à julgamento no plenário uma revisão na Lei da Anistia que permitiria que crimes permanentes – como ocultação de cadáver, como ocorreu com Rubens Paiva, que jamais teve seu corpo localizado – podem render punições a militares envolvidos nos crimes.

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Mulher é presa no Galeão ao tentar embarcar com 7 kg de cocaína para Paris


Uma mulher de 27 anos, grávida de 7 meses, foi presa na noite da última sexta-feira (14) no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao tentar embarcar com 7 quilos de cocaína para Paris, na França. O nome dela não foi divulgado.

Segundo a Polícia Federal, a mulher é natural de São José das Palmeiras (PR), a quase 600 quilômetros de Curitiba.

Ainda de acordo com a corporação, a droga foi encontrada escondida em fundos falsos de duas malas que haviam sido despachadas pela passageira.

“Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, a presa será encaminhada ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça”, diz a PF, em nota. Ela deverá responder pelo crime de tráfico internacional de drogas, cuja pena pode chegar até 25 anos de prisão.

Veja o momento em que a droga foi encontrada:



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Sarney à CNN: “Não estava preparado para a morte de Tancredo“


José Sarney, em entrevista à CNN, revelou detalhes sobre os momentos que antecederam sua posse como presidente do Brasil em 1985, após o falecimento de Tancredo Neves. O político, que assumiu o primeiro governo civil após a ditadura militar, admitiu não estar preparado para a morte de Tancredo.

“Eu fui o último a acreditar que o Tancredo ia morrer. Eu não estava preparado para aceitar a morte do Tancredo”, afirmou Sarney.

Relutância em assumir a presidência

Sarney expressou sua hesitação inicial em assumir a presidência: “Não quero subir sozinho. Eu não quero aparecer como um impostor perante a nação. Não sou homem para isso”. Ele relatou as pressões que sofreu para aceitar o cargo, incluindo uma ligação decisiva às 3 horas da manhã, quando foi informado que todas as tratativas para sua posse já haviam sido feitas.

O político também compartilhou suas preocupações sobre assumir o poder naquele momento delicado:

“Eu disse, o Leandro, você sabe que eu não quero assumir, vai ser muito ruim para mim”. A conversa terminou com Leandro Maciel, então presidente do Senado, encerrando o assunto: “Não cria mais casos, Sarney. Boa noite, presidente”.

Em um texto inédito para a CNN Brasil, Sarney reflete sobre os 40 anos da redemocratização, afirmando: “A democracia não morreu em minhas mãos, ao contrário, floresceu”. Ele destaca os desafios enfrentados após um regime autoritário e as conquistas de seu governo, como a criação do SUS, do seguro-desemprego e programas sociais significativos.

“Deixei o governo, em 1990, com o País pacificado, sem nenhuma prontidão militar, com os militares voltando aos quartéis, os partidos clandestinos, à legalidade, com anistia para os sindicatos”, afirmou o ex-presidente.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNNClique aqui para saber mais.



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Festival É Tudo Verdade destaca artistas como Rita Lee e regimes autoritários


O festival É Tudo Verdade, maior evento dedicado ao cinema documental no Brasil, anunciou neste sábado a seleção de filmes para a sua 30ª edição. Serão exibidas 85 produções de 30 países dos dias 3 a 13 de abril, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Para dar a largada ao festival foram escolhidas duas produções sobre grandes artistas brasileiras. No Rio de Janeiro, a abertura será com “Viva Marília”, sobre a atriz Marília Pêra, morta em 2015. Assinado por Zelito Viana, o filme é narrado em primeira pessoa e traz imagens inéditas de uma das maiores artistas da dramaturgia nacional.

Já em São Paulo será exibido “Ritas”, um retrato da rainha do rock, Rita Lee, dirigido por Oswaldo Santana. O longa terá uma entrevista exclusiva com a cantora, arquivos pessoais e gravações feitas por ela no celular.

“Hoje há uma grande produção de documentários para streaming e duas correntes são as mais populares: true crime e retratos de artistas. Mas o melhor dessa produção é feita para o cinema, com filmes muito mais criativos”, diz Amir Labaki, fundador do É Tudo Verdade.

