Categorias
policia

Deputado Zé Teixeira critica decreto federal sobre educação inclusiva


O deputado estadual Zé Teixeira manifestou nesta quinta-feira (30) forte preocupação com os efeitos do Decreto nº 12.686/2025, que institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva. Para o parlamentar, a medida representa uma “inclusão forçada” de alunos com deficiência em escolas regulares, sem considerar se as instituições possuem estrutura adequada para atender às necessidades específicas desses estudantes.

Segundo Zé Teixeira, o decreto do Governo Federal restringe a liberdade das famílias e ameaça o trabalho de entidades tradicionais como as APAEs e as Pestalozzis, que há décadas atuam no atendimento especializado. “Conheço de perto o trabalho destas entidades em Mato Grosso do Sul. Sou testemunha das dificuldades que enfrentam para atender dignamente as pessoas em municípios onde são a única opção para as famílias de crianças e jovens com deficiência”, afirmou.

O deputado destacou ainda que as instituições recebem apoio mínimo do poder público. “O governo quase sempre ajuda com a cedência de alguns profissionais, é muito pouco. Como deputado, tenho destinado emendas para as instituições e apoiado financeiramente como produtor rural, mas precisamos fazer ainda mais”, declarou.

Em busca de apoio, Zé Teixeira encaminhou um ofício à bancada federal de Mato Grosso do Sul solicitando mobilização contra o decreto. O documento foi elaborado atendendo um pedido da União das Instituições Representativas da Pessoa com Deficiência do Estado, que reúne nove entidades, entre elas a Federação das APAEs de MS (FEAPAEs), a Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande (AMA/CG/MS), a Associação Juliano Varela e a Associação Pestalozzi de Campo Grande.

No texto, as organizações pedem que deputados e senadores atuem para alterar ou revogar o decreto, argumentando que a norma, “nos moldes em que está, fere os direitos dos estudantes com deficiência que dependem da educação especial na perspectiva da educação inclusiva”.

Zé Teixeira também declarou apoio ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), relator do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 846/2025, que tramita na Câmara dos Deputados e pretende revogar integralmente o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o parlamentar sul-mato-grossense, a mobilização é necessária para garantir que não haja retrocessos nas conquistas das pessoas com deficiência e para assegurar a continuidade do trabalho das instituições especializadas, que, segundo ele, sobrevivem mais pela solidariedade da sociedade civil do que pelo financiamento público.



Veja a Matéria completa!

Categorias
destaque_home dourados matogrossodosul politica politica_ms

Alegando bullying, adolescente de 15 anos esfaqueia colega em sala de aula


Adolescente de 15 anos esfaqueou uma colega, de 12, dentro de uma sala de aula na Escola Estadual Marcílio Augusto Pinto, em Iguatemi, nesta quarta-feira (29/10). À PC (Polícia Civil), a menor disse que vinha sofrendo bullying praticado pela vítima e, por isso, levou uma faca à escola e desferiu dois golpes durante a aula. As facadas atingiram as costas e uma das mãos da estudante.

A vítima foi socorrida por professores, encaminhada a uma unidade de saúde e recebeu alta médica após atendimento.

Depois do ataque, a autora permaneceu no local até a chegada da PM (Polícia Militar). Em seguida, foi levada à Delegacia de Polícia Civil, acompanhada de um responsável. Ela foi autuada por tentativa de homicídio e permanecerá à disposição da Justiça até decisão judicial.

O Conselho Tutelar de Iguatemi informou que o caso corre em segredo de Justiça e não divulgou informações sobre as medidas que poderão ser aplicadas à adolescente.

Já a SED (Secretaria Estadual de Educação), informou por meio de nota, que a equipe de gestão da escola agiu rapidamente para conter o incidente e acionar a Polícia Militar. A Secretaria afirmou ainda que todos os protocolos da Rede Estadual de Ensino foram seguidos e que acompanha os desdobramentos do caso. 

O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

Nota na íntegra

“A SED informa que se tratou de uma desavença entre duas estudantes, que resultou em uma agressão no final da manhã desta quarta-feira.

No momento do ocorrido, a equipe de gestão da unidade escolar agiu rapidamente para conter o incidente, com a chamada de uma guarnição da Polícia Militar e encaminhamentos para atendimento da estudante.

A Secretaria de Estado de Educação reforça que todos os protocolos da Rede Estadual de Ensino foram seguidos e que acompanha os desdobramentos por intermédio da Coordenadoria Regional de Educação (CRE-8), para as devidas orientações quanto à aplicação do Regimento Escolar, bem como da Coordenadoria-Geral de Inteligência e Segurança Escolar.

Por fim, como parte do protocolo da REE, as estudantes envolvidas contarão com o atendimento da equipe de psicólogos educacionais e assistentes sociais da SED”.



Veja a matéria Completa

Categorias
agro destaque_home

Seguro para gado? Entenda como proteger sua fazenda de prejuízos



O seguro de gado consolidou-se como uma ferramenta de gestão de riscos fundamental para proteger o patrimônio e o alto investimento do pecuarista. Em um setor tão sujeito a intempéries, doenças e variações climáticas, a apólice não se limita à vida do animal, mas abrange todo o ciclo produtivo da fazenda.

Ao quadro ‘A Protagonista’, no Giro do Boi, a empresária Karen Matieli, da Denner Seguros de Animais, explicou que o seguro é uma garantia essencial contra perdas financeiras em bovinos de corte, rebanhos de leite e, principalmente, em animais de genética com alto valor agregado.

“Nós atendemos a bovinocultura em todas as suas fases e em todas as modalidades”, afirma Matieli. No caso de suínos e aves, o seguro se estende também à estrutura que protege a vida desses animais.

Confira a entrevista completa:

Coberturas essenciais e fatores de precificação no campo

O seguro de gado bovino oferece uma cobertura ampla e indispensável para mitigar perdas no campo. A apólice ampara a vida do animal em decorrência de eventos imprevistos e cruciais para a operação. Confira:

  • Sanidade: doenças e acidentes (incluindo picada de cobra e raio);
  • Manejo: insolação e ingestão de corpo estranho;
  • Reprodução: complicações no parto e aborto;
  • Casos extremos: cobertura de eutanásia determinada por razões humanitárias.

A precificação do seguro é altamente específica e não se baseia apenas no número de cabeças. Segundo a empresária, no caso do rebanho de leite, é necessário considerar o índice de mortalidade da propriedade, a raça envolvida, o sistema de criação e, sobretudo, a produtividade do plantel. A regra é clara: quanto menor a mortalidade e mais eficiente a gestão da fazenda, melhores serão as condições da apólice.

Gestão de risco integral: protegendo toda a estrutura da fazenda

A gestão de riscos não deve cobrir somente o gado. Karen Matieli reforça a importância de proteger o ciclo completo, estendendo a apólice para a gestão de risco de toda a estrutura que suporta a produção. O pecuarista deve garantir a proteção de:

  • Estruturas: barracões de confinamento ou de leite;
  • Equipamentos: máquinas e tecnologias;
  • Patrimônio: a própria propriedade rural contra eventos climáticos.

A cobertura estrutural ampara a fazenda contra eventos como vendaval e danos elétricos. Dessa forma, o seguro de gado e a gestão de riscos na propriedade funcionam como uma apólice completa, mitigando perdas que, isoladamente, poderiam ser catastróficas para o patrimônio e a continuidade do negócio.



Veja a matéria completa aqui!

Categorias
destaque_home dourados matogrossodosul politica politica_ms

Diversidade de culturas e estrutura do solo serão foco da mesa sobre regeneração na Ponta Agrotec


A Ponta Agrotec 2025 trará um dos debates mais aguardados da programação técnica: a mesa-redonda “Regeneração e Uso do Solo – Diversidade de culturas e estrutura do solo: a chave para um solo vivo”, que acontecerá no dia 7 de novembro, às 9h, na Sala A, no Majestic Hall, em Ponta Porã (MS).

O encontro será mediado pelo professor Fábio Miguel Costa, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), e reunirá especialistas para discutir práticas agrícolas sustentáveis que unem ciência, inovação e produtividade na conservação dos solos agrícolas da região Centro-Oeste.