As biografias de artistas aparecem também na competição internacional, com “Estrada Azul: A História de Edna O’Brien”, sobre a romancista que teve suas obras proibidas na Irlanda nos anos 1960, e “O Propagandista”, um retrato de Jan Teunissen, cineasta holandês que foi chefe do departamento de cinema dos nazistas.

Já na competição nacional são exibidos “Bruscky: Um Autorretrato”, sobre o artista pernambucano, e “Lan: O Caricaturista”, que conta a história de Lanfranco Veselli, um dos mais importantes chargistas da América Latina.

Além das biografias, predomina entre os filmes brasileiros o tema da arquitetura e da presença humana em espaços que resistem à destruição. É o caso de “Copan”, que mostra o dia a dia no edifício projetado por Oscar Nyemeyer no coração de São Paulo para apontar as contradições da cidade.

O documentarista Vladimir Carvalho, morto em outubro, será o grande homenageado desta 30ª edição do festival. O cartaz do evento mostra uma foto sua durante as filmagens de “Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho, considerado um dos documentários mais importantes produzidos no Brasil.

Além de “Cabra Marcado para Morrer”, serão exibidos nove documentários dirigidos por Carvalho, entre eles “O País de São Saruê“, considerado o seu trabalho mais importante, um mergulho no homem nordestino e suas relações de trabalho, e “Rock Brasília”, sobre como a banda Legião Urbana revolucionou a música nacional. Foram Carvalho e Coutinho que inspiraram a criação do festival há 30 anos, conta Labaki. Os dois se queixavam da dificuldade em exibir suas produções nas salas comerciais.

O homenageado internacional será Humphrey Jennings, conhecido por produções sobre a Segunda Guerra. A escolha conversa com outro tema que se sobressai na competição internacional: o aumento de regimes e sistemas autoritários. “Estamos em um mundo em chamas. É um jeito de celebrar quem está filmando esses conflitos hoje”, afirma Labaki.

Destacam-se “Sob as Bandeiras, o Sol”, com imagens raras da ditadura no Paraguai, “Crônicas do Absurdo”, que compila gravações clandestinas feitas em Cuba e “A Liberdade de Ferro”, sobre um homem que é libertado após anos de reclusão em uma prisão no Texas, onde aguardava a sua sentença de morte.

A crise climática também permeia a seleção deste ano. Exemplo é “Petra Kelly: Haja Agora!”, longa sobre a história de uma das fundadoras do Partido Verde alemão, ou “Rua do Pescador, nº6”, um retrato das comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

  • “A 2000 Metros de Adriivka”, de Mstyslav Chernov
  • “Culpar”, de Christian Frei
  • “Crônicas do Absurdo”, de Miguel Coyula
  • “Em Busca de Amani”, de Nicole Gormley e Debra Aroko
  • “Escrevendo Hawa”, de Najiba Noori
  • “Estrada Azul – A História de Edna O’Brien”, de Sinéad O’Shea
  • “A Invasão”, de Sergei Loznitsa
  • “O Jardineiro, o Budista e o Espião”, de Havard Bustnes
  • “A Liberdade de Ferro”, de Santiago Esteinou
  • “Meus Fantasmas Armênios”, de Tamara Stepanyan
  • “O Propagandista”, de Luuk Bouwman
  • “Sob as Bandeiras, o Sol”, de Juanjo Pereira

  • “Bruscky: Um Autorretrato”, de Eryk Rocha
  • “Copan”, de Carine Wallauer
  • “Lan – O Caricaturista”, de Pedro Vinícius
  • “Mundurukuyü – A floresta das mulheres peixe”, de Aldira Akay, Beka Munduruku e Rylcélia Akay
  • “Um Olhar Inquieto: O Cinema de Jorge Bodanzky”, de Liliane Maya e Jorge Bodanzky
  • “Quando o Brasil era Moderno”, de Fabiano Maciel
  • “Rua Pescador nº6”, de Bárbara Paz



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