A mesa faz parte do eixo temático sobre Sustentabilidade e Inovação, um dos pilares da Ponta Agrotec 2025, que busca apresentar soluções reais para os desafios da agricultura moderna frente às mudanças climáticas e à necessidade de regenerar os ecossistemas produtivos.

O solo como base da sustentabilidade agrícola

Entre os destaques, a Professora Doutora Elaine Reis Pinheiro Lourente, pesquisadora e especialista em manejo e conservação do solo, abordará o tema “Diversidade de culturas e estrutura do solo: a chave para um solo vivo”.

“O foco será demonstrar, por meio de resultados de pesquisa, que a diversificação de culturas e manutenção da estrutura do solo por meio do sistema plantio direto contribuem para o aumento da diversidade biológica do solo e eficiente aproveitamento da água. Essa diversidade torna o sistema mais resiliente e produtivo frente às mudanças climáticas”, explica a pesquisadora.

Ela reforça que a saúde do solo está diretamente ligada à sustentabilidade da produção agrícola. Solos ricos em biodiversidade favorecem o equilíbrio microbiológico, reduzem a erosão, aumentam a infiltração de água e melhoram a resposta das plantas a estresses hídricos e térmicos — tornando o sistema produtivo mais eficiente e sustentável.

Classes de solo e agricultura regenerativa

Outro nome confirmado é o do Professor Doutor Marcos Camacho, Engenheiro Agrônomo e Professor Titular da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), que trará uma análise prática sobre as principais classes de solos utilizadas na agricultura do estado, com ênfase na região produtiva de Ponta Porã.

“Meu foco será apresentar e fomentar a discussão sobre as principais classes de solos utilizadas na agricultura no estado e, principalmente, na região produtiva de Ponta Porã, com enfoque nos tipos de manejo existentes e os possíveis para incremento da matéria orgânica do solo, visando melhoria dos indicadores de qualidade do solo, demonstrando sua interrelação e coadunação com a agricultura regenerativa. A agricultura regenerativa só é possível com o aumento e consolidação da matéria orgânica de qualidade no solo”, destaca o pesquisador.

O professor é Engenheiro Agrônomo (UFMS/UFGD, 2000), mestre (2002) e doutor (2006) em Agronomia (FCAV/UNESP), com pós-doutorado em nutrição de plantas (Universidad de Granada, 2011) e radioisótopos na agricultura (CENA/USP, 2012). Atua como cientista na área de manejo de nutrientes no sistema solo-planta, com foco em eficiência produtiva e sustentabilidade. É conselheiro regional do CREA-MS e coordenador de projetos de ensino, pesquisa e extensão voltados à inovação no campo.

Integração entre ciência e campo

A mesa reforça a importância de aproximar o conhecimento científico das práticas produtivas, mostrando que regenerar o solo vai além da preservação ambiental — é uma estratégia de produtividade, resiliência e longevidade para o agronegócio.

Com práticas como rotação de culturas, uso de plantas de cobertura e manejo integrado do solo, o agricultor passa a utilizar menos insumos químicos e a depender mais da força da natureza e do equilíbrio biológico.

Durante a Ponta Agrotec 2025, especialistas mostrarão que o solo é um organismo vivo, e cuidar dele é o primeiro passo para garantir alimentos mais saudáveis, menor impacto ambiental e maior estabilidade produtiva nas lavouras do futuro.

Serviço:
Mesa-redonda: Regeneração e Uso do Solo — Diversidade de culturas e estrutura do solo: a chave para um solo vivo
Data: 7 de novembro (quinta-feira)
Horário: 9h
Local: Sala A – Majestic Hall, Ponta Porã
Mediação: Prof. Fábio – UEMS



Veja a matéria Completa

Categorias
agro destaque_home

Retenção de animais e movimentos de China e EUA influenciam mercado do boi gordo



O mercado do boi gordo encerrou nesta quinta-feira (30) com viés positivo, impulsionado pela melhora nas condições das pastagens e pelo aumento gradual da demanda no mercado interno. De acordo com Isabela Ingracia, analista da Datagro , o indicador Datagro do Boi Gordo fechou nesta quinta-feira (30) a R$ 318,58 por arroba na praça de São Paulo, refletindo um movimento de sustentação nos preços nas últimas semanas.

Segundo a analista, o cenário de chuvas mais regulares nas principais regiões produtoras durante a segunda quinzena de outubro tem levado à maior retenção de animais, o que reduz a oferta imediata de boi pronto para o abate. “Essas precipitações têm favorecido as pastagens e permitido ao produtor segurar um pouco mais o gado, diluindo os lotes que estavam concentrados”, explicou.

No lado da demanda doméstica, o mercado começa a sentir os efeitos da sazonalidade de fim de ano, com expectativa de aquecimento do consumo em novembro e dezembro, impulsionado pelas festas e pelo pagamento do 13º salário.

Além disso, o mercado externo segue aquecido, com o Brasil renovando recordes de exportação de carne bovina na parcial de outubro. “O cenário internacional continua construtivo. Seguimos atentos apenas às discussões sobre taxações com os Estados Unidos e às negociações entre os presidentes Trump e Lula, que podem influenciar o ritmo do comércio nos próximos meses”, observou Ingracia.

A analista destacou ainda que a China mantém uma demanda firme, embora o setor acompanhe com cautela a investigação da salvaguarda que ainda está em andamento no país asiático.

“O conjunto de fatores, menor oferta, chuvas, melhora do consumo interno e boas exportações, tende a sustentar os preços do boi gordo neste início de novembro”, diz Ingracia.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: de R$ 318,58

Goiás: de R$ 308,52

Minas Gerais: de R$ 305,94

Mato Grosso: R$ 306,01

Mato Grosso do Sul: de R$ 320,12

Pará: de R$ 302,71

Rondônia: de R$ 287,10

Tocantins: de R$ 302,93

Bahia: de 302,68



Veja a matéria completa aqui!

Categorias
destaque_home dourados matogrossodosul politica politica_ms

Operação integrada dá prejuízo de R$ 70 milhões ao crime organizado na fronteira


A Operação Fronteira RFB, deflagrada no dia 20 de outubro, resultou em um prejuízo significativo de R$ 70 milhões para o crime organizado que atua na região de fronteira do Mato Grosso do Sul. O balanço foi divulgado em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (30), coordenada pela Receita Federal (RFB) em conjunto com outros órgãos de segurança.

Apesar de o montante deste ano ser ligeiramente menor que os cerca de R$ 78 milhões apreendidos na edição de 2024 da operação, o foco estratégico da iniciativa transcende as apreensões imediatas.

Segundo Greison Ferreira de Souza, auditor fiscal da RFB, o principal objetivo da operação é de longo prazo. Além de combater os crimes de fronteira, a ação visa mapear as organizações criminosas e, futuramente, atacar o patrimônio financeiro desses grupos.

O comandante da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, Prisco, reforçou a importância da cooperação interinstitucional no combate ao ilícito: “Acho que o trabalho começa com a integração das nossas inteligências, com as trocas de informação, com os objetivos bem definidos, para aí, sim, a gente operar. É importante que cada um de nós possa operar em prol do outro, para que a gente mostre a presença do Estado brasileiro na faixa de fronteira”, pontuou.

Durante a operação, as equipes apreenderam principalmente cigarros eletrônicos e convencionais, que serão encaminhados para destruição. Já os aparelhos eletrônicos retirados de circulação terão dois destinos: uma parte será repassada a instituições de caridade e outra será usada para equipar (“paramentar”) as equipes da Receita Federal e dos órgãos de segurança que atuam na repressão.

Coordenada pela Receita Federal e realizada anualmente desde 2021, a Operação Fronteira RFB é considerada a maior iniciativa de vigilância e repressão em pontos de fronteira terrestre, marítima e aérea utilizados em rotas de contrabando, descaminho e outros ilícitos, como tráfico de drogas, armas, fauna e flora.

A iniciativa está alinhada com o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, que conta com a participação de 18 órgãos e prevê ações conjuntas de integração federativa da União com os estados e municípios, situados na faixa de fronteira, e na costa marítima.

Receita Federal e Forças de Segurança divulgam balanço da ação de repressão, com foco no mapeamento de organizações criminosas e apreensão de cigarros e eletrônicos. ( Foto: Divulgação)



Veja a matéria Completa

Categorias
agro destaque_home

Fundação apresenta orientações sobre metas climáticas e mercado de carbono ao agro



A Fundação Dom Cabral apresentou aos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Agricultura um conjunto de recomendações do agronegócio para as metas climáticas brasileiras e para o mercado de carbono.

O documento foi elaborado em parceria com o Instituto Clima e Sociedade e contou com a colaboração de mais de 60 organizações do setor agropecuário.

Segundo o professor da Fundação Dom Cabral, Fábio Marques, o estudo identificou cinco eixos prioritários para implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que incluem métricas e metodologias de incentivo à agricultura regenerativa tropical, mitigação das emissões de metano, ampliação de financiamentos verdes e fortalecimento da pesquisa e inovação público-privada.

Marques destacou ainda a importância da capacitação de produtores rurais em práticas de mensuração de emissões e remoções de carbono, reforçando que “quem não mede, não gerencia”.

Para ele, a adequação das metodologias permitirá ao produtor enxergar as mudanças climáticas não como ameaça, mas como oportunidade de diferenciação e valorização no mercado global.

Incentivos a praticas no campo

Segundo Marques, a transição do agro para uma economia de baixo carbono deve ser encarada como uma “abordagem de portfólio”, com diferentes medidas aplicadas conforme o contexto de cada atividade.

Entre as ações propostas estão linhas de financiamento com juros diferenciados, melhores condições de garantia, além do fortalecimento do mercado de carbono regulado, que pode gerar receita adicional a partir da redução de emissões.

O documento também sugere aperfeiçoamento dos seguros rurais para uma gestão de risco mais equilibrada e o avanço em questões regulatórias, como a regularização fundiária.

De acordo com Marques, essas medidas, quando implementadas de forma coletiva e coordenada, têm potencial para impulsionar a transição climática do agro brasileiro, reduzindo passivos ambientais e valorizando seus ativos naturais no cenário global.



Veja a matéria completa aqui!

Categorias
destaque_home dourados matogrossodosul politica politica_ms

Projeto de Ponta Porã será destaque na Cúpula Mundial de Prefeitos no Rio de Janeiro


A cidade de Ponta Porã estará entre os destaques da Cúpula Mundial de Prefeitos da C40, o maior encontro global de cidades comprometidas com a ação climática, que acontece de 3 a 5 de novembro, no Rio de Janeiro. O evento marca a abertura do Fórum de Líderes Locais da COP30, e reunirá cerca de 100 grandes cidades, lideranças climáticas, investidores, organizações internacionais e representantes da sociedade civil.

De acordo com a secretária municipal de Governo e Comunicação, Paula Consalter Campos, o projeto “Jardins de Chuva e Resiliência Urbana”, inscrito pela Prefeitura de Ponta Porã, foi selecionado pela Incubadora de Projetos Solução Natureza, da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, e será apresentado como uma das experiências inovadoras em sustentabilidade e adaptação climática urbana. “Só de ser selecionado em nível nacional já é uma vitória, agora tem mais uma etapa, onde vamos defender o projeto visando a captação de recursos para execução”, disse.

Solução natural para desafios urbanos

O projeto destaca a conurbação internacional de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, cidades gêmeas que juntas somam cerca de 215 mil habitantes, sendo 98,5 mil no lado brasileiro. O estudo ressalta a topografia plana — que dificulta o escoamento natural das águas — e o alto índice de chuvas: média anual de 1.500 a 1.700 mm, com picos de até 200 mm em um único dia. Atualmente, 75,2% do território municipal apresenta vulnerabilidade ambiental alta a muito alta, com aumento médio de temperatura de 24,5°C para 26°C (em 2024).

Com base nesse diagnóstico, o projeto propõe transformar áreas críticas de alagamento em espaços vivos que acolhem a água, regeneram o solo e fortalecem o vínculo entre cidade e natureza. Os jardins de chuva — infraestruturas verdes adaptadas à realidade local — captam, filtram e infiltram a água da chuva, além de servirem como laboratórios de educação ambiental e convivência comunitária, inspirando novas práticas urbanas.

Etapas e metas

O projeto-piloto será implantado inicialmente em uma área de 100,77 m², com meta de alcançar 6.936,35 m² de infraestrutura verde.

As etapas estão distribuídas da seguinte forma:

2025: planejamento técnico, engajamento comunitário e preparação do terreno;

2026: execução do jardim-piloto (100,77 m²) e início da fase 2;

2027: conclusão da fase 2 (6.835,58 m²) e início da expansão para novos bairros, com monitoramento contínuo dos indicadores.

Resultados esperados

Entre os resultados e impactos previstos estão:

Ampliação das áreas verdes e aumento da biodiversidade urbana;

Valorização dos espaços públicos e estímulo ao turismo sustentável;

Educação ambiental integrada, com implantação em escolas — transformando os jardins em “salas vivas de aprendizagem”;

Redução de até 43% no volume e 70% no pico de alagamentos;

Mais de 3.500 estudantes e 1.200 famílias beneficiadas diretamente;

Contribuição direta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Governança e investimentos

A coordenação técnica é do Núcleo de Inovação e Planejamento Estratégico (NIPE). A Secretaria de Obras e Urbanismo é responsável pela implantação e manutenção; as Secretarias de Educação e Meio Ambiente conduzem as ações de educação ambiental e engajamento comunitário; e a Secretaria de Fazenda e Planejamento Orçamentário responde pelo controle e transparência na aplicação dos recursos.

Com o projeto pronto e selecionado pela Fundação Grupo Boticário, a Prefeitura busca apoio financeiro e parcerias nacionais e internacionais para implementação e expansão. O investimento total estimado é de R$ 4.161.950,23, o que representa R$ 600,02 por metro quadrado de infraestrutura verde.

Os recursos deverão ser captados por meio do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (FMDU), criado pela Lei Complementar nº 197/2020, destinado ao financiamento de obras de infraestrutura sustentável e inovação urbana.

O projeto propõe transformar áreas críticas de alagamento em espaços vivos que acolhem a água, regeneram o solo e fortalecem o vínculo entre cidade e natureza.(Foto: Divulgação)



Veja a matéria Completa

Categorias
agro destaque_home

Qual é o papel do Brasil na disputa entre EUA e China?


Os Estados Unidos e a China anunciaram uma trégua na guerra comercial, prometendo reduzir tarifas e ampliar o comércio agrícola. À primeira vista, parece o retorno da diplomacia ao mundo dos negócios. Mas, por trás da foto oficial e das palavras cautelosas, o que se vê é uma pausa estratégica, não o fim de uma disputa que define o século XXI.

Uma trégua tática em uma guerra estrutural

O acordo entre as duas maiores economias do planeta não representa reconciliação, mas gestão temporária da rivalidade. Desde que a China ultrapassou os EUA em produção industrial e se aproximou em inovação tecnológica, Washington deixou de ver Pequim como parceira e passou a tratá-la como adversária.

As tarifas são apenas um sintoma. A raiz da disputa está em quem controlará o futuro, a inteligência artificial, os semicondutores, as rotas marítimas e as cadeias de abastecimento. É um duelo de modelos políticos e econômicos, em que ambos querem ser a força dominante do planeta.

Trump aposta em um retorno industrial movido a protecionismo e corte de impostos. Mas essa estratégia tem se mostrado cara, ineficiente e isolacionista. Boa parte da produção americana já migrou para o território chinês nas últimas três décadas, um movimento difícil de reverter com decretos ou bravatas.

Enquanto isso, a China joga o jogo longo, investe pesado em tecnologia, energia limpa e infraestrutura global, da Ásia à África e à América Latina. Sua estratégia é de hegemonia paciente, não de explosões momentâneas.

Alimentos, o calcanhar de Aquiles chinês

No entanto, há uma vulnerabilidade estrutural que a China ainda não conseguiu superar: a comida. O país pode dominar a robótica, os chips e o 5G, mas depende do mundo, e, sobretudo, do Brasil, pois é confiável e preparado para produzir o alimento que precisa. 

Com uma população de 1,4 bilhão de pessoas e terras agrícolas limitadas, Pequim traçou uma meta de autossuficiência apenas para arroz e trigo. Soja e milho, essenciais para sua gigantesca indústria de ração e proteínas, são importados em larga escala. E, nesse campo, o Brasil é insubstituível.

Em 2025, cerca de 65% da soja comprada pela China veio do Brasil. Em alguns meses, essa fatia passou de 80%. Além disso, o país asiático se tornou  maior comprador de carne bovina e de frango brasileiros, consolidando uma parceria estratégica que resiste a crises e discursos políticos.

Mesmo quando Pequim alterna compras dos Estados Unidos, por razões diplomáticas, o fluxo sempre retorna ao Brasil. A soja brasileira é mais competitiva, está livre de tensões militares e vem de um fornecedor que não impõe condições geopolíticas.

Esse cenário coloca o Brasil em uma posição estratégica singular. Num mundo em que as duas potências brigam por chips, satélites e armas, quem garante comida tem poder.
Mas esse poder só se sustenta com credibilidade sanitária, eficiência logística e estabilidade interna.

O país precisa reforçar a vigilância contra pragas e doenças, manter acordos fitossanitários e ampliar a infraestrutura de portos, ferrovias e armazenagem. Cada falha, um surto de gripe aviária, um embargo logístico, pode abrir espaço para concorrentes ou provocar perdas bilionárias.

Além disso, o Brasil deve aprender a transformar grão em valor. Exportar soja é importante, mas exportar proteína animal, biocombustível e derivados é o caminho para blindar margens e criar empregos. O mundo paga mais por inteligência e sustentabilidade do que por toneladas brutas.

A atual trégua entre EUA e China pode durar meses,. Mas o confronto por hegemonia global vai continuar, na tecnologia, na moeda, no comércio e na influência política.

No entanto, a fome não tira férias. E é aí que o Brasil entra como o fornecedor confiável de alimentos que a China não pode dispensar, país com dimensão continental que produz o ano todo

Se o país souber preservar sua estabilidade institucional e sua imagem de produtor seguro, essa dependência se tornará um ativo estratégico, não apenas econômico, mas geopolítico.

Enquanto Estados Unidos e China disputam quem comanda o mundo, o Brasil tem a chance de se consolidar como quem o alimenta.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



Veja a matéria completa aqui!

Categorias
destaque_home dourados matogrossodosul politica politica_ms

Casa Civil leva Governo aos municípios e acelera projetos do MS Ativo Municipalismo


Com o objetivo de dar celeridade aos projetos do MS Ativo Municipalismo II – definidos em reunião com o governador Eduardo Riedel, em junho deste ano – e acompanhar o andamento das obras da primeira fase do programa, o secretário da Casa Civil, Walter Carneiro Júnior, realizou nesta quarta-feira (29) visitas aos municípios de Anastácio, Aquidauana, Nioaque e Dois Irmãos do Buriti.

Durante as agendas, foram discutidos os trâmites finais para entrega dos projetos ao Governo do Estado. A meta é que, até o início de 2026, todas as administrações municipais tenham as obras licitadas ou em processo de licitação, garantindo agilidade e eficiência na execução das ações.

“Nosso caminho agora é trazer o Governo para dentro dos municípios, tratar diretamente com os prefeitos e organizar um cronograma que vá da entrega dos projetos à ordem de serviço. O governador quer encerrar esta gestão com tudo pronto e os recursos assegurados”, afirmou o secretário Walter Carneiro Júnior.

O prefeito Cido, de Anastácio, destacou a importância da parceria com o Governo do Estado. “Sentimos que o municipalismo é realmente a palavra de ordem da gestão do governador Riedel. Ter a Casa Civil aqui, ajudando diretamente, faz toda a diferença”, ressaltou. O município executa projeto de pavimentação e drenagem no bairro Afonso Martins Pain, com investimento superior a R$ 10 milhões em recursos estaduais.

Em Nioaque, os investimentos das fases I e II do programa somam mais de R$ 22 milhões, contemplando obras concluídas, em execução e novos projetos em fase de elaboração.“Esse acolhimento da Casa Civil fortalece o trabalho e traz segurança para que possamos atender melhor a população”, destacou o gestor municipal.

O secretário Walter Carneiro Júnior esteve acompanhado do secretário-executivo de Políticas Institucionais do Interior, Éder Uilson (Tuta), nas visitas também realizadas a Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti.



Veja a matéria Completa

Cookie policy
We use our own and third party cookies to allow us to understand how the site is used and to support our marketing campaigns.

Hot daily news right into your inbox